Thabor

Conheça aqui essa residência dos Arautos do Evangelho

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Até o próximo Curso de Férias!

Último dia do Curso de Férias. Nada como terminar tão abençoado período de reuniões, com uma Celebração Eucarística solene. Chegando ao Thabor, os participantes do curso formaram na praça, em frente à basílica. Antes da Missa, a qual teria lugar dentro do templo, realizou-se uma bela cerimônia entorno à imagem de Nossa Senhora de Fátima, na qual alguns proclamadores recordaram a importância da oração na vida de um arauto do Evangelho. Iniciou-se, então, um magnífico desfile que culminou ingressando na basílica de Nossa Senhora do Rosário.

O Pe. Santiago Morazzani Arraiz celebrou a Eucaristia, após a qual houve exposição do Santíssimo Sacramento e benção solene. Terminado o ato, todos os presentes se dirigiram ao refeitório do Thabor, onde estavam montados lugares para mais de 850 pessoas. Procedeu-se, então, ao almoço de despedida: uma autêntica salsichada alemã e, de sobremesa, o saboroso strudel de maçã. Os arautos se dispuseram nas mesas, compartilhando, mais do que os alimentos, todas as graças recebidas.

No final da refeição, o Pe. Antônio Guerra dirigiu umas palavras de despedida, apresentando as surpresas que os organizadores do Curso de Férias tinham preparado para os participantes: um belo devocionário, intitulado Preces, contendo as principais orações lidas que um fervoroso arauto do Evangelho recita diariamente — além da oração da Liturgia das Horas; e também um livreto, intitulado A Oração, o qual continha um resumo ilustrado dos temas tratados ao longo das exposições desses dias.

Os personagens de mais destaque, ao longo do Curso de Férias, distribuíram as lembranças, o que formou um belo quadro cenográfico. Sobretudo, os mais jovens dentre os participantes queriam receber a recordação, de mãos do protagonista que mais lhes despertara o entusiasmo durante as encenações. E, desconhecendo o nome real da pessoa a fazer o papel, chamavam-no de modo pitoresco pelo nome que assumira durante o teatro.

A nota tônica durante todo o Curso de Férias, e especialmente nesse último dia, foi a alegria de conviver com pessoas que compartem os mesmos ideais de amor a Deus, por meio da sua Mãe Santíssima, no seio da Santa Igreja Católica Apostólica e Romana.

Texto: Sebastián Correa Velásquez; Fotos: Thiago Tamura Nogueira e Alejandro López Vergara.

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A mais antiga oração à Santíssima Virgem

Em anterior post, tivemos a oportunidade de deter-nos sobre o que foi tratado, no Curso de Férias, acerca da devoção à Santíssima Virgem. Conforme prometido, queremos continuar a transmitir-lhes outro ponto importantíssimo dessa devoção: o Santo Rosário.

Apesar de alguns historiadores considerarem o Sub tuum presidium como a primeira oração composta a Nossa Senhora – devido à recente descoberta de um documento do séc. III –, partindo da Fé nas Sagradas Escrituras, verdadeiramente podemos considerar como a mais antiga oração aquela que foi recitada, por primeira vez, pela voz de um anjo: “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco” (Lc 1, 42); e logo depois, o cântico de Santa Isabel: “Bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre(Lc 1, 42). A junção dessas duas saudações constituiu uma única oração, que, no séc. IV, já era habitualmente empregada desse modo, inclusive dentro da liturgia oriental, herdeira do apóstolo São Tiago, após o rito da Consagração.[1]

Entretanto, a piedade dos fiéis não se sentia satisfeita. Como corolário desse ato de louvor, era necessário fazer um de súplica. Por isso, paulatinamente, foi sendo acrescentada uma segunda parte: “Santa Maria, Mãe de Deus; rogai por nós pecadores; agora e na hora de nossa morte”. Estava assim composta a “Ave Maria” como a conhecemos até hoje, a qual somente foi introduzida na liturgia do Ocidente, de maneira oficial, pelo Papa São Pio V em 1568, com a publicação do Breviário Romano. Mas, desde longa data, já era uma prece comum na Igreja Católica.

O Santo Rosário O fato de as palavras da Ave Maria serem tão gratas à Santíssima Virgem, impeliu os cristãos a multiplicarem o número de vezes da sua recitação, na esperança de se tornarem, como que, um eco daquelas saudações evangélicas que tanto A encheram de alegria. Assim, à imitação do devocionário mais famoso de todos os tempos, o Livro dos Salmos, criou-se então o costume de rezar um total de 150 Ave Marias,[2] as quais depois foram divididas em dezenas, encabeçadas pelo Pai Nosso, meditando-se em cada uma delas um dos principais mistérios da nossa Redenção. Assim nasceu o Santo Rosário, o qual é uma “síntese de todo o Evangelho”.[3] Ele é um tesouro de espiritualidade, Teologia e Doutrina Católica.

No Curso de Férias, as excelências desta oração foram ensinadas por meio de um impressionante teatro sobre São Domingos de Gusmão. No séc. XIII, o sul da França foi assolado pela heresia catara que pervertia muitos católicos. O Divino Espírito Santo suscitou, então, esse homem providencial, fundador dos Dominicanos, para fazer frente a semelhantes erros. Quando se encontrava numa das principais cidades cátaras, desencadeou-se uma tempestade terrível, a qual parecia que ia dizimar a população. Todo o povo apavorado correu para a catedral à procura de refúgio. Ao cruzarem o limiar da porta, os sinos do templo começaram a repicar sozinhos e uma imagem de Nossa Senhora, de forma miraculosa, abaixou seu braço, apontando com o indicador na direção dos presentes.

Todos, sem saber como aplacar a cólera divina, acorreram a São Domingos pedindo-lhe que intercedesse perante Deus para obter o perdão dos pecados deles, causa de tão terrível castigo. Vendo neles um arrependimento sincero, o Santo tomou o seu Rosário, que há pouco recebera das mãos da própria Bem-aventurada Virgem, e asseverou-lhes ser esse o meio revelado pela bondade maternal de Maria, a fim de aplacar a infinita justiça de seu Filho. Tão só desfiavam as primeiras contas, o apocalíptico temporal acalmou-se e, terminada a oração, os vitrais da catedral começavam a ser iluminados por alvissareiros raios solares. Nesse momento, o terrível e santo dedo da imagem que os apontava ergueu-se para assinalar novamente na direção do Céu.

Esse belo fato, até com os seus mínimos detalhes (trovões, sinos e dedo que aponta), foi encenado magnificamente. Mas, junto a ele, foi apresentado também outro episódio da vida de São Domingos no qual ele exorcizava, através da oração do Rosário, um homem possuído por quinze mil demônios. No final do exorcismo, o santo obrigou os espíritos maus a confessarem quem era a pessoa que mais lhes causava desgostos e arruinava seus planos. Então, os demônios, depois de muito esbravejarem, tiveram de pronunciar o santíssimo nome de Nossa Senhora, para logo depois fugirem espavoridos.

Esse foi mais um abençoado dia de Curso de Férias!

TEXTO: Sebastián Correa Velásquez

FOTOS: Thiago Tamura Nogueira e Alejandro López Vergara


[1] Cf. Reus, João Batista. Curso de Liturgia. 3 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1952, p. 54; Messori. Vittorio. Hipótesis sobre María: hechos, indicios, enigmas. Tradução de Lourdes Vásquez. Madrid: Libroslibres, 2007, p. 266.

[2] O Beato João Paulo II acrescentou mais cinquenta Ave Marias a esse número, ao incluir no Santo Rosário os mistérios Luminosos.

[3] Catecismo da Igreja Católica, n. 917.

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Mais 125 panamenhos

Na terça-feira 23 de Julho, o número dos peregrinos que estiveram de passagem pelo Thabor, rumo à Jornada Mundial da Juventude, aumentou para 475 pessoas, graças à visita de um grupo de 125 panamenhos. Membros todos do Caminho Neocatecumenal, chegaram por volta das 14:00 hs., dirigindo-se imediatamente para a basílica de Nossa Senhora do Rosário, onde receberam breve explicação sobre o carisma e espiritualidade dos Arautos do Evangelho. Era a primeira vez que muitos pisavam em solo brasileiro e, para outros, também era desconhecida essa Associação Internacional de Direito Pontifício.

Encantados pela beleza do templo, logo depois, participaram da Santa Missa, presidida pelo Pe. Manuel Herrada e concelebrada por três sacerdotes neocatecúmenos. Nela foram entoados cantos gregorianos pelo coro do Thabor, ocasionando agrado na assembleia. Muitos dos assistentes, após a Consagração, permaneceram devotamente de joelhos até o momento da Comunhão. Alguns sacerdotes arautos também ministraram o Sacramento da Penitência, nos confessionários localizados dentro da própria basílica e, antes da bênção final, o dirigente do grupo de panamenhos, um espanhol que reside em Roma com a sua família, brindou os arautos com um harmonioso cântico dedicado à Santíssima Virgem.

Os 125 visitantes também foram presenteados com escapulários do Carmo, abençoados e entregues, um a um, pelas mãos dos clérigos presentes. Muitos dos que recebiam a piedosa prenda mariana estavam emocionados até as lágrimas, deixando depois, por escrito, pedidos de oração e agradecimentos.

Apesar da repentina onda de frio que está soprando, nesta semana, pelo sul do Brasil, o calor da recepção e a vivacidade dos panamenhos aqueceram a Fé nas almas desses membros de dois povos localizados em extremos opostos da nossa América austral.

Texto: Sebastián Correa Velásquez

Fotos: Alejandro López Vergara

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Italiano: nesse dia, a língua mais falada no Thabor

Segunda-Feira, dia da chegada do Papa Francisco ao Brasil, o Thabor teve a oportunidade de receber a visita de 250 peregrinos italianos, especialmente da região de Abruzzo e da ilha de Malta. Estavam de passagem por São Paulo, para, em breve, dirigirem-se ao Rio de Janeiro, a fim de se encontrarem com Sua Santidade.

Foi um verdadeiro encontro de carismas, pois a numerosa comitiva fazia parte do Caminho Neocatecumenal, e os Arautos do Evangelho acolheram-nos, precisamente, na clave dada pelo Santo Padre em seu primeiro discurso pronunciado em solo brasileiro: “Ninguém se sinta excluído do afeto do Papa”.[1]Os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira”,[2] e o Thabor, quanto lhe cabia, também alargou os seus “braços” para acolher, no transcurso de uma semana, pelo menos 350 pessoas que vieram para participar da Jornada Mundial da Juventude.

Nossos visitantes italianos chegaram ao Thabor por volta das 9:30 hs. Desceram dos cinco grandes ônibus nos quais tinham vindo e, já na porta dos veículos, foram acolhidos por um grupo de arautos do Thabor, com os quais puderam trocar as suas  primeiras impressões. Cruzando a praça frente à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, caso viessem com algum leve cansaço, por causa da extenuante viagem, logo desapareceu ao se depararem com a fachada do belo templo.

Algumas palavras de acolhida foram-lhes dirigidas pelo Diác. Dartagnan Alves de Oliveira e, em seguida, quem encabeçava o grupo dos neocatecumenais também lhes fez um convite à gratidão, por um lado, para com Deus que dispusera trazê-los até esse lugar e, por outro, para com esses jovens que os acolhiam tão amavelmente. Tudo fruto do amor a Deus – dizia ele –, “viemos de longe, nem nos conheciam e, entretanto, somos objeto de toda esta atenção”.

Às 10:30 hs., teve lugar a Santa Missa, celebrada pelo Pe. Mauricio de Oliveira Suzena, sacerdote Arauto do Evangelho e ex-pároco de uma paróquia na Itália. Logo após a Eucaristia, a banda do colégio internacional Arautos do Evangelho ofertou um pequeno concerto musical ao numeroso grupo de peregrinos, que os deixou enormemente agradados, pedindo mais de um bis e aplaudindo com entusiasmo no final da apresentação. O solo de percussão, de autoria dos próprios estudantes, parece ter especialmente feito vibrar as cordas internas dos naturais dessa nação de músicos que é a Itália.

Não podia faltar também a boa mesa. Por volta das 12:30 hs., foi-lhes servido um almoço no refeitório do Thabor, onde ainda estava montado o cenário do Curso de Férias, o qual finalizara no sábado passado. Terminada a refeição, depois de alguns instantes de agradecimentos, os visitantes se despediram efusivos, fazendo numerosos pedidos de orações e perguntas sobre como entrar em contato com os Arautos do Evangelho na Itália e em outros países do mundo.

 

TEXTO: Sebastián Correa Velásquez

FOTOS: Alejandro López Vergara

 

[1] Palavras do Papa Francisco no seu discurso durante a cerimônia de boas-vindas ao Brasil em 22 jul. 2013.

[2] Idem.

 

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Um dia “sem teatro”

Tínhamos interrompido um pouco a narração do desenvolvimento do Curso de Férias, em primeiro lugar, para contar-lhes a importante visita eclesiástica que recebemos na sexta-feira e, em segundo lugar, para destinar um post especialmente aos pais de família dos participantes, a fim de contar-lhes como transcorria um dia de seus filhos, no Thabor.

Queremos, pois, continuar o relato dos demais teatros que marcaram esses dias. Nos últimos posts a esse respeito, estávamos considerando as petições do Pai Nosso, ao qual foi dedicada a terça-feira do Curso de Férias. Ora, o dia seguinte foi bastante diferente e parecia desviar-se um tanto do tema da oração.  Por certo, o Cardeal de Madrid com os Bispos que o acompanhavam não foram os únicos personagens da vida real que, ao longo desta semana, fizeram-se presentes no palco… Na Quarta-Feira, com efeito, não houve teatros, mas houve a apresentação de realidades: o dia-a-dia de um arauto do Thabor.

A reunião começou com um solene cortejo de vários arautos revestidos de bela capa branca, os quais recitavam, em canto gregoriano e língua latina, a ladainha do Sagrado Coração de Jesus. Algo inesperado para todos os assistentes, pois o tema da vida comunitária, à qual a grande maioria deles ali aspira, até agora não tinha sido apresentada dessa maneira.

Foram realizadas as mais variadas cenas como, por exemplo, uma refeição com todas as suas peculiaridades: cântico das orações iniciais; o costume de um leitor, nesses momentos, transmitir a todos algum texto edificante; o belo cerimonial para os que chegam atrasados à refeição explicarem o motivo da sua demora; o modo de pedir aos servidores algum alimento. Em fim, o intuito era mostrar aos assistentes que todos esses e tantos outros detalhes visam incutir num arauto do Evangelho a importância de conservar a compostura, mesmo quando está comendo, e elevar sempre a sua mente para a sublime vocação que todo batizado tem, devendo comportar-se como um digno filho de Deus.

Em outra etapa da reunião, foi demonstrado um ensaio de cerimonial, no qual era treinado o passo de desfile muito utilizado no célebre alardo das aulas, durante o período letivo do colégio internacional Arautos do Evangelho. Assim, em pleno Curso de Férias, deu-se uma cena inédita: uma fileira de arautos, revestidos do característico traje de treinos (camisa vermelha e calça azul), entrou correndo pela passagem central do auditório e posicionou-se no palco. Depois de algumas instruções dadas por quem os comandava, foram executadas diversas movimentações e, para surpresa dos presentes, em certo momento, dois daqueles que desfilavam tiveram de ausentar-se e foram convidados voluntários da plateia para completarem os seus lugares. Dois jovens, tendo afirmado categoricamente que saberiam executar as ordens, posicionaram-se nos espaços vagos, mas, ao ouvirem a primeira voz de comando, empalideceram ao verem que se tratava de algo real e não era teatro. Sem embargo, apesar da inexperiência, improvisaram muito bem e, graças à sua demonstração de coragem, acabaram por ganhar o aplauso dos assistentes.

Outros pontos como a maneira de vestir o hábito, o modo de arrumar a cama, a ordem dentro do armário, foram também didaticamente abordados nesse dia. A certa altura da exposição, abriu-se o telão e viram-se três camas, três armários, criados-mudos e, em pé, os arautos a quem lhes correspondiam esses móveis. Um deles tinha recém chegado ao Thabor e nada sabia a respeito do Ordo de Costumes dos Arautos do Evangelho. Por isso, o outro o instruía pormenorizadamente sobre a organização dos seus objetos pessoais. Entretanto, havia outra cama desarrumada e, mais uma vez, foram convidados alguns assistentes para cruzarem as cortinas e desempenharem a função de deixá-la em perfeita ordem. Foi um mistério se passaram ou não pela prova…

Em fim, outros momentos da vida quotidiana do Thabor fizeram-se presentes nessa abençoada manhã de Curso de Férias!

 

TEXTO: Sebastián Correa Velásquez

FOTOS: Thiago Tamura Nogueira e Alejandro López Vergara

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Aos pais destes felizes jovens

Como será um dia de meu filho no Curso de Férias dos Arautos?”, pode estar se pergunta um dos pais ou uma das privilegiadas mães cujo filho está passando estes dias com os Arautos do Evangelho, no Thabor. Por isso, às famílias destes jovens é que dedicamos especialmente o presente post.

Quando os raios do sol estão começando a dar vida às pedras da praça em frente à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, dezenas, senão centenas de jovens começam a descer de seus veículos, dirigindo-se para esse belo templo, a fim de iniciarem a sua jornada de férias com a assistência à Santa Missa.Cânticos gregorianos, Confissões, uma curta homilia por causa do tempo, Comunhão e, ao terminar a celebração, enormes fileiras conformadas pelos participantes do Curso caminham em direção ao auditório, ao som da banda do Thabor, a qual faz soar variadas sequências de marchas, com ritmos próprios a despertar a vitalidade e ânimo dos jovens.

Tendo chegado ao local da exposição, dispõem-se ordenadamente por grupos, conforme a nação ou a cidade à qual cada um deles pertence, e começa, com uma breve prece e às 10:00 hs, em ponto, a esperada exposição cujo tema é sempre uma incógnita. A respeito das matérias tratadas a cada dia, os leitores já têm à disposição, neste blog, uma boa quantidade de posts. Ainda estamos por compartir-lhes outros, mas primeiro queríamos satisfazer a apetência de muitas mães e pais de família que querem ver, nas fotografias, seus filhos participando do Curso de Férias. Sem embargo, quando menos esperem, pode acontecer que um dos participantes seja convidado a fazer parte de alguma encenação…

Às 11:15 hs, há um intervalo de 45 minutos, no qual todos, além de tomarem lanche, podem trocar as impressões que lhes causaram as belas cenas observadas, ao longo da reunião. Com o toque do carrilhão da Basílica ao meio dia, retoma a segunda parte da exposição, a qual irá finalizar entre 1:15 e 1:30 hs. Nesse momento da partida, o som das incontáveis vozes que comentam as graças recebidas em mais um dia de Curso, parece tomar todo o Thabor e, aos poucos, esse forte murmúrio vai diminuindo, diminuindo cada vez mais… Até que o último veículo lotado jovens deixa o Thabor. No dia seguinte, reencontrar-nos-emos novamente, com mil surpresas e inéditos comentários nestes abençoados momentos de Curso de Férias.

Todos os participantes querem calorosamente cumprimentar seus pais, aqueles que por algum motivo não puderam vir e todos os que, de certa maneira, estão nos acompanhando pelo blog thabor. arautos.org

TEXTO: Sebastián Correa Velásquez

FOTOS: Thiago Tamura Nogueira e Alejandro López

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O pão nosso de cada dia nos dai hoje!

Sem o alimento não é possível a vida! Caso ele venha a faltar-nos, logo nos acometem debilidade e doenças, quando não a morte. Também é assim a nossa alma, cujo “alimento” é a oração. Se esta é abandonada, não tarda a vontade em enfraquecer-se, cedendo lugar às enfermidades do pecado, fazendo-se necessária a medicina espiritual da Confissão. Ora, quanto empenho dedicamos diariamente ao corpo, a fim de não o vermos fenecer! Por que não havemos de cuidar com igual esmero daquela que é imortal e a parte mais importante do nosso ser? Sem a oração não é possível a vida eterna, por isso, “bem sabe viver, quem sabe rezar bem”.

Em anterior post tivemos a oportunidade de considerar as três primeiras petições do Pai Nosso. Continuando a sequência das súplicas dessa perfeitíssima oração, vejamos como foi apresentada cada uma delas na terça-feira desta semana de Curso de Férias.

Antes, é preciso dizer: até no lanche, esses jovens aprenderam o que quer dizer a quarta súplica do Pai Nosso:

“O pão nosso de cada dia nos dai hoje” – Nesta súplica, não pedimos somente o pão que um dia fenece, ou seja, os meios necessários para o nosso sustento material, mas, uma vez que devemos praticar a virtude da Justiça, cumprindo em tudo a vontade de Deus, só o conseguiremos por meio da assistência diária da sua Divina Graça, especialmente quando recebemos o “nosso” Pão da Vida: a Sagrada Eucaristia.

5o “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” Imploramos a Deus perdão por todas as ocasiões nas quais trocamos a sua amizade pelo amor desregrado a alguma criatura, cometendo algum pecado. E, como penhor para sermos atendidos, oferecemos-Lhe o sacrifício do nosso orgulho, perdoando aqueles a quem Ele mesmo está disposto a perdoar.

Uma das cenas mais tocantes do Curso de Férias, até agora, foi uma que versou sobre o perdão. Perdoar um amigo é belo, mas o perdão que desce do alto, o perdão de um pai tem um pulchrum monumental. As figuras do filho pródigo e do bondoso pai que perdoa a sua infidelidade fizeram-se presentes no palco. Essa narração contida no Santo Evangelho “é uma parábola de emocionar, porque tem um luxo de detalhes que só mesmo a Sabedoria Divina poderia conceber. Uma parábola célebre! Uma das mais belas parábolas que Nosso Senhor tenha criado!”.

Dispensamo-nos aqui de contá-la, pois, além de ser muito conhecida, a qualquer momento os leitores podem ter acesso a ela no Evangelho (Cf. Lc 15, 11-31). Queremos apenas apresentar-lhes os personagens:

O filho pródigo que pede a herança para desperdiçá-la em prazeres, mas que, tempo depois retorna arrependido.

O bondoso pai que, diante da hostilidade do filho, tem de dar-lhe parte da sua herança, mas depois o acolhe novamente com enorme alegria.

O filho mais velho que ficou cheio de inveja diante da paternal acolhida de seu irmão arrependido.

O dono dos porcos que dá emprego ao jovem, quando ficou relegado à miséria de se alimentar das bolotas desses animais.

6o “E não nos deixeis cair em tentação” – Tendo reconhecido a nossa debilidade, pedimos a Deus a fortaleza necessária para não ofendê-Lo nunca mais e que a vitória sobre as tentações aumente a nossa firmeza no bem.

7o “Mas livrai-nos do mal” – A Oração do Senhor encerra-se com uma cláusula que nos recorda não ter nenhum poder sobre nós o Maligno, se não lhe é dada uma permissão do alto. E são precisamente os nossos pecados os que arrancam essa autorização divina, pela qual Deus permite o sermos castigados pelo demônio, com tentações e tormentos, os quais também servem para pagarmos parte da pena devida às nossas faltas. Por isso, nesta súplica, pedimos também o ser libertos do pecado, a fim de que o autor do mal não possa jamais nos prender com os seus laços.

Essas duas últimas petições do Pai Nosso foram encenadas num atraente teatro da vida cotidiano de um grupo de estudantes, das mais variadas índoles: responsáveis, preguiçoso, briguentos etc. Numa sala de trabalhos, além dos jovens, fazem-se presentes dois espíritos, invisíveis na vida real: um anjo e um demônio. O primeiro incentivava concórdia, bom trato, responsabilidade, pensamentos puros naqueles estudantes. O segundo, pelo contrário, incitava discórdia, brutalidade, irresponsabilidade, maus pensamentos nas mentes dos jovens. E, graças à oração, esses que eram perturbados pelo demônio conseguiram vencer a tentação e viram-se livres do mal.

Desse belo segundo dia do Curso de Férias, todos os presentes puderam sair do auditório com uma verdade gravada no fundo da alma: Quem conforma a sua vida segundo os princípios contidos no Pai Nosso é um perfeito cristão! Esperemos, pois, que não passe um dia da nossa existência sem o recitarmos. O Pai Nosso já nos acompanha desde o começo da nossa caminhada rumo à salvação, quando no Batismo os nossos padrinhos o rezaram, e será ele que nos despedirá deste mundo, quando o sacerdote o recitar, enquanto o nosso corpo desce para a sua última morada.

 

Fotos: Thiago Tamura Nogueira e Alejandro López Vergara

Texto: Sebastián Correa Velásquez

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Decifrando o criptograma de Pompeia

Num post do dia de ontem (ver Segundo dia do Curso: O criptograma de Pompeia), convidávamos os leitores a descobrir o significado desse misterioso criptograma.

Caso não tenham conseguido decifrá-lo, os expositores do Curso de Férias nos fizeram esse favor. Compartilhamos aqui um curto vídeo contendo os magníficos segredos de tão antiga inscrição.  Como fundo musical da apresentação, ouvirão um trecho do Credo gravado pelo coro internacional dos Arautos do Evangelho.

Até mais, e rezem pelo Curso de Férias! Estamos entrando na reta final.

 

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Um dia impregnado de oração

A oração grande e seguro meio de salvação. Já tivemos a oportunidade de dar-lhes a conhecer, por meio deste blog, o curioso repórter do dia de ontem (ver matéria publica em 15 jul. 2013). Agora queríamos apresentar-lhes outras personagens, cujas encenações foram transbordantes de ensinamentos, aumentando a compenetração dos 750 jovens assistentes. Todos os teatros visavam inculcar a necessidade da oração e dar a conhecer as condições indispensáveis para que ela obtenha eficazmente o que é pedido.

Após o repórter, a figura de São Bernardo se fez presente no palco. Em meio a um ofício que cantava com os monges de seu mosteiro, quatro espíritos angélicos apareceram ao santo abade, posicionando-se cada um atrás de dois dos religiosos. O primeiro Anjo registrava em letras de ouro as orações dos que rezavam com fervor. O segundo, o fazia com letras de prata, pois, outros monges rezavam, é verdade, mas sem piedade suficiente. O terceiro espírito angélico escrevia com tinta as orações distraídas e medíocres de outros que ali se encontravam. E o último anjo não escrevia nada, pois havia religiosos que tristemente não rezavam, pensavam em outras coisas, queriam logo retirar-se para tocar serviços práticos…

Outra cena do Curso muito formativa foi a respeito de um grupo de mendigos, acampados numa praça, os quais passavam ali a sua vida, sustentados por meio de esmolas e carregando tristemente as suas penas, tanto as do corpo quanto as da alma. Em certo horário do dia, costumava passar por esse local o bondoso São Martinho de Tours acompanhado por alguns fiéis. Um dos pobres inquilinos, recém chegado nesse dormitório público, ficou desnorteado ao ver a atitude dos mendigos quando o santo Bispo se aproximava. Mesmo os cegos saíram correndo a toda velocidade, ajudados pelos que eram mancos e assim, ajuda-se mutuamente, em pouco tempo essa turma de estropiados esvaziou a praça.

Quando, há muita distância, viram que São Martinho já se retirara, retornaram aos costumeiros postos donde ostentavam as suas deficiências aos viandantes, pronunciando o famoso: “uma esmola, por favor!”. O desventurado novato na arte de mendigar, não entendendo nada do que se passara, perguntou insistentemente por que tomar tão estranha atitude, diante de um Bispo tão bondoso que poderia lhes ajudar? O chefe da turma de mendigos que, por certo, era cego de olhos e de coração, respondeu carregado de ira: “Por que Martinho é um taumaturgo que pode nos curar dos nossos males! É precisamente isso que não queremos! Somos errados e determinamos continuar assim, a vida inteira! Não queremos trabalhar nem ser libertos das nossas doenças!”.

Essa é realmente a atitude de todos aqueles que não querem rezar a Deus, pedindo-Lhe tudo o necessário, pois temos um Pai Onipotente disposto a curar-nos de todas as doenças espirituais. Inclusive, Ele está disposto a conceder-nos curas corporais e outros favores materiais, caso não prejudiquem a salvação eterna da nossa alma, pois essa é a finalidade última de nosso existir.

Texto: Sebastián Correa Velásquez

Fotos: Alejandro López Vergara e Thiago Tamura

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Um repórter fora do comum

Primeiro dia do Curso de Férias e já apareceu um repórter no Thabor… Seu nome era Luís. Queria fazer uma entrevista sui generis. Depois de alguns minutos de conversa, conseguimos saber que era estudante de um prestigioso colégio e tinha como tarefa realizar uma reportagem.

O professor prometera um prêmio a quem fosse mais original em desempenhá-la.

Ora, esse curioso repórter comparecera no primeiro dia do Curso de Férias não para entrevistar um dos expositores, nem ainda um dos espectadores… Era para fazer-nos participar de uma incrível reportagem que ele realizaria, a qual já estava combinada previamente. Seu Anjo da Guarda há pouco lhe aparecera, dizendo que o levaria para conhecer duas realidades antagônicas: o Inferno… E, logo depois, a entrada do Céu! Tanto num lugar quanto no outro poderia entrevistar aos que lá se encontrassem…

Temeroso, mas confortado pela angélica presença, o incipiente repórter dispôs-se a viajar para essas ignotas paragens, a fim de indagar às pessoas, qual era o motivo pelo qual mereceram esse fim: para uns a desgraça infinita, para outros a eterna alegria.

Seu Anjo conduziu-o primeiro à mansão dos mortos… Ei-lo, pois, diante de uns sinistros precitos. Apavorado, mas amparado pelo celeste protetor, guardou bastante distância dos réprobos e começou o seu dramático inquérito, perguntando a um deles:

 – Reu horripilante, como veio parar aqui?

Uma voz soturna e cavernosa lhe respondeu:

Ai… Ai… Ai… Eu era cristão! Fui batizado e recebi os demais Sacramentos. Porém, nunca rezava! Achava a oração um passa-tempo para tontos. Mas, agora sei que, como eu não a rezava, nunca obtive as forças necessárias para perseverar estavelmente no cumprimento da Lei de Deus! Se tivesse orado, agora seria feliz no Céu…

–  Mas, só por isso? Rezar é tão fácil?

É verdade! Mas são raras as pessoas que, enquanto vivem, querem rezar! Agora é tarde demais…

E, com um forte grito, foi precipitado novamente às apavorantes e escuras profundidades do Inferno. Extremamente impressionado, o jovem dirigiu-se a outro dos horríveis condenados que ali estavam:

– Quem é o senhor e como veio para aqui?

Ouviu-se, então, um murmúrio frio e arrepiante:

Eu sou um grande criminoso, um maldito… Mas, ter-me-ia bastado rezar para alcançar o perdão dos meus horrendos vícios!

–  Incrível! Isso é exatamente o que me disse o anterior…

–  Meus delitos eram grandes, porém, maior é o poder da oração!

Arrastado por um demônio, o condenado foi lançado ao lugar do seu eterno suplício. Nesse momento, outro desses infelizes adiantou-se em direção ao entrevistador, gritando com sua rouca voz:

A oração! A oração! Ter-nos-ia bastado a oração para não estar neste maldito estado!

Muito assustado, o jovem implorou ao seu Anjo para se retirar do Inferno, pois não tinha forças suficientes para continuar ali. O bondoso mensageiro divino, então, continuou o percurso que tinha prometido ao seu protegido. Agora iriam à porta de entrada do Céu!

Quando menos esperava, o inexperiente repórter viu-se rodeado de luz, Bem-aventurados e Anjos. Fora de si, deparou-se com um homem esplêndido que caminhava:

– Senhor Rei! Desculpai-me interromper o vosso glorioso percurso! Seria possível dizer-me como merecestes chegar aqui?

Claro! Mas antes, permiti-me fazer uma pequena correção: eu não sou rei; na Terra era um simples cozinheiro. Enquanto preparava os alimentos ou lavava os utensílios da minha função, eu sempre estava rezando. Cumpri com minha missão e meus deveres, é verdade, mas hoje me dou conta que só consegui me salvar porque rezava muito!

Meu caro – adiantou-se outro bem-aventurado –, eu sou um arauto do Evangelho, como o senhor. Era uma pessoa que rezava muito e, embora fosse muito distraído em minhas orações, aprendi num Curso de Férias o incomensurável valor da oração! Desde, então, passei a rezar com todo o fervor e constância que me era possível! Graças à oração me salvei!

– Nossa! Quer dizer que é a oração que acaba por determinar…

Luís – interrompeu o Anjo da Guarda –, temos de voltar à Terra, pois o tempo já acabou.

Dessa maneira concluiu a primeira encenação deste Curso de Férias 2013, um ano no qual, certamente, todos precisaremos muito da oração. Sim, esse é o tema central que marcará todos estes extraordinários dias de reuniões! Acompanhem-nos também acessando os próximos post que publicaremos. E, por favor, não se esqueça de rezar por nós, pois, como já tivemos a oportunidade de revelar neste blog, esse é o principal segredo para o sucesso do Curso de Férias: a oração!

Texto: Sebastián Correa Velásquez
Fotografia: Thiago Tamura Nogueira

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Revelando segredos

Já tivemos a oportunidade de revelar, aos nossos leitores, um dos principais segredos para o sucesso do Curso de Férias: o Santo Rosário (ver matéria publicada em 9 jul. 2013). Creio estar “falando demais” – como dizem no Brasil –, pois, de repente, aqueles  que aguardam com ânsia  o início dessa programação, bem podem já estar intuindo o tema central que marcará as exposições desses dias… Mas, não resisto! Vou “falar” mais um pouquinho – só entre nós – dos “segredos” do Curso… Caso tenham a paciência, acompanhem-nos durante alguns instantes lendo estas linhas.

Vida interior: vale a pena guardar essa palavra chave. Para o conjunto de Arautos do Evangelho que reside no Thabor, além da assistência diária à Santa Missa, essa enorme dádiva do amor de Cristo (conforme matéria publicada em 12 jul. 2013), todas as manhãs deste período de árduos preparativos para o Curso de Férias, há um tempo de 45 minutos dedicado a outras orações, denominado Recolhimento.

Pouco tempo depois do café da manhã, tocam os ferrinhos chamando a comunidade para o programa, como já é costume nas residências dos Arautos do Evangelho: um primeiro aviso (composto de dois toques) alerta a todos para estarem formados no local avisado, pois, em cinco minutos, os ferrinhos darão o segundo sinal (composto de três toques). Nesse momento, deve-se estar na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, seja na capela de adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento, seja em outro lugar do templo, para recitar, sozinhos ou em companhia de outros, diversas orações já habituais a todo arauto do Evangelho.

Nesse período de Recolhimento, vêem-se principalmente dois livros de orações nas mãos das pessoas:

A Liturgia das Horas (conhecida também como Ofício Divino ou Breviário), a qual, quando é recitada por um sacerdote ou um religioso consagrado, torna-se a oração oficial e pública da Igreja Católica, juntamente ao culto por excelência que é a Santa Missa. Isso quer dizer que esse conjunto de orações que se elevam a Deus são feitas em nome de toda a Igreja.

Um devocionário muito comum entre os Arautos do Evangelho, denominado Preces, o qual pode variar em número

de orações, conforme seja a devoção e o tempo de que cada arauto dispõe, em meio às funções de seu dia-a-dia. Sem embargo, há algumas orações, isto sim, que são fixas, devido à sua importância, valor espiritual, doutrinário e teológico. Por exemplo, os famosos e antigos conjuntos de ladainhas dedicadas ao Sagrado Coração, ao Espírito Santo, a Nossa Senhora, ao Imaculado Coração de Maria e a São José.

Como essas, há outras preces que são também verdadeiros tesouros da Igreja Católica. Caso queiram conhecê-las… Em fim, “falei” demais… Espero que as autoridades do Curso de Férias não processem os escritores deste blog, por estarem revelando “segredos de estado”…

Uma curiosidade final. Por que do nome Recolhimento?

O Ordo de costumes dos Arautos do Evangelho prevê um modo de comportar-se próprio aos momentos de oração, meditação ou retiro espiritual, no qual o arauto deve dirigir a sua atenção para a importantíssima ação que realiza, ou seja, elevar a sua mente ao Criador. Para isso, não deve comunicar-se, nem por gestos, com os seus demais irmãos de hábito, a não ser em caso de real necessidade. São momentos de recolher-se em seu interior, conversar com Deus e deixar que a Graça divina toque o íntimo da alma.

É incontável o número de Santos que aconselharam esse modo de proceder, principalmente, quando se faz meditação. Até médicos e psicólogos defenderam que  meia hora de meditação diária pode melhorar consideravelmente a própria estrutural cerebral.

Não perca os próximos post. Até lá… os preparativos vão mar alto…


Texto: Sebastián Correa Velásquez
Fotografia: Thiago Tamura Nogueira

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Um segredo: como tornar proveitoso cada dia no Thabor

Da caneta para o pincel, a tesoura ou a fita métrica… Sim, para um arauto do Evangelho, do Thabor, terminado o período de aulas as ocupações se fazem mais intensas ainda. Os preparativos para o Curso de Férias continuam e, nesses momentos de “dar tudo”, desabrocham impressionantes talentos artísticos e torna-se mais imbricada a união entre todos aqueles que lutam pelo mesmo ideal: a glória de Deus. Sejam brasileiros, chineses, vietnamitas, espanhóis, colombianos, portugueses, salvadorenhos ou japoneses… Enfim: em todos parece circular um mesmo sangue, isto é, o sangue dos Filhos de Deus, daqueles que desejam conservar-se na sua Graça. 

Fator muito importante para o bom sucesso dos trabalhos é que neles reine o espírito de oração. Para esses arautos, durante as férias a jornada se inicia com o Santo Rosário em comunidade. Divididos por grupos de cinco a quinze pessoas, rezam-se reverentemente em latim os quatro conjuntos dos Mistérios, sendo o primeiro terço recitado de joelhos, diante do Santíssimo Sacramento. Os demais terços são rezados enquanto se percorre, num passo quase processional, as cercanias da Basílica de Nossa Senhora do Rosário. Bem lembra o costume, outrora muito comum em inúmeros países católicos, denominado “Rosário da Aurora”, para o qual os fiéis devotos saíam pelas ruas de seu bairro, à primeira hora da manhã, a fim de pronunciarem, mais de uma centena de vezes, aquelas palavras que, já por mais de dois mil anos, tanta alegria causam à Santíssima Virgem: “Ave Maria cheia de Graça…”.

É em meio a essa piedade mariana que começa um dia de férias no Thabor, e pouco renderiam os inúmeros serviços se assim não fosse: haveria desentendimentos, os favores se tornariam cada vez mais escassos, e o egoísmo e o desejo de chamar a atenção sobre si começariam a corromper as atividades, como a cizânia corrói o trigo das boas obras. Pelo contrário, “a vida interior atrai as bênçãos de Deus”, diz Dom Chautard em seu livro A Alma de todo Apostolado. Com ela, tudo corre sobre trilhos bem azeitados e, quando menos se pensa, até da poeira estão saindo estrelas.

Essa ideia talvez possa chocar alguns, “neste século de naturalismo em que o homem julga sobretudo pelas aparências e procede como se o bom êxito de uma obra dependesse principalmente de engenhosa organização”.[1] Ora, quando se trata de atividades que visam, em primeiro lugar, fazer bem às almas, motivá-las para a santidade, atraí-las para a prática da virtude, “o proceder praticamente a se ocupar das obras, como se Jesus não fosse o único princípio de suas vidas, é qualificado pelo Cardeal Mermillod como ‘heresia das obras”.[2]

Sim, o fazer pelo fazer torna-se uma “heresia” quando uma obra visa, antes de tudo, um fruto espiritual, pois nesse campo, sem a graça de Deus, nada se alcança. Por isso – é um dos segredos do Curso de Férias – nenhum dia passa, para um arauto do Thabor, sem ser iniciado com a recitação do Santo Rosário: ótimo meio para alcançar de Deus o bom sucesso para as obras, as graças necessárias para que elas movam as almas e, sem dúvida, a própria santificação dos que aqui residem. Afinal, todos os arautos têm arraigada em si a certeza de que o grande diploma da vida é o da santidade, como ensina o Fundador, Mons. João Clá Dias.

Foi esse o conselho que o Papa Francisco deu, em recente encontro com jovens vocações sacerdotais e religiosas: “rezai o Rosário, por favor… Não o deixeis! Tende sempre Nossa Senhora convosco na vossa casa, como a tinha o Apóstolo João! (Cf. Jo 19, 27)”.[3]

Texto: Sebastián Correa Velásquez
Fotografia: Thiago Tamura Nogueira

[1] Chautard, Jean Baptiste. A alma de todo apostolado. São Paulo: Coleção, 1962. (Parte I, capítulo 2)

[2] Loc. Cit.

[3] Palavras do Papa Francisco no encontro com os seminaristas, os noviços e as noviças. 6 Julho de 2013.

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Curso de Férias 2013!

São João Bosco, um dos maiores formadores da juventude de todos os tempos, ensinava que mente vazia é oficina do diabo. Considerando essa tão sapiencial verdade os Arautos do Evangelho promovem, nos dois períodos anuais de férias, programas de formação doutrinária em que se incluem encenações teatrais. Força, energia, ênfase e resolução: essas quatro palavras muito bem sintetizam as disposições que se fazem sentir nos participantes de tais programas.

O tema do próximo “curso de férias”, assim chamado, não será anunciado nesta notícia, já que para os participantes ainda é um “segredo”. Fica então feito aos leitores deste blog um convite para visitá-lo novamente, nos próximos dias.

Os preparativos para o curso de férias já começaram. Eles não são poucos, pois, entre outros personagens, se fará presente o príncipe Miguel, de meados do século XVIII, além de Eleazar (grande personagem do antigo testamento), São Bernardo (o Doutor Melífluo), o grande São Domingos (fundador da ordem dos Dominicanos), e muitos outros. Eles permitirão entender como se aplicam ao presente as palavras de Santo Agostinho: “não é um mundo que está morrendo, mas um novo mundo que está nascendo”.

Não percam os posts desse evento, que se iniciará em 15 de julho corrente e findará no dia 20.

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A batalha de todos os dias: 5º dia curso de férias

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“Somos fortalecidos pelo Santo Sacrifício da  Missa  para enfretarmos a batalha de todos os dias: A batalha da prática da virtude”.[1]

Esta batalha foi simbolizada no 5º dia do curso de férias com encenações teatrais apresentando fatos heróicos de grandes navegadores cristãos.


[1]Diác Felipe Pascoal, durante exposição sobre “A Santa Missa”, no quinto dia do Curso de férias

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Detalhe em foto: Quadro do Ciclo litúrgico anual

ciclo anual01cEm certas regiões da Terra, onde as estações do ano anunciam sua chegada e manifestam sua permanência de forma categórica e definida, podemos contemplar a natureza revestida com as mais diversas roupagens.  Desde as fortes tonalidades avermelhadas do outono até às variadas e esplendorosas colorações da primavera, a vegetação passa por transformações que deslumbram um olhar atento e contemplativo. Entre o dourado e o policromado, o inverno traz consigo um manto virginal de brancura, o qual cobre os troncos desfolhados e oferece os elementos necessários para um reflorescimento. A neve, caída dos céus, transforma-se em água que

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escorre e penetra nas entranhas da terra, trazendo-lhe irrigação e fecundidade. Deste modo, novamente os animais do campo encontram alimento, os pássaros cantam e as flores desabrocham. O próprio Filho de Deus pareceu admirar-Se vendo tais excelências quando exclamou: “Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles” (Mt 6, 28-29).

Essa sucessão cíclica do tempo, proporcionada por Deus à natureza, conferindo a toda a diversidade dos seres vivos as condições necessárias para a sua existência, é imagem de uma realidade muito mais sublime, contida nos tesouros da Santa Igreja Católica: o Ano Litúrgico.

À maneira das estações, que incitam a terra fértil a produzir ramagens e flores para finalmente dar frutos aprazíveis, o Ciclo Litúrgico, no decorrer dos diversos tempos, faz

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germinar, crescer e frutificar a semente da vida Divina, presente nas almas dos cristãos pelo sacramento do Batismo.

Mas o que é propriamente o Ano Litúrgico? A Santa Igreja considera seu dever celebrar, com uma sagrada recordação, em determinados dias do ano, a obra de salvação de seu divino Esposo. Desenvolve todo o mistério da vida de Cristo no decorrer do ano: da Encarnação e Nascimento, até à Ascensão, Pentecostes e na expectativa da segunda vinda do Senhor. Deste modo, abre as riquezas do tesouro do poder santificador e dos méritos de seu Senhor para que os fiéis, em contato com eles, se encham de graça.

Através do sacrifício redentor do Senhor, oferecido uma só vez e renovado em cada Missa, os mistérios da Salvação se tornam fonte de graça constante. Esse ritmo de celebrações é formado por duas partes intrinsecamente relacionadas: a primeira,  deixando as trevas, dirige-se para a luz; é o Ciclo do Natal. Na outra, reina a luz, a ciclo anual02cvida vence a morte: é o Ciclo Pascal.

A estrutura do Ano Litúrgico compreende, cronologicamente, os seguintes tempos e solenidades principais: Advento, Natal, Epifania, parte do Tempo Comum, Quaresma, Páscoa, Pentecostes e continuação do Tempo Comum, o qual culmina na festa de Cristo Rei. Ao longo da sequência dos tempos, e de forma especial durante o Tempo Comum, a Igreja rende culto à Santíssima Virgem e aos santos.[1]


[1] BOROBIO, Dionisio (Cord.). A celebração na igreja. São Paulo: Loyola, 2000, v.III.

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Recepção de Hábito

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No mês de junho,  17 jovens do setor masculino foram revestidos do hábito dos Arautos do Evangelho durante a Missa na Basílica Nossa Senhora do Rosário, em Caieiras, São Paulo, celebrada pelo Revmo. Mons. João S. Clá Dias, EP, fundador dos Arautos.
Os Jovens que participaram da recepção eram procedentes da Índia, Guatemala, Paraguai e Brasil.

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Sala de Jantar: cores, formas e carisma…

Como explicar ao leitor de nosso blog o porquê das cores e formas da nova sala de jantar, recetemente reformada, e que é utilizada para as refeições dos convidados e hóspedes que têm curtas estadias no Seminário do Thabor, como bispos visitantes, professores convidados, conferencistas…

Surgiu, então, a idéia de transcrever resumidamente o artigo do Pe. Carlos Werner, EP, da revista Arautos n.125 sobre o carisma dos Arautos do Evangelho.

vista sala panoramica

vista panoramica sala de jantar

detalhe teto salaOs franciscanos seguem o Cristo pobre, os dominicanos o Cristo mestre, e assim o faz cada família religiosa à sua maneira. É o mesmo Cristo e Senhor, porém, visto e amado com maior ênfase a partir de ângulos diversos. […]

Qual será a forma específica de seguir Nosso Senhor nos Arautos do Evangelho? […]

Como consequência da devoção eucarística e [da] entrega a Jesus por Maria, […] o carisma dos Arautos do Evangelho “parte de uma peculiar visão simbólica de Deus e da ordem do universo, incluindo desde os seres materiais até os espirituais, em que se discerne em tudo algum reflexo do Criador, ressaltados os aspectos da beleza. E, como consequência, nos atos da vida, no seu modo de ser e agir, procuram eles a perfeição através da pulcritude, para cumprir o mandamento de Nosso Senhor: ‘Sede perfeitos, como vosso Pai do Céu é perfeito!’” (Mt 5, 48).[1]

detalhe taçaPara os Arautos do Evangelho, este chamamento à perfeição não pode restringir-se aos atos interiores, mas precisa manifestar-se em todas as suas atividades, de modo que melhor reflitam a Deus. Isto quer dizer que cada arauto deve revestir de cerimonial suas ações cotidianas, seja na intimidade da vida particular, seja em público, nas atividades evangelizadoras, no relacionamento com os irmãos, na participação da Liturgia, ou em qualquer outra circunstância. […]

O carisma dos Arautos do Evangelho pode ser caracterizado como um seguimento de Cristo enquanto imagem da glória do Pai, e, portanto, como comunhão do discípulo com o Mestre através da via da beleza. […]

O belo torna possível aos corações prepararem-se para o encontro com a fonte da beleza, com Aquele mesmo que Se definiu como sendo a “Luz do mundo” (Jo 8, 12).


[1] CLÁ DIAS, João Scognamiglio. A gênese e o desenvolvimento do movimento dos Arautos do Evangelho e seu reconhecimento canônico: Tese (Doutorado em Direito Canônico). Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino, Faculdade de Direito Canônico (Angelicum). Roma, 2009, p.234-235.

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Felipe Neri: Santo ou não?

Por Aline Karolina de Souza Lima, – extraído do jornal do estudante chez nous
San Felipe de Neri - Ig. San Abbondio - Cremona-2

São Felipe Neri - Ig. San Abbondio - Cremona

Era o ano de 1621. Roma alegrava-se com o pontificado de GregórioXV. No Vaticano, porém, cardeais, clérigos e leigos debatiam um assunto que causava muita polêmica na época: santo ou não? Era o fundador da congregação do Oratório, cujo processo de canonização há tempos era discutido.
Felipe Néri destacara-se muito por suas virtudes de santidade. Todos tinham verdadeiro encanto por ele, pois sabiam que era um relicário vivo. Entretanto, uma coisa inquietava o advogado do diabo: “Como poderia ser este homem um santo, se suas atitudes não demonstravam seriedade?” Era sabido que o apostolado de Felipe Néri criava uma atmosfera na qual a alegria era a virtude que mais sobressaía, o que para o advogado do diabo constituía uma falta de seriedade.
Ora, enquanto todos os participantes da reunião discutiam, o advogado do diabo se levanta e proclama sua argumentação: “Felipe Néri não pode ser canonizado, pois demonstrou durante sua vida, em seus atos e palavras, sobretudo no seu apostolado, muita falta de seriedade.” Um forte burburinho ecoa pela sala. Todos se entreolham como que perguntando: quem seria capaz de atestar que este argumento era falso?
Reconheciam não possuir o conhecimento necessário a respeito de sua história para debater contra esta alegação. Porém, não podiam eles encerrar o processo de canonização deste homem tão amado por todos, tão somente por não terem habilidade de ir contra uma argumentação feita pelo advogado do diabo…
De súbito, os presentes perceberam que não estavam sozinhos. Felipe Néri fizera-se presente no meio deles e, com o seu sorriso característico, disse: “Não importa se me canonizam ou não; já gozo das alegrias do Céu!” E desapareceu. À vista deste fato, não houve quem duvidasse de sua santidade. O Papa Gregório XV aprovou a canonização de São Felipe Neri!

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Caro leitor, o desafio é grande, exige perspicácia, vigilância, oração…

seminaristas-do-thabor

Caro leitor,

Salve Maria!

 Antes de mais, quero agradecer-lhe a dedicação que tem tido em nos visitar. Se é a primeira vez, bem vindo ao nosso Blog.

 Temos muito gosto em compartilhar, com todos, o dia-a-dia no Seminário do Thabor, e poder transmitir a alegria que vai em nossa alma por levar uma vida de acordo com a vocação para a qual Deus nos chamou. O convívio diário com tantos outros seminaristas, de várias nações e até mesmo continentes, leva-nos a querer comunicar a graça de uma vida comunitária, cheia de novidades, surpresas inesperadas e consolações que nos convidam a perseverar no serviço da Igreja.

 Talvez por isso nossos leitores mais frequentes fiquem desconcertados com os diferentes posts e as originalidades que vão surgindo.

 Espero poder surpreende-lo mais uma vez… Desta vez com uma notícia e um pedido, com o qual certamente não contava…

 Nestes últimos dias, não colocamos nenhuma notícia fresca, acontecimento inesperado ou fato novo… Falta de matéria? Confesso que não temos dificuldade em arranjar matéria, ela surge a cada dia, a cada esquina, a cada convívio…

 A questão é bem outra, e afeta muitos jovens neste período: Exames!!! – Eles estão aí, batendo à porta, invadindo nossas classes, ocupando-nos o dia, enchendo-nos o cérebro de matéria útil e edificante…

 O desafio é grande, exige perspicácia, vigilância, oração…

 E é nesse sentido que pedimos a colaboração de todos. Como? Rezando… Para não tirar nota vermelha? Não, quer dizer, também… mas sobretudo para que estas provas nos ajudem a ser homens íntegros, filósofos e teólogos para nosso mundo, tão necessitado de uma palavra na qual Deus se faça presente, em todos os campos, em todas as culturas…

 Que Nossa Senhora Sedes Sapientiae nos ajude a todos…

 Ps. Não deixe de acompanhar os posts que publicaremos, baseados em matérias elaboradas durante o ano.

 Ps2. Não se esqueça de rezar uma Ave-Maria ou uma jaculatória pelos exames e… sobretudo pelos examinandos…

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A unção dos enfermos, fonte constante de graças

img_0188Em nossos dias, tão incertos e arriscados, as pessoas tendem a se isolar em suas casas, relacionando-se cada vez menos com parentes ou vizinhos.

Embora estejamos cercados de pessoas, quase todo mundo vive numa triste solidão… E tal situação torna-se especialmente dolorosa quando se é acometido por alguma moléstia, em muitos casos requerendo internação hospitalar demorada. Carece o doente, nessa emergência, de um pouco de alento, de uma palavra amiga. Praticar a caridade efetiva e afetiva em relação a esses irmãos, nessas condições, é obra decerto muito necessária e meritória.

Os Arautos do Evangelho já incorporaram tal prática em sua vida de apostolado. Em diversas cidades, sua presença em hospitais e casas de saúde, portando a imagem do Imaculado Coração de Maria ou a imagem do Menino Jesus, se tornou habitual. Para os sacerdotes da Associação, levar os Sacramentos às pessoas que sofrem, faz parte de seu labor pastoral.

fato03E agora, recentemente, após a missão mariana no território da paróquia Nossa Senhora das Graças, numerosos têm sido os pedidos para ministrarem a Unção dos Enfermos, e os padres Arautos se desdobram para atendê-los da melhor maneira possível. Em contrapartida, têm oportunidade de atestar diariamente como as graças relacionadas  com esse Sacramento são impressionantes.

Esta é a força apaziguadora, e, especialmente, santificadora da Unção dos Enfermos, um maravilhoso Sacramento que Jesus, na sua infinita bondade, dispôs para nos ajudar nessas horas tão especiais. Por meio dele, são maravilhas da graça que se realizam todos os dias, para nos fortalecer na fé e confiança na misericórdia divina.

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