Thabor

Conheça aqui essa residência dos Arautos do Evangelho

By

Último dia do curso no Thabor: Mãe de Misericórdia!

terceiro_dia_22

O que seria da humanidade se não conhecesse os atributos de uma mãe? O perdão, a bondade, a bem-querença? Realmente viveríamos nas trevas de uma brutalidade sem nome.

Esses predicados, e muitos outros, Deus quis reuni-los nessa criatura chamada mãe, para que o ser humano mais facilmente tivesse noção da bondade divina.

Mas Deus não se contentou até dar uma única mãe a todos os homens e, mais ainda, em tê-la Ele mesmo para Mãe — e desta vez com maiúscula, porque é a Mãe das mães –, a Mãe de Misericórdia, na qual condensou todos os atributos maternais em grau sumo: Maria Santíssima.

Conheço uma varão digno de muito respeito que afirmava: “Se não tivesse conhecido a misericórdia de Nossa Senhora, com certeza teria enlouquecido ou já teria morrido”.

Pois bem, o tema do último dia do Curso de Férias dos Arautos não podia estar melhor escolhido: Mãe de Misericórdia. Ressaltar o papel dessa atributo mariano, exemplificado com belíssimas encenação de perdão, de amparo e de socorro da Mãe das mães.

No final foi distribuído um belo quadrinho de Nossa Senhora como lembrança desse dia.

Não duvidemos, pois, em recorrer a Ela, em todas as nossas dificuldades, como fizeram os personagens das peças teatrais que aparecem nestas fotos!

By

Vigilância e oração, começam as férias!

vigilancia_1

O Curso de Férias de julho de 2015 começou! Vários temas serão abordados nestes três dias.
Para começar, hoje tratou-se sobre a vigilância, qualidade tão importante para todo católico.

Nosso Senhor recomendou-nos: “Vigia e orai”. Não é suficiente só rezar, é preciso também estarmos atentos a tudo aquilo que possa desviar-nos do caminho do bem, para evitar o mal e vencer as tentações.
Para emoldurar esse ensinamento do Evangelho, foram promovidas várias encenações teatrais. Belíssimas! Algumas até assustadoramente bem encenadas, pois o Maligno apareceu com os seus ardis, para perder um jovem, por meio da falta de vigilância…
No novo auditório, estreado no anterior curso de férias, as peças ficam esplêndidas! Este já é o segundo curso que se dá nesse local. As luzes, o espaço, tudo parece transportar-nos ao tempo histórico ou ao lugar metafórico no qual as cenas se dão.
Realmente valeu a pena vir ao curso!
Para os que não puderam, temos a alegria de compartir algumas fotos.
Vejam que fenomenal!

 

By

Um intervalo bem movimentado…

Cerca de 800 jovens circulam pelo Thabor, por estes dias. A vitalidade é, pois, uma nota peculiar nas manhãs do Curso de Férias.

Eles provêm das mais diversas localidades, algumas até bem longínquas. Entretanto, isso não constitui um impedimento para se perceber um vínculo muito forte que os une: em primeiro lugar, a Igreja Católica e, depois, o fato de começarem a pertencer aos Arautos do Evangelho, beneficiando-se do círculo de graças e bênçãos que marca essa associação.

Nos intervalos do curso transparece, de modo muito especial, a vitalidade transbordante dessa juventude, alegria característica de quem quer empreender uma caminhada santa em sua vida, longe dos perigos espirituais e físicos facilmente encontrados no mundo de hoje.

Aproveitamos, pois, este post para transmitir, no blog do Tabor, a felicidade que é vivida num intervalo do Curso de Férias.

By

Começa o Curso de Férias!

O período que antecede o Curso de Férias dos Arautos do Evangelho – Thabor, é marcado pela expectativa, por parte dos participantes, de descobrir qual será o tema em torno do qual girarão as várias programações do mesmo.

Credo, Dez Mandamentos, Sacramentos, épocas históricas… Os mais diversos aspectos da Santa Igreja já foram objeto de encenações teatrais, áudios-visuais e exposições.

Mas, neste primeiro dia de Curso de Férias – julho 2014, os participantes não suspeitavam que o tema principal seria “eles mesmos”… Sim, a história dos Arautos do Evangelho é o ponto para o qual convergirão as nossas atenções nestas férias: o surgimento do hábito, as primeiras casas, o começo das construções e tantos outros detalhes do nosso dia-a-dia, fruto do empenho e espiritualidade de Mons. João S. Clá Dias, e ao carisma e graças próprias aos fundadores, nos quais está a matriz da fundação.

By

O artista incomparável

7 de julho 2014

Qual o artista que consegue reproduzir, na perfeição, as belezas postas por Deus na natureza? Certa semelhança alguém com muito talento pode obter, mas nunca se equiparará em grandeza à pulcritude da Criação.

Com esse sentimento foi que, no dia 7 de julho, os fotógrafos deste blog dos Arautos quiseram registrar, passo a passo, as sucessivas etapas do nascer do sol no Thabor. Vistas em sequência, todas as fotos reproduzem um filme belíssimo dessa magnífica ação da natureza.

O nascer do sol é grandioso em qualquer lugar do mundo, mas visto, por assim dizer, emoldurado pelo Thabor, ou seja, juntamente com a Basílica de Nossa Senhora do Rosário e o colégio internacional Arautos do Evangelho, ele nos reporta com facilidade para o Criador de tanta maravilha, fazendo transbordar dos nossos lábios aquela prece do salmista: “Desde o nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor” (Sl 112).

By

Thabor em trajes invernais

Apesar de este inverno parecer o mais quente já vivido nos últimos anos, pelo menos na Serra da Cantareira, o Thabor não deixou de revestir-se de trajes invernais.

Acordamos, certo dia, cercados de um misterioso e avelulado manto de nuvens, o qual mal permitia ao panorama ser enxergado .

Contudo, o imenso nevoeiro deu uma nota de futuro promissor, com algo de mítico, a essa bela residência, propriedade de Maria, onde residem jovens que se dedicam plenamente a servi-La.

Este blog dos Arautos, thabor.arautos.org, não quer deixar de compartir as belas fotos desse cenário de graças, onde já se operaram tantas conversões, onde já se realizaram tantas cerimonias litúrgicas, onde inúmeros peregrinos deixaram seu testemunho das maravilhas por Deus ali operadas.

By

Salve Pater Salvatoris: hino em homenagem a São José

19 de Março comemora-se a solenidade do padroeiro da Santa Igreja Católica, esposo de Maria Santíssima e, mais do que tudo, pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo: São José.

Os Arautos do Evangelho, no Thabor, há alguns dias começamos a novena para honrar e pedir a intercessão desse grande santo. Formados diante de uma imagem que piedosamente o representa, recitamos a ladainha e outra oração dedicadas a São José.

Também por estes dias, um conjunto de membros do coro do Thabor gravou, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, um canto em louvor a São José, cuja letra, por tratar-se de um canto gregoriano,  é em latim e, por isso, a traduzimos abaixo.

Aproveitamos então este post para compartir algumas cenas da novena, com o fundo musical da interpretação desse belo gregoriano. E para os que se animem a cantar conosco: não é dificil; sigam a partitura, pois quem canta, reza duas vezes! –  dizia Santo Agostinho.

 

*     *     *

Tradução do texto latino:

Salve pai do Salvador, José tão amável. Salve custódio do Redentor, José tão admirável. Salve esposo da Mãe de Deus, José homem angélico. Salve hóspede do meu Jesus, José homem seráfico.

Pelas preces e entranhas de Maria, tua Mãe, pelos cuidados e desvelos de José, teu Pai, fazei Jesus que possamos Vos contemplar na glória e possuir, pela eternidade, a Pátria Celeste, Assim seja.

By

O fogo também gosta de música

Quem diria que os hieráticos acordes da peça final do Messias de Handel fariam dançar um pequeno conjunto de chamas. Pois bem, os alunos do Colégio Arautos do Evangelho – Thabor conseguiram realizar essa proeza. E nem foi com o famoso concerto Fireworks (fogos de artifício), do mesmo compositor, mas, ao som das notas do “Worthy is the Lamb”, foi que as chamas começaram a movimentar-se.

O fogo também gosta de música

Esse interessante experimento fez parte da mostra de projeto intitulada “Qualidade de Vida”, que teve lugar no último ano letivo do mencionado instituto educativo. Cada turma especializou-se numa matéria e assim, desde a construção de catedrais medievais, passando por curiosos engenhos movidos a base das mais diversas energias físicas, até a explicação de como se propagam as ondas sonoras, o recorrido de quem teve a oportunidade de assistir essa mostra de projeto foi um substancioso e atraente mini-curso.

Optamos por compartir-lhes um dos engenhos apresentados pela terceira série do ano 2013. Inédito, para a maioria dos assistentes, algo aparentemente simples, mas cheio de princípios físicos, estéticos, musicais e até morais.

Sim, convidamos os participantes de thabor.arautos.org a nos comentarem, precisamente, algum princípio moral que se pode tirar desse pequeno, mas belo experimento. Os melhores merecerão especial destaque.

Esperamos gostem!

By

Começam as aulas, e com que clave!

Segunda-feira passada começaram as aulas. Ano novo, alunos novos, e também muitos membros novos do Thabor. A formação diária realizada pelos alunos, dessa vez contou com a augusta presença do Santíssimo Sacramento. Foi algo inusitado! Nunca antes se tinha realizado um tão belo ato litúrgico para abrir o ano letivo.

Enquanto aguardávamos em silêncio formados na praça, ouviam-se ao longe o tilintar das sinetas que anunciavam a chegada de Cristo sacramentado. O Sacerdote que conduzia a Hóstia, ao chegar ao frontispício de Nossa Senhora do Rosário, face aos alunos, expôs o Santíssimo Sacramento no imponente ostensório da Basílica e procedeu-se, então, ao cântico do Credo em Latim. Sempre costumamos iniciar os estudos proclamando a nossa Fé.

Exposição do Santíssimo Sacramento – Abertura do ano letivo 2014

Ato contínuo, a banda, cujas fileiras já contam quase cem membros, iniciou a sua sequência musical, cujas notas serviam de compasso para o pomposo desfile que percorreu a praça, denominada da Esperança, a qual dá acesso tanto para a Basílica quanto para o recinto do Colégio Arautos do Evangelho – Thabor, localizado na Serra da Cantareira.

Cerrando as fileiras vinha a Eucaristia, ladeada por Diáconos, turiferários e tocheiros. Ao retornar ao ponto de partida da procissão, houve a solene Benção com o Santíssimo Sacramento, pouco depois, a sua entrada novamente na Basílica e o deslocamento dos alunos para as respectivas salas de aula.

Bastante promete este ano letivo 2104 com tão grandiosa abertura! Pedimos as orações de todos os que acompanham thabor.arautos.org, principalmente aos pais destes alunos, para que aqui se formem homens de Fé e de ciência, capacitados para enfrentar os inúmeros desafios que no futuro se lhes apresentem.

Clique no mosaico fotográfico caso deseje abrir as imagens

By

Omnes de Saba: um gregoriano para o dia de Reis

Melodia portadora da unção de milênios de Cristianismo, este belo canto gregoriano serve apenas como moldura para as inspiradas palavras de um homem movido pelo Espírito Santo a falar, séculos antes do Nascimento de Cristo, a respeito das circunstâncias que marcariam a chegada do Divino Redentor.

São Tomás de Aquino dizia emocianar-se até as lágrimas, ao ver o quanto o profeta Isaías previra com tanta clareza, por meio do dom de profecia, certos detalhes da vida do Verbo encarnado. Um exemplo tocante disso o temos nesta passagem, da qual a melodia gregoriana canta dois trechos, abaixo destacados na tradução do texto:

Levanta-te, sê radiosa, Jerusalém! Porque a glória do Senhor se levanta sobre ti. Vê, a noite cobre a terra e a escuridão, os povos, mas sobre ti levanta-se o Senhor, e sua glória te ilumina. As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora. Levanta os olhos e olha à tua volta: todos se reúnem para vir a ti; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são transportadas à garupa. Essa visão tornar-te-á radiante; teu coração palpitará e se dilatará, porque para ti afluirão as riquezas do mar, e a ti virão os tesouros das nações. Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; Todos os de Sabá virão; trarão ouro e incenso, anunciando os louvores do Senhor (Is 60, 1-6).

Neste curto vídeo, além de algumas cenas do presépio, podem ver um conjunto do coro Thabor que cantou na Basílica Nossa Senhora do Rosário durante a Missa da última sexta-feira, na qual foi entoado o Omnes de Saba, após a Comunhão, preparando assim os fiéis para a comemoração da Epifania que se aproximava.

Filmagem: Marcus Vinicius / Fotos: João Paulo Rodrigues

By

A “liturgia” de Belém

Agradecemos aos leitores os comentários feitos ao último post! Aquele que abordou o tema da liturgia deu-nos a oportunidade de meditar, um pouco mais, a respeito do esplendor “litúrgico” do Nascimento em Belém, precisamente, porque Liturgia é serviço a Deus, por meio de culto sagrado.

Belém foi o cenário de uma belíssima celebração!

Qual era o coro que animava essa solene “liturgia” natalina? Um coro como nunca antes fora ouvido: o coro dos Anjos (Cf. Lc 2, 4-5)! Que “diácono” (do gr.: servidor) estava ali presente para atender o Homem-Deus em todas as suas necessidades? Um descendente de estirpe real, Patrono da Santa Igreja, um Santo extraordinário: São José! Quem era o público que acorria em atitude de adoração a esse sagrado culto? Humildes pastores e suntuosos reis, cujas ofertas enriqueceram o cerimonial – até incenso não faltou!

Mas, acima de tudo, qual era o precioso e imaculado altar, no qual se desenvolvera aquela sublime e miraculosa “Liturgia” da Encarnação, por meio da qual um Deus se tornava Sacerdote e Vítima, ao mesmo tempo, assumindo um corpo capaz de ser imolado e um coração desejoso de oferecer-se em sacrifício (Cf. Hb 10)? O claustro virginal de Maria Santíssima!

Embora em lugar modesto, a “liturgia” do Nascimento de Cristo foi a mais bela de todas as cerimônias, nunca depois superada por outra, ao longo destes dois mil anos de Cristianismo, pois a augusta presença do altamente santo Casal e a divina ação do Menino Jesus, eram suficientes para sublimar qualquer ambiente, por mais simples que fosse, à categoria dos mais distintos palácios, das mais abençoadas Catedrais, dos mais suntuosos cenários.

————–♦————–

Aproveitamos este post para publicar as fotos da interessante programação que houve no Thabor, conforme mencionamos em anterior publicação. Esse dia foi apresentado o teatro natalino para grande número de arautos, das mais diversas procedências, seguido de um apetitoso e acolhedor lanche.

Noutras capelas da paróquia de Nossa Senhora das Graças, também se fizeram presentes as mesmas cenas belas e comoventes da apresentação natalina. Vendo-as, esperamos se unam a esse momento que foi verdadeira oração!

 Clique no mosaico para abrir as imagens

Fotos: João Paulo Rodrigues

By

Até as fotos são artísticas!

Belém não era uma cidade importante antes de Cristo ali nascer. Ora, do mesmo modo como Ele escolheu a Mãe da qual haveria de nascer e o tempo no qual haveria de se encarnar, também determinou o lugar no qual devia vir a este Mundo. E, sendo Deus, fez o mais perfeito, pois era o mais conveniente.

Séculos antes de assumir um corpo humano, o Filho de Deus serviu-se de um dos seus profetas, chamado Miquéias, para revelar também o lugar onde haveria de se encarnar. Eis o vaticínio do profeta:  “E tu, Belém de Éfrata, pequenina entre as aldeias de Judá, é de ti que sairá para mim aquele que há de ser o governante de Israel. Sua origem é antiga, de épocas remotas. Por isso, Deus os abandonará até o momento em que der à luz aquela que há de dar à luz. Então o resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel. Ele se levantará para os apascentar com o poder do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus” (Mq 5, 1-2. 3).

“Até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz”

Profecia que foi recordada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas a Herodes, quando ele os interpelou a respeito de onde haveria de nascer o Cristo, por ocasião do susto causado pela presença dos Reis Magos em Jerusalém (Cf. Mt 2, 5).

As inspiradas palavras de Miquéias, por meio de quem o Verbo Eterno falava, mostram claramente que Deus escolheu “o momento”, “aquela que deve dar à luz” e “Belém”, o lugar onde haveria de nascer. Note-se que a palavra “Senhor” empregada no texto sagrado, e como também aparece em muitas outras passagens bíblicas, refere-se diretamente a Deus. Assim, ao dizer: “ele se levantará para os apascentar com o poder do Senhor”, o profeta alude diretamente ao poder divino desse que nasceria em Belém.

Sim, foi nessa privilegiada cidadezinha que devia encarnar-se Nosso Divino Redentor, porque era a pátria de Davi e a ele fora feita a promessa de que da sua descendência nasceria o Messias. Até o nome Belém era apropriado, pois siginifica “cidade do pão”  (em hebraico Bet Lehem) e Cristo disse de si: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu” (Jo 6, 51). E a fim de os homens não atribuírem a valores terrenos as suas capacidades divinas, Nosso Senhor quis nascer nessa cidade extremamente humilde e apagada, pois Deus se serve do que é humilde para confidundir a soberba dos orgulhosos.

————–♦————–

Presépios na Basílica Nossa Senhora do Rosário e no refeitório do Thabor 

Fotos: João Paulo Rodrigues e Thiago Tamura

By

Por que não?


Natal também é tempo de conviver à mesa.

De fato, tornou-se requisito quase indispensável, durante as festas natalinas, a presença das maravilhas culinárias próprias ao tempo e às diversas regiões geográficas do globo terrestre.

Este ano, no Thabor, vivemos uma peculiardiade do Natal como é celebrado na Noruega. A idéia surgiu, precisamente, por parte de um arauto membro do Thabor, de origem vietnamita, cuja residência antes de vir morar no Brasil era nessas gélidas terras do norte do planeta.

Trata-se de um apetitoso doce artesanal chamado Gingerbread, em português, pão de gengibre.

O Natal, desde longa data, apresenta aspectos extraordinários que chegam a tocar na fantasia: árvores cujos frutos são brilhantes esferas multicolores, trenós que voam pelos ares puxados por renas, enfim, nunca viram-se na realidade  tais coisas. Entretanto, depois que um Deus quis se fazer Menino, sendo concebido por uma Mãe ao mesmo tempo Virgem e Imaculada, qual a maravilha que não pode ser escogitada?

Essa é um pouco a mentalidade de fundo que transmite o Gingerbread: apresentar algo da vida real com aspecto quintessenciado, pois, é Natal!

Como poderão ver pelas fotos, nosso Gingerbread é uma linda catedral revestida de chocolate – que em algo lembra a famosa de Canterbury –, cujas paredes são feitas de saboroso pão de gengibre, os mármores do seu piso de variados marzipães, na sua lateral direita encontra-se uma límpida lagoa azulada de gelatina, as pedras dos caminhos são apetitosos doces, a terra é uma discreta e leve farinha de biscoito,  até o prestigioso sino da torre é comestível e todo o interior da catedral estava repleto de mais surpresas gastronômicas!

Ainda bem que os fotógrafos foram rápidos em registrar esta obra de arte, pois – quase nem é preciso dizer – em questão de minutos, a catedral já tinha passado para a história dos natais vividos no Thabor.

Fotos: Thiago Tamura Nogueira

By

“O Menino do Tambor”, o teatro do Thabor

Neste Natal,  “Menino do Tambor” é o teatro do Thabor.

Uma história lendária, mas com muito de real, está sendo apresentada pelo nosso coro, nas diversas capelas da Paróquia Nossa Senhora das Graças. No dia de amanhã, será novamente representada para um grande conjunto de Arautos do Evangelho, aqui mesmo no Thabor, e depois as apresentações continuarão o seu curso pelas capelas, nos finais de semana.

Os trajes são fantásticos, a trama da história, atraente e sobretudo as graças são copiosas!

Anjos, pastores, magos, peregrinos, músicos e cantores, todos se deparavam com o jovem cujo único patrimônio era um tambor. E precisamente queria ofertar o rouco som das suas batidas ao Menino Divino, à semelhança da pobre viúva do Evangelho que ofertou duas pequenas moedas, toda a sua riqueza, mas que aos olhos de Deus superavam em valor a oferta de todos os demais, pois ela dera tudo.

Sigamos o exemplo deste menino do tambor, demos tudo ao nosso Criador, para nos assemelharmos com Aquele que quis nascer em nossa carne mortal, padecer frio, fome, sofrer ultrajes e morrer de modo ignominioso, pelo perdão dos nossos pecados. E por mais que só tenhamos rudes defeitos para depositar aos seus divinos pés, não hesitemos em nos ajoelhar e abrir esses os nossos tristes “tesouros”, pois o Menino Deus saberá transformar em  perfumadas virtudes a nossa ingrata oferta.

Fotos: João Paulo Rodrigues

By

A luz do Natal

Dezembro é o mês da luz.  Em todos os lugares nos quais a mensagem do Evangelho impregna os corações, observam-se árvores fascinantes, luzes encantadores, maravilhas deslumbrantes! Tudo reflexo dessa Luz divina, infinita e salvífica que há dois mil anos disipou as trevas que envolviam a Terra.

Cristo é essa Luz que ilumina os corações, e como símbolo dela os católicos iluminam os seus lares para externarem a imensa alegria de serem portadores dessa Luz. Queira Deus que ela nunca se apague em nosso interior.

Feliz e Santo Natal para todos! Que estas fotos do Thabor iluminado sirvam para aumentar o amor à luz de Cristo que habita os que fielmente O seguem.

Fotos: João Paulo Rodrigues

By

Qual a relação entre verdadeira felicidade e qualidade de vida?

O projeto intitulado “Qualidade de Vida”, realizado pelo colégio internacional Arautos do Evangelho, e que já mencionamos em anterior post, iniciou com um simples, mas atraente teatro. Em plena Idade Média, alguns amigos estudantes encontram-se, transmitindo com efusividade as suas mais variadas experiências estudantis: uns cantam, outros pintam, todos se preparam para exercer as mais variadas profissões.

Neles transluz verdadeira felicidade por fazer aquilo para o qual Deus os destinadou. Nada de invejas, nem de ciúmes, pelo contrário, nota-se um ardente desejo de ajudarem-se mutuamente para que os talentos de cada um rendam o cêntuplo. De fato, não pode haver vida mais infeliz do que a de quem quer viver a vida de outro e não a própria…

Sim, pois a verdadeira felicidade não é fruto de fatores externos. O único terreno fértil dessa semente chamada “verdadeira felicidade” ou “qualidade de vida” é o coração humano. Só ali ela encontra as condições necessárias para nascer, crescer e dar frutos, pois é no interior do homem onde brotam as boas intenções e onde se realiza o misterioso encontro entre a vontade humana e a Graça Divina. É no íntimo do coração que Deus fala!

A alma humana é imortal e, portanto, tem um desejo infinito de felicidade, quer ser feliz para sempre. Por isso, só algo que não tenha fim pode saciar essa sede de infinito. E quanto mais o homem põe a razão de seu existir em “águas finitas”, como são os prazeres passageiros desta vida, tanto mais ele sente uma sede insaciável de felicidade.

Só há uma “água” capaz de saciar a alma humana, e ela nos foi prometida pelo próprio Jesus, na pessoa da samaritana que lhe oferecia um pouco de água para beber: “Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede, mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede. A água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna. A mulher suplicou: Senhor, dá-me desta água, para eu já não ter sede nem vir aqui tirá-la! Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e volta cá. A mulher respondeu: Não tenho marido. Disse Jesus: Tens razão em dizer que não tens marido. Tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu. Nisto disseste a verdade. Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que és profeta!” (Jo 4, 13-19) Sim, Nosso Senhor queria fazer brotar nessa alma, seca por causa do pecado, uma fonte de água sobrenatural, chamada Graça Divina.

Digamos nós também com a Samaritana: “Senhor, vejo que és profeta! Dá-me dessa água!”. Abandonemos o pecado, abracemos a prática do bem e poderemos comprovar algo incrível em nossas vidas: de nosso interior brotará uma fonte de felicidade inexprimível em termos humanos, a qual transbordará impregnando todo nosso existir e assim poderemos verdadeiramente dizer “ter qualidade de vida é algo possível!”.

Com essa clave geral, foi realizada a presentação de projetos do Colégio Arautos do Evangelho – Thabor, sendo que os temas específicos de cada sala de aula foram muito variados e atraentes – como se pode ver nas fotos de amostra postadas em Projeto “Qualidade de Vida”.

———- ♦ ———-

 

By

Projeto – Qualidade de vida

Na última sexta-feira, 1° de novembro, teve lugar no colégio internacional Arautos do Evangelho – Thabor, a realização do projeto interdisciplinar de finalização de curso, cujo tema central foi  “Qualidade de vida”.

O que é qualidade de vida para um arauto do Evangelho? Quais as circunstâncias que devem cercar o dia-a-dia de alguém para dizer que tem qualidade de vida? Ter qualidade de vida significará ter um ritmo de atividades totalmente diferente daquele que temos ou tratar-se-á de dar um enfoque diferente a tudo o que já fazemos?

Foram essas algumas das perguntas às quais se tentou dar uma resposta satisfatória. Ou melhor, mais do que uma resposta, apresentou-se, já na exposição dos diversos aspectos do projeto, um tipo humano e uma visualização da vida que bem mostraram não ser qualidade de vida algo próprio ao mundo das idéias platônicas, mas uma realidade ao alcance seja de quem for e em qualquer atividade boa que se exerça.

Qualidade de vida, talvez seja sinônimo de amar a própria vida e dar-lhe esse caráter sobrenatural, chamado Graça Divina, que o nosso Criador teve a bondade de depositar no tesouro dos Sacramentos da Santa Igreja Católica, Apostólica e Romana, qual “pedra filosofal” – para fazer uma analogia com aquela bela lenda medieval – que converte em ouro tudo o que toca.

Sim, conservar a Graça Divina, frequentando os Sacramentos e praticando os Mandamentos, doura a nossa existência terrena, hoje tão facilmente tendente ao cinzento e, às vezes –  ó tristeza –, à escura cor das trevas do pecado, do vício e da injustiça…

Pois bem, estes jovens do colégio internacional Arautos do Evangelho – Thabor concederam-nos verdadeiros minutos de ouro, ao apresentarem, para todos quantos quisessem participar do seu projeto, um leque enorme de atividades, experimentos e até obras de arte, desenvolvidos com esmero durante todo o último semestre letivo.

Queríamos, pois, anunciar aos perseverantes seguidores de thabor.arautos.org (e convido-o também a fazer parte do blog assinando-o acima, caso ainda não o tenha feito), o começo de uma sequência de postagens, na qual teremos a alegria de mostrar-lhes, por meio de descrições, fotografias e vídeos, as interessantes experiências que nos maravilharam durante esses momentos. Realmente pudemos dizer: ter qualidade de vida é algo possível!

By

A castidade consagrada II – (continuação)

A virtude da castidade é como um valioso objeto de cristal, muito delicado, o qual deve ser carregado com extremo cuidado, para poder conservar-se intacto. Inúmeros recursos naturais e sobrenaturais existem ao nosso alcance, com vistas a resguardar a virtude angélica. Detenhamo-nos, pois, na consideração de alguns.

 Disciplinar os sentidos. A finalidade da mortificação dos sentidos é guarnecer as “muralhas” da nossa “fortaleza” contra o inimigo infernal, o qual ronda “como um leão que ruge buscando a quem devorar” (1 Pe 5, 8).

1o Colocar limites ao olhar exterior e ao interior é um dos mais eficazes meios para conservar a pureza, pois a “vista excita os desejos dos insensatos” (Sb 15, 5) e a imaginação é a “louca da casa” – na expressão de Santa Teresa de Jesus[1]. Se não formos vigilantes, a tentação pode assaltar-nos quase despercebidamente, projetando na nossa “tela interior” cenas que nos passaram pela vista, embora não lhes tenhamos dado atenção. O venerável patriarca Jó, bem conhecendo a natureza humana, fizera um pacto com seus olhos de jamais fitar algo que pudesse ser-lhe motivo de queda (Cf. 31, 1). E o Espírito Santo inspirou o autor sagrado do Eclesiástico a escrever uma série de conselhos, a fim de prevenir-nos acerca do descontrole das vistas, entre os quais consta este: “Não lances os olhos daqui e dali pelas ruas da cidade, não vagueies pelos caminhos” (Eclo 9, 7). A desocupação também é inimiga da castidade. Quem permanece desocupado aprende em sua imaginação a fazer o mal, porque “a ociosidade ensina muita malícia” (Eclo 33-29). Portanto, jamais nos deixemos tomar por sonhos de olhos abertos, nos quais facilmente se alberga o Maligno.

 2o A língua e o ouvido mortificam-se pela vigilância nas conversas, não só no que diz respeito a matérias ilícitas evidentemente, pois “disso nem se faça menção entre vós, como convém a santos” (Ef 5, 3), mas também, tendo humildade no convívio, sabendo ceder a palavra e ouvir os demais, adaptando-se à vontade alheia e evitando os excessos de curiosidade, porque  quem “refreia a língua […] é um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo. Quando pomos o freio na boca dos cavalos, para que nos obedeçam,…

governamos também todo o seu corpo. Vede também os navios: por grandes que sejam e embora agitados por ventos impetuosos, são governados com um pequeno leme à vontade do piloto. Assim também a língua é um pequeno membro, mas pode gloriar-se de grandes coisas. Considerai como uma pequena chama pode incendiar uma grande floresta! Também a língua é um fogo, um mundo de iniquidade. A língua está entre os nossos membros e contamina todo o corpo; e sendo inflamada pelo inferno, incendeia o curso da nossa vida. […] Não convém, meus irmãos, que seja assim” (Tg 1, 27; 3, 2-6. 10).

3o O paladar e o olfato também devem ser refreados, quanto ao abuso dos prazeres que deles provêm. A alimentação é um bem, e até um ótimo meio para louvar a Deus pelas maravilhas contidas na Criação. Igualmente, as fragrâncias extraídas da vegetação podem elevar os ambientes e, em consequência, os espíritos. Sem embargo, nunca devem se tornar motivo de deleites mundanos, pois “não são mais que sombra do que há de vir” (Cl 2, 17). Servir-se com intemperança desses recursos pode ser prejudicial para a guarda da castidade, uma vez que o excesso deles amolece o corpo e, por conseguinte, a vontade.

“São Francisco de Assis chamava ao seu corpo ‘irmão burro’: ‘irmão’ porque era seu companheiro de viagem, mas ‘burro’ porque sabia que lhe era obediente. Se concederes tudo ao corpo, bem depressa o farás senhor de ti”[2]. Ceder aos instintos frequentemente não significa acalmá-los, mas ao contrário, pode excitá-los ainda mais. Não permitamos, pois, que o “burro” passe a nos governar! Imitemos o exemplo do Apóstolo: “Castigo o meu corpo e o mantenho na servidão” (1 Cor 9, 27). Sem contar que a sobriedade é um dos melhores “médicos” de toda a História, antigamente muito “consultado” pelos longevos ermitãos do deserto, por isso, pondera o adágio latino: “modicus cibi, medicus sibi[3], quem é módico no alimento é médico de si mesmo.

4o “O tato é um sentido especialmente perigoso”[4]. Para discipliná-lo o batizado deve revestir-se de todo pudor privado e público, a fim de prever os perigos, precaver-se e evitá-los. Todos os atos, especialmente quando se está a sós, devem ser permeados de zelo pela integridade própria ao “templo do Espírito Santo” (1 Cor 6, 19) que é o corpo. Quanto nos agrada entrar numa igreja limpa, ordenada e sacral, digna da presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Basílica Nossa Senhora do Rosário – Arautos do Evangelho – Thabor

Pois bem, não contristemos o Espírito Santo (Cf. 1 Ef 4, 30), profanando o lugar de sua habitação com atitudes indecorosas: é preciso aprimorar o nosso templo, deixá-lo pulcro e sagrado como merece. Para isso, cultivemos uma ordem exímia em nosso recinto de repouso noturno e uma limpeza exemplar na apresentação pessoal, porque “o cuidado exterior leva a premunir-nos contra tudo o que possa roubar a pureza da alma”[5].

Mortifiquemos a carne, não cedendo aos horrendos prazeres da preguiça. De manhã “despertai, como convém, e não pequeis!” (1 Cor 15, 34); levantemo-nos imediatamente após acordar, não dando ocasião ao diabo de nos tentar. Privemo-nos das comodidades excessivas e, se nos acontece de depararmo-nos com algo que possa despertar os instintos da carne, afastemo-nos imediatamente da ocasião, pois “quem ama o perigo nele perecerá” (Eclo 3, 27). O melhor modo de triunfar nesses momentos não é enfrentar as tentações, mas fugir delas, como afirmava São Jerônimo: “Fujo para não ser vencido”[6].

 “Vigiai…” (Mt 26, 41). Nosso trato com os demais deve ser sempre respeitoso e até cerimonioso, nunca permitindo que se torne espontâneo, trivial ou indisciplinado. Cuidado com as amizades, pois “más companhias corrompem bons costumes” (1 Cor 15, 33)! Pela castidade perfeita, oferecemos o nosso coração ao Criador, amando ao próximo por puro amor a Deus, “o amor em sua forma mais elevada, ou seja, […] sem participação alguma com as criaturas no plano meramente natural”[7]. Muitas vezes – dizia São Francisco de Sales – pensamos estimar uma pessoa por amor sobrenatural, mas, na realidade, fazemo-lo por amor a nós mesmos, pela satisfação e atrativo que nos provoca o trato com ela[8].

Eis alguns dos sintomas que ajudam a desmascarar as afeições desregradas: “falar pouco das coisas de Deus e muito da mútua amizade; louvar-se, adular-se, ser indulgentes reciprocamente; queixar-se amargamente das correções dos superiores, dos obstáculos que lhes põem para andar juntos, das suspeitas que parecem manifestar; na ausência da pessoa amiga, experimentar intranquilidade e tristeza; ter distrações na oração por causa dela; encomendá-la a Deus com fervor extraordinário; ter a sua imagem gravada na alma; pensar nela dia e noite, e em sonhos ainda; perguntar com muito interesse onde está, o que faz, quando virá, se tem amizade com outra pessoa”[9].

Depois de anos de experiência, São João Bosco disse ter-se convencido de que esse gravíssimo perigo é contínuo, e alcunhou-o com o nome de “amizades particulares”. Mais tarde, porém, quis catalogá-lo como a “peste das comunidades”[10]. Uma frase atribuída a Santo Agostinho descreve o percurso que pode traçar quem se deixa levar por Satanás, pelo sinuoso caminho das amizades particulares: “O amor espiritual se torna afetuoso, o afetuoso obsequioso, o obsequioso familiar e o familiar carnal”[11]. Nessa matéria, como em muitas outras, é preciso fazer-se violência e cortar pela raiz o que possa tornar-se motivo de desvio do amor exclusivo a Deus, porque o Céu “são os violentos que o conquistam” (Mt 11, 12).

Prestemos, pois, atenção aos conselhos da Escritura: “Filhinhos, que ninguém vos desencaminhe” (1 Jo 3, 7); “Se teu olho direito é para ti causa de queda, arranca-o e lança-o longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo todo seja lançado na Geena. E se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a e lança-a longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo inteiro seja atirado na Geena” (Mt 5, 29-30). Especialmente, São Paulo exorta os consagrados a se mostrarem íntegros em seu proceder, “para que o adversário seja confundido, não tendo a dizer de nós mal algum” (Tt 2, 8).

♦ “… E orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26, 41). Santo Agostinho, célebre pela sua impressionante conversão, compôs um tocante “diálogo” com a virtude angélica, externando nele a sua terrível luta para adquiri-la: “a castidade, como que rindo de mim com um gracioso sorriso, o qual me convidava a segui-la, parecia dizer-me: ‘Então, não poderás tu aquilo que puderam e podem todos esses e essas [pessoas castas]? Por ventura o que eles podem, provém das suas próprias forças ou daquelas que a graça de seu Deus e Senhor lhes comunicou? O Senhor seu Deus concedeu-lhes continência, pois eu sou dádiva d’Ele. Por que queres apoiar-te em tuas próprias forças, se elas não podem te sustentar nem dar-te firmeza alguma? Atira-te com confiança nos braços do Senhor, e não temas, porque nunca se afastará deixando-te cair. Atira-te seguro e confiante, que Ele te receberá em seus braços e sanará todos os teus males’. Eu estava muito envergonhado, porque ainda ouvia os murmúrios daquelas futilidades [da impureza], as quais mantinham-me atônito e indeciso. Então, novamente a castidade parecia dizer-me: ‘Faz-te surdo às imundas da tua concupiscência, porque assim ela ficará totalmente amortecida. Ela te promete deleites, mas não podem comparar-se com os que encontrarás na lei de teu Deus e Senhor’”[12].

E Santo Agostinho encontrou o único meio capaz de dar-lhe a pureza: “[Eu] julgava que a castidade havia de se obter com as próprias forças, e persuadia-me de que não as tinha. Sendo tão néscio, ignorava, como está escritura, que ninguém pode ser casto se Vós não lhe dais essa virtude’ (Sb 8, 21; Vulgata). E, certamente, a teríeis concedido a mim, se ferisse os teus ouvidos com os gemidos íntimos de meu coração, e com firme confiança tivesse posto em Vós todos os meus cuidados[13].

Imagem de Nossa Senhora de Fátima – Basílica dos Arautos do Evangelho – Thabor

Com efeito, mesmo utilizando-nos dos recursos para conservar imaculada a castidade, todos se mostrarão insuficientes, caso nos falte o principal: a oração. Por meio dela devemos implorar sempre o auxílio divino, pela intercessão da Mãe de toda pureza e “Mestra da virgindade”[14], Maria Santíssima. É indispensável também frequentar os Sacramentos, meios seguros para obter a Graça, especialmente a Eucaristia, pão dos Anjos (Cf. Sb 16, 20), “vinho do Novo Testamento que faz germinar virgens”[15], baluarte da castidade e melhor “remédio contra a sensualidade”[16], e o Sacramento da Penitência, o qual lança por terra os planos do demônio, quando as más solicitações que ele sugeria em nosso interior são externadas ao confessor: “tentação descoberta é tentação vencida”[17].

Mas o tentador não permanece de braços cruzados… Ele devolve, na fila da Confissão, o que procurou retirar no momento da tentação: a vergonha. São João Bosco conclamava os seus alunos a acorrerem ao sacramento da misericórdia divina, com presteza e integridade de espírito: “Asseguro-vos, queridos jovens, que a mão me treme ante a consideração do grande número de cristãos que se encaminham à eterna condenação, unicamente por ter calado ou por não ter exposto sinceramente na Confissão determinadas faltas. Se por casualidade algum de vós, ao revistar a sua vida passada, dá-se conta de que ocultou voluntariamente algum pecado, ou simplesmente retém dúvidas sobre a validez de alguma Confissão, eu lhe diria: ‘Amigo meu, por amor a Jesus Cristo e ao precioso Sangue que derramou para salvar-te, repara, suplico-te, tua consciência, a primeira vez que fores confessar-te; tudo isso que te inquieta, manifesta-o como se estivesses a ponto de morrer. E se não sabes por onde começar, dize simplesmente ao confessor que há algo na tua vida passada que te perturba. Isso será suficiente[18].

Texto: Sebastián Correa Velásquez


[1] Apud CANALS NAVARRETE, Salvador. Ascética meditada. Madrid: Rialp, 1997, p. 117.

[2] TÓTH, Tihamer. Juventude radiosa. Tradução de Joaquim M. Lourenço. 5 ed. Coimbra: Ed. Coimbra, 1967, p. 180.

[3] TÓTH. Compendio de Teología ascética y mística. Tradução de Daniel García Huches. Bélgica: Desclée, 1960. p. 180-181.

[4] TANQUEREY. Op. Cit., p. 717.

[5] TÓTH. Op. Cit., p. 168.

[6] Apud ROYO MARÍN, Antonio. La vida religiosa. 2 ed. Madrid: B.A.C, 1968, p. 321.

[7] Idem, p. 283.

[8] Cf. TANQUEREY. Op. Cit., p. 719.

[9] VALUY,  Benoit. Vertus religieuse: Le directoire du prête. Paris: Tralin, 1913, p. 73-74, apud Tanquerey. Op. Cit., p. 720.

[10] SÃO JOÃO BOSCO. Reglas o constituciones del Instituto de las Hijas de María Auxiliaodora. n. 111. In: Obras fundamentales. Juan Canals Pujol e Antonio Martinez Azcona (diretores da edição). 3 ed. Madrid: B.A.C., 1995, p. 722.

[11] Apud TANQUEREY. Op. Cit., p. 719.

[12] SANTO AGOSTINHO. Confissões VIII, 11, 27.

[13] SANTO AGOSTINHO. Confissões VI, 11, 20.

[14] SANTO AMBRÓSIO, apud ROYO MARÍN. Op. Cit., p. 323.

[15] DARRAS, Joseph Epiphane. Historia de Nuestro Señor Jesucristo: exposición sobre los Santos Evangelios. Madrid: Gaspar & Roig, 1865, (c. IV, §. 5).

[16] LEÃO XIII, apud Pio xii. Sacra virginitas. 25 mar. 1954.

[17] TANQUEREY. Op. Cit., p. 715.

[18] SÃO JOÃO BOSCO. Apuntes biográficos del joven Miguel Magone: alumno del oratório de San Francisco de Sales. 3 ed. Turín: [s. n.], 1880. In: Obras fundamentales. Op. Cit., p. 234.

By

A primeira pizzaria

Há muito tempo o homem saboreia a pizza. Como todo prato antigo, é difícil descobrir com exatidão a sua origem, ainda mais se pensarmos que ela não é mais do que uma variação do pão.

Desde a descoberta da fermentação da massa de trigo e do forno (graças ao talento dos egípcios, há mais ou menos quatro mil anos atrás) muitos povos souberam cozinhar pães das mais diversas formas e com os mais diversos ingredientes. Especialmente inventivos foram os gregos e os romanos, os quais criaram o “moretum”: massa não fermentada derivada do pão, com ervas aromáticas e cebolas.

Porém, não queremos deixar de contar um episódio histórico para a culinária mundial. No ano de 1889, em Nápoles, um padeiro muito pobre, passava de casa em casa pedindo às famílias um pouco de massa. Quando a recebia colocava-a num grande recipiente e, no final dessa peregrinação, voltava para a sua padaria, colocando fermento à massa coletada. No dia seguinte, quando começava a trabalhar essa massa, achou que um pouco de queijo por cima iria muito bem. Ao pôr a massa no forno, pensou que ela iria crescer normalmente como qualquer pão, mas algo diferente aconteceu: o queijo abafou seu crescimento e ela ficou achatada…

O padeiro ficou angustiado, pois, quem iria comprar esse pão horrivelmente achatado? Ao chegar um freguês, o vendedor disse lamentando-se:

– Perdoe-me senhor, acabaram os pães! Só tenho um que não cresceu…

O comprador respondeu:

– Não tem nada! O quero assim mesmo.

Esse freguês era amigo próximo de uns monarcas italianos, os quais estavam  passando algun­s dias em seu palácio. Ao degustar o pão, seu paladar percebeu tratar-se de algo fora do comum… Tanto gostou que, como bom italiano comunicativo, foi imediatamente para as habitações do rei Humberto I e da Rainha Margherita, e disse-lhes:

– Caros soberanos, acabo de comer um “pão” delicioso, cujo nome ignoro, mas, caso queirais, posso trazer-vos aqui quem o preparou, a fim de que também possais experimentá-lo.

Ouvindo a resposta afirmativa, o homem foi logo procurar o padeiro e lhe disse:

– Prepare, por favor, daquele “pão” que o senhor me vendeu. É estupendo! E a rainha o quer provar.

Surpreso, foi logo fazer do mesmo “pão”. E, sabendo que a rainha gostava muito da bandeira italiana, colocou-lhe pomodoro (tomate), muzzarela (mussarela) e basilico (manjericão), formando o conjunto tricolor vermelho, branca e verde. Ao ficar pronto o estranho “pão”, levou-o à rainha, a qual se encantou com aquelas cores e, mais ainda, com o sabor. Ela disse ao padeiro:

– Como se chama este “pão”?

O jeitoso italiano respondeu:

–Chama-se “alla Margherita!”, perdão… “la

pizza alla Margherita!

A rainha, impressionada, fez-lhe a proposta de ser o cozinheiro oficial da corte. Sentaram-se e continuaram a comer a deliciosa pizza Allá Marguerita. E, nesse mesmo ano, em Nápoles fundou-se a primeira pizzaria.

Texto: Johnathan Inocêncio Magalhães

By

Mãe de Deus e da Igreja: Lembrança do Curso de Férias III

Com este terceiro post, finalizamos a publicação do livreto-lembrança (ver anteriores: I e II) distribuído aos participantes do último Curso de Férias dos Arautos do Evangelho, o qual teve lugar no Thabor. Desejamos aos leitores que Nossa Senhora os faça cada vez mais crescer na devoção a Ela, pois, se Deus quis vir ao Mundo por meio d’Ela, não há melhor caminho para a Ele chegarmos do que colocarmo-nos nas suas maternais mãos, a fim de que Ela nos cubra com o seu celeste manto.

Já no Gólgota, local onde se consumou a fundação da Santa Igreja, Nosso Redentor quis depositar a Divina Instituição em maternais mãos, antes de completar o seu sacrossanto holocausto. Essa plantinha imortal, que logo se tornaria árvore frondosa, regada pelo preciosíssimo Sangue, estava ali representada pelo único Bispo que, nesse momento crucial, não abandonara o Divino Mestre: São João. Os católicos de todos os tempos, há mais de dois mil anos, fazem ecoar com gáudio as palavras pronunciadas por Jesus pendente da Cruz, com as quais também nós fomos entregues aos cuidados da Santíssima Virgem: “Mulher, eis aí teu filho”, isto é, a Igreja, “filho, eis aí a tua Mãe!”;e dessa hora em diante o discípulo A levou para a sua casa” (Jo 19, 27). Sim, a Mãe da Cabeça, que é Cristo, devia sê-lo também do seu Corpo Místico, que é a Igreja.[1]

 A Virgem Maria nos Evangelhos Nas passagens do Evangelho em que a Santíssima Virgem aparece, transluz a imensa predileção e riqueza de privilégios com os quais Deus quis favorecê-La. Só o “Ave cheia de graça” (Lc 1, 28), pronunciado pelo anjo, aponta o oceano de amor divino que cumulou Nossa Senhora. Sem embargo, esses mesmos episódios são também como as pontas de um véu que discretamente se levantam, deixando entrever o tesouro de misericórdia que, em Maria, Jesus reservava para dá-lo a conhecer à humanidade, ao longo dos tempos.

Nos Evangelhos, destacam-se, em primeiro lugar, os misteriosos acontecimentos do Nascimento e da infância de Nosso Senhor Jesus Cristo:

O desposório de Maria com São José (Mt 1, 18-25);  A anunciação e a Encarnação (Lc 1, 26-38);  A visita a Santa Isabel (Lc 1, 39-56); • O divino Nascimento (Lc 2, 1-20);  A circuncisão de Jesus (Mt 2, 22-23; Lc2, 21-40);  A adoração dos Reis Magos (Mt 2, 1-12);Ÿ  A fuga e o retorno do Egito (Mt 2, 13-15. 19-23); Ÿ A perda e o encontro no Templo (Lc 2, 41-52).

Após o Batismo do Senhor, a Virgem Maria reaparece nos Evangelhos, mostrando, por primeira vez, a sua “onipotência suplicante”, nas bodas de Caná. Ela intercedeu junto ao seu Filho para que remediasse a falta de vinho, operando ali o milagre inaugural da sua vida pública (Jo 2, 1-11).

Nossa Senhora será mencionada novamente pelos Evangelistas no relato da Paixão do Senhor, junto à Cruz (Jo 19, 25).

E, graças a São Lucas, também sabemos que Ela acompanhou os Apóstolos no Cenáculo, após a Ascensão de seu Filho (At 1, 14), para com eles implorar a vinda do Divino Espírito Santo.

 Corredentora e Medianeira Todos esses episódios das Sagradas Escrituras são marcados por um denominador comum: neles se vislumbra a incomparável vocação da Santíssima Virgem. Ela gerou e “preparou uma Vítima para a salvação dos homens; a sua missão foi também a de guardar e alimentar essa Vítima, e apresentá-la no tempo oportuno para o sacrifício”.[2] Ela “participou de tal maneira das dores do Filho que, se fosse possível, preferia infinitamente assumir sobre si todos os tormentos que Ele padecia”.[3]

Assim, essa profunda relação entre maternidade e sacrifício fez com que Nossa Senhora se associasse de maneira muito íntima às graças da Redenção.[4] “Enquanto dependia d’Ela, imolou o seu Filho, de sorte que, com razão, pode-se afirmar: Ela redimiu o gênero humano junto com Cristo. E, por esse motivo, toda espécie de graças que recebemos do tesouro da Redenção é ministrado como que através das mãos da mesma Virgem Dolorosa”.[5] Por isso, Nossa Senhora é chamada, a justo título, Co-redentora do gênero humano e Medianeira ou “Dispensadora universal de todas as graças que se concederam ou se concederão aos homens, até o fim dos séculos.”[6]

 Os dogmas marianos Ao longo da História do Cristianismo, o aparecimento das heresias, e outros fatores, levaram a Igreja a proclamar solenemente os dogmas, ou seja, as principais verdades da Fé reveladas por Deus, que nos foram transmitidas pela Escritura ou pela Sagrada Tradição, nas quais os católicos devem crer firmemente, a fim de salvaguardar de maneira íntegra o dom divino da Revelação. Os dogmas que se referem diretamente a Nossa Senhora são:

1o Maternidade Divina Professa que a Santíssima Virgem é verdadeiramente Mãe de Deus, segundo a humanidade, ou seja, que forneceu a seu Filho Jesus uma natureza humana semelhante à d’Ela.[7] Este dogma foi proclamado solenemente no pontificado de Clementino I (422-432), durante o Concílio de Éfeso (431): “Se alguém não confessar que o Emanuel é Deus no sentido verdadeiro e que, por isso, a Santa Virgem é Mãe de Deus (pois gerou segundo a carne o Verbo de Deus feito carne), seja anátema”.[8] A Maternidade Divina é o mais alto dom recebido por Maria e, por causa dele, Ela foi ornada de todos os demais privilégios.

2o Virgindade Perpétua Professa que Nossa Senhora permaneceu Virgem antes, durante e depois do Nascimento de Jesus. Essa verdade encontra-se em todas as primeiras formulações de Fé da Igreja (os primeiros Credos).[9] São Leão Magno (440-461) definiu que o Unigênito de Deus “foi, de fato, concebido do Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, que o deu à luz, permanecendo intacta a sua virgindade, assim como com intacta virgindade o concebeu”.[10] O sínodo de Latrão (649), convocado por Martinho I, declarou anátema quem não confessasse esse dogma.[11]

3o Imaculada Conceição Professa que Maria foi isenta completamente do pecado original, desde o primeiro instante da sua existência no ventre materno. Foi proclamado solenemente pelo Beato Pio IX, em 8 de Dezembro de 1854, por meio da bula Ineffabilis Deus: “Declaramos, proclamamos e definimos: a doutrina que sustenta que a Beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua conceição, por singular graça do Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha da culpa original; essa doutrina foi revelada por Deus e por isto deve ser crida firme e constantemente por todos os fiéis”.[12]

4o Assunção Professa que a Santa Mãe de Deus, por singularíssimo privilégio, subiu em corpo e alma aos Céus, após o término da sua vida terrena. Foi proclamado por Pio XII, no dia 1o de novembro de 1950, por meio da constituição apostólica Munificentisimus Deus: “Proclamamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, completado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.[13]

♦ A “Ave Maria” Apesar de alguns historiadores considerarem o Sub tuum presidium como a primeira oração composta a Nossa Senhora, devido à recente descoberta de um documento do séc. III, partindo da nossa Fé nas Sagradas Escrituras, nós, verdadeiramente, podemos considerar como a mais antiga oração aquela que foi recitada, por primeira vez, pela uma voz de um anjo: “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco” (Lc 1, 42); e, logo depois dessa, temos o cântico de Santa Isabel: “Bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre(Lc 1, 42). A junção dessas duas saudações constituiu uma única oração, que, no séc. iv, já era habitualmente empregada desse modo, inclusive dentro da liturgia oriental, herdeira do apóstolo São Tiago, após o rito da Consagração.[14]

Entretanto, a piedade dos fiéis não se sentia satisfeita. Como corolário desse ato de louvor, era necessário fazer um ato de súplica. Por isso, paulatinamente, foi-lhe sendo acrescentada uma segunda parte: “Santa Maria, Mãe de Deus; rogai por nós pecadores; agora e na hora de nossa morte”. Estava assim composta a “Ave Maria” como a conhecemos até hoje. Ela somente foi introduzida, de maneira oficial, na liturgia do Ocidente em 1568, pelo Papa São Pio V, com a publicação do Breviário Romano, mas, desde longa data, já era uma prática comum de piedade na Igreja Católica.

♦ O Santo Rosário O fato de as palavras da Ave Maria serem tão gratas à Santíssima Virgem, impeliu os cristãos a multiplicarem o número de vezes da sua recitação, na esperança de tornarem-se, como que, um eco daquelas saudações evangélicas que tanto A encheram de alegria. À imitação do devocionário mais famoso de todos os tempos, o Livro dos Salmos, criou-se então o costume de rezar um total de 150 Ave Marias (ver nota sobre os mistérios Luminosos) [15], as quais depois foram divididas em dezenas, encabeçadas pelo Pai Nosso, meditando-se, em cada uma delas, um dos principais mistérios da nossa Redenção. Dessa maneira nasceu o Santo Rosário, o qual que é uma “síntese de todo o Evangelho”.[16] Ele é um pequeno tesouro de conteúdo teológico, uma obra-mestra que ensina doutrina Católica até aos mais modestos  e, sobretudo, um conciso compêndio de espiritualidade acessível a todos.

♦ O culto de hiperdulia Apenas dois cuidados devem ser tidos em relação à devoção a Nossa Senhora: primeiro, nunca deixar de crescer na devoção a Ela e, sem sombra de dúvida, não render-Lhe culto de adoração, pois unicamente Deus deve ser adorado. Entretanto, tão importante é a missão de Maria no plano da Salvação, que devemos prestar-Lhe atos de louvor e devoção superiores, os quais recebem o título de hiperdulia. Recordemo-nos que, se Deus é Onipotente em seu Ser, a Santíssima Virgem o é quanto à sua súplica. Por isso, aspirar a alguma graça sem confiá-la a Nossa Senhora, no dizer de Dante, é como ter o anelo de voar sem asas.[17] Nunca deixemos, pois, de tudo pedir através de nossa Medianeira celeste!

Texto: Sebastián Correa Velásquez


[1] Cf. Catecismo da igreja católica. n. 726. 963-965. Missale romanum. Die 1 Ianuarii, Post Communionem; paulo vi. Marialis Cultus. n. 11.

[2] Pio x. Carta Encíclica Ad diem illum lætissimum. n. 12.

[3] São Boaventura. I sent. d. 48. ad Litt. dub. 4.

[4] Cf. Catecismo da Igreja Católica. n. 618.

[5] Bento xv. Carta Apostólica Inter sodalicia. 22 de maio de 1918.

[6] Pio ix. Bula Ineffabilis Deus. n. 2.

[7] Cf. Royo Marín. Antonio. La Virgen María: Teología y espiritualidad marianas. Madrid: BAC, 1968. p. 92-93.

[8] DH. n. 252. (Denzinger, Heinrich; Hünermann, Peter. El magisterio de la Iglesia: Enchiridion symbolorum, definitioum et declarationum de rebus fidei et morum. Barcelona: Herder, 2000).

[9] Cf. DH. n. 10-64.

[10] Cf. DH. n. 291.

[11] Cf. DH. n. 503.

[12] Cf. DH. n. 2803.

[13] Cf. DH. n. 3903.

[14] Cf. Reus, João Batista. Curso de Liturgia. 3 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1952. p. 54; Messori. Vittorio. Hipótesis sobre María: hechos, indicios, enigmas. Tradução de Lourdes Vásquez. Madrid: Libroslibres, 2007. p. 266.

[15] O Beato João Paulo II acrescentou mais cinquenta Ave Marias ao Santo Rosário, ao incluir os mistérios Luminosos por meio da Carta Apostólica Rosarium Virginis, de 16 de Outubro de 2002.

[16] Catecismo da Igreja Católica. n.917.

[17] Cf. Dante Alighiere. La Divina Commedia. Paradiso. Canto xxxiii.

%d blogueiros gostam disto: