Thabor

Conheça aqui essa residência dos Arautos do Evangelho

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O fogo também gosta de música

Quem diria que os hieráticos acordes da peça final do Messias de Handel fariam dançar um pequeno conjunto de chamas. Pois bem, os alunos do Colégio Arautos do Evangelho – Thabor conseguiram realizar essa proeza. E nem foi com o famoso concerto Fireworks (fogos de artifício), do mesmo compositor, mas, ao som das notas do “Worthy is the Lamb”, foi que as chamas começaram a movimentar-se.

O fogo também gosta de música

Esse interessante experimento fez parte da mostra de projeto intitulada “Qualidade de Vida”, que teve lugar no último ano letivo do mencionado instituto educativo. Cada turma especializou-se numa matéria e assim, desde a construção de catedrais medievais, passando por curiosos engenhos movidos a base das mais diversas energias físicas, até a explicação de como se propagam as ondas sonoras, o recorrido de quem teve a oportunidade de assistir essa mostra de projeto foi um substancioso e atraente mini-curso.

Optamos por compartir-lhes um dos engenhos apresentados pela terceira série do ano 2013. Inédito, para a maioria dos assistentes, algo aparentemente simples, mas cheio de princípios físicos, estéticos, musicais e até morais.

Sim, convidamos os participantes de thabor.arautos.org a nos comentarem, precisamente, algum princípio moral que se pode tirar desse pequeno, mas belo experimento. Os melhores merecerão especial destaque.

Esperamos gostem!

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Começam as aulas, e com que clave!

Segunda-feira passada começaram as aulas. Ano novo, alunos novos, e também muitos membros novos do Thabor. A formação diária realizada pelos alunos, dessa vez contou com a augusta presença do Santíssimo Sacramento. Foi algo inusitado! Nunca antes se tinha realizado um tão belo ato litúrgico para abrir o ano letivo.

Enquanto aguardávamos em silêncio formados na praça, ouviam-se ao longe o tilintar das sinetas que anunciavam a chegada de Cristo sacramentado. O Sacerdote que conduzia a Hóstia, ao chegar ao frontispício de Nossa Senhora do Rosário, face aos alunos, expôs o Santíssimo Sacramento no imponente ostensório da Basílica e procedeu-se, então, ao cântico do Credo em Latim. Sempre costumamos iniciar os estudos proclamando a nossa Fé.

Exposição do Santíssimo Sacramento – Abertura do ano letivo 2014

Ato contínuo, a banda, cujas fileiras já contam quase cem membros, iniciou a sua sequência musical, cujas notas serviam de compasso para o pomposo desfile que percorreu a praça, denominada da Esperança, a qual dá acesso tanto para a Basílica quanto para o recinto do Colégio Arautos do Evangelho – Thabor, localizado na Serra da Cantareira.

Cerrando as fileiras vinha a Eucaristia, ladeada por Diáconos, turiferários e tocheiros. Ao retornar ao ponto de partida da procissão, houve a solene Benção com o Santíssimo Sacramento, pouco depois, a sua entrada novamente na Basílica e o deslocamento dos alunos para as respectivas salas de aula.

Bastante promete este ano letivo 2104 com tão grandiosa abertura! Pedimos as orações de todos os que acompanham thabor.arautos.org, principalmente aos pais destes alunos, para que aqui se formem homens de Fé e de ciência, capacitados para enfrentar os inúmeros desafios que no futuro se lhes apresentem.

Clique no mosaico fotográfico caso deseje abrir as imagens

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Quem é o vendor do desafio?

clique na foto e conheça os Arautos em Curitiba

Bem podem lembrar-se os participantes de thabor.arautos.org que, em penúltimo post, intitulado Símbolo da peregrinação terrena, fizemos um pequeno desafio a todos de encontrarem o caminho de saída de um intrincado labirinto, passando antes pelo escudo que estava na parte superior do mesmo. Pois bem, temos a alegria de apresentar-lhes o vencedor do desafio! É um jovem que cursa o 7° ano no colégio Arautos do Evangelho de Curitiba. Foi o primeiro a comentar o mencionado post:

Em atenção à perseverança desse jovem, publicamos a solução da primeira parte do labirinto. Não desanimem! Pois a nossa peregrinação terrena é muito semelhante: tem subidas e descidas, mas a solução sempre reside nas alturas, ou seja, em Deus que nos aguarda de braços abertos na Eternidade, se formos perseverantes no caminho do bem!

Veja aqui uma parte da solução do labirinto:

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Aceitam outro desafio?

A águia

O nome deste animal alude à agudeza das suas vistas (em latim: acúmen oculórum > áquila), pois além de enxergar perfeitamente a distâncias enormes, pode também fitar diretamente o sol, sem sofrer dano físico algum. Desde grandes alturas, a águia consegue ver, nos rios ou no mar, os desafortunados peixes que se tornarão as suas presas. Precipita-se sobre eles a uma velocidade vertiginosa, arrebatando-os das águas quase sem que possam percebê-lo.

A águia é um animal que zela meticulosamente pela “nobreza” da sua raça. Quase diríamos que possui uma espécie de “senso de honra”, pois pouco depois de nascerem os seus filhotes, a mãe águia voa com eles a grande altura, sustentando-os diante do sol,  e apenas considera dignos de fazer parte da sua raça os que de fato conseguem manter o olhar fixo diante do astro rei. Em relação àqueles que não o conseguem, piscando continuamente, o seu procedimento é impressionante: abandona-os totalmente, pois os tem como uma desonra para a sua espécie.

Não é a toa que, no Novo Testamento, a águia é símbolo do evangelista São João, pois desde a primeira linha do seu Evangelho, ele nos remete de modo imediato à divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, à maneira de águia que olha diretamente o sol.

Por outro lado, a pureza de doutrina que é característica de um verdadeiro católico deve assemelhar-se a esse zelo da águia em fazer com que as suas crias fitem sem empecilhos a luz do sol, pois, em matéria de Fé, devemos olhar diretamente para a sagrada luz da Revelação Divina, sem receios nem asperezas, já que o mínimo desvio pode tornar-nos indignos da qualidade de filhos da Verdade, que é Deus, porque a luz dessa Verdade Absoluta não comporta ambiguedades, indefinições nem deturpações.

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  • O quadro abaixo apresenta uma águia que capturou uma presa;
  • Encontre outra águia e escreva-nos comentado onde está!

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Um dia de aulas no Thabor

No Thabor o despertar é cedo. Logo de manhã o dia se inicia com a Santa Missa. O canto gregoriano ecoa por todos os recintos e, aos poucos, a basílica é banhada pela luz do sol, a qual, de maneira resplendente, ilumina os policromados vitrais que a adornam. A Santa Celebração é o primeiro programa, pois qualquer ação só é bem feita, quando embebida pela vida interior.

O próximo programa é o café da manhã, após o qual é preciso ser ágil, porque em pouco tempo soará o sino, anunciando o alardo de início das aulas. Já formados em suas respectivas fileiras, os alunos cantam o Credo, em latim, e depois saem em passo ritmado, rumo às respectivas salas. À frente, cercado por quatro guardas de honra, o estandarte dos Arautos do Evangelho precede o desfile, ostentando um brasão no qual estão representadas as três devoções mais importantes para um arauto: o Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora e o Papa.
Tudo é acompanhado com músicas próprias, as quais colaboram para dar clave e o ritmo ao cerimonial. A orquestra é conformada por 105 instrumentistas, das mais variadas idades, localidades do Brasil e países do Mundo. O repertório é amplo. Para cada dia da semana, existe uma sequência diferente, as quais somam oito ao todo e cada uma delas contém seis músicas, resultando um total de 48 peças.
Imediatamente depois começam as aulas. No prédio onde funcionam o colégio e a faculdade, a distribuição dos alunos é a mais diversa: os mais jovens cumprem o ciclo escolar do ensino-médio, localizando-se no andar térreo; nos outros dois andares, encontram-se os cursos superiores de Filosofia (3 anos) e Teologia (4 anos). O estudo tem um papel fundamental na formação de um arauto do Evangelho, conforme afirmava Mons. João S. Clá Dias em uma das suas numerosas homilias: “devemos ser leões no estudo e águias na contemplação”.

Além de todas as obrigações de estudante, todo arauto do Thabor possui alguma função, como cuidar da sacristia, hospedagem, refeitório, alfaiataria ou tantas outras que uma casa dessas proporções comporta. Há também outras funções que não são fixas, mas rotativas semanalmente. No Domingo à noite, é publicada sempre uma escalação daqueles que devem exercer incumbências como, por exemplo, servir a mesa em determinado dia, atender as ligações telefônicas noutro, fazer a leitura durante as refeições dessa semana, etc.
Queremos destacar, entretanto, uma função muito importante e que, por isso, é fixa. Enquanto muitos arautos se encontram na ação, quer em estudos ou trabalhos, na capela de adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento, dentro da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, há sempre um arauto adorando a Sagrada Hóstia consagrada, em atitude de oração e recolhimento. Sim, de hora em hora os residentes do Thabor alternam-se para fazer essa guarda de honra a Jesus sacramentado, inclusive durante a madrugada. Assim, cada semana completa-se o número de 168 horas em que a Eucaristia ali está exposta para adoração, tornando-se verdadeira fonte de graças e de proteção para todos.

Chegado o fim da tarde, o toque do sino da basílica, às 6:00 hs., convida para oração do Angelus e também para o início da Missa plenária, ou seja, com a participação de grande parte dos Arautos do Evangelho que residem em várias casas, na cidade de São Paulo. Reúnem-se cerca de 800 pessoas.
Terminado o dia, após o jantar, há o canto de Completas, prece final da Liturgia das Horas. Os Salmos são entoados alternadamente por duas alas e, no final de tudo, entoa-se a Salve Regina, para agradecer à Mãe de Deus pelo dia transcorrido. O ambiente de silêncio e recolhimento reina, após esse último ato em conjunto. Todos os trabalhos cessam, pois é o momento em que os homens devem se calar para que os anjos falem. Finalmente, as luzes vão se apagando e o nosso relato também termina.

Texto: Marcus Vinícius
Fotos: Thiago Tamura

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