Thabor

Conheça aqui essa residência dos Arautos do Evangelho

By

Começam as aulas, e com que clave!

Segunda-feira passada começaram as aulas. Ano novo, alunos novos, e também muitos membros novos do Thabor. A formação diária realizada pelos alunos, dessa vez contou com a augusta presença do Santíssimo Sacramento. Foi algo inusitado! Nunca antes se tinha realizado um tão belo ato litúrgico para abrir o ano letivo.

Enquanto aguardávamos em silêncio formados na praça, ouviam-se ao longe o tilintar das sinetas que anunciavam a chegada de Cristo sacramentado. O Sacerdote que conduzia a Hóstia, ao chegar ao frontispício de Nossa Senhora do Rosário, face aos alunos, expôs o Santíssimo Sacramento no imponente ostensório da Basílica e procedeu-se, então, ao cântico do Credo em Latim. Sempre costumamos iniciar os estudos proclamando a nossa Fé.

Exposição do Santíssimo Sacramento – Abertura do ano letivo 2014

Ato contínuo, a banda, cujas fileiras já contam quase cem membros, iniciou a sua sequência musical, cujas notas serviam de compasso para o pomposo desfile que percorreu a praça, denominada da Esperança, a qual dá acesso tanto para a Basílica quanto para o recinto do Colégio Arautos do Evangelho – Thabor, localizado na Serra da Cantareira.

Cerrando as fileiras vinha a Eucaristia, ladeada por Diáconos, turiferários e tocheiros. Ao retornar ao ponto de partida da procissão, houve a solene Benção com o Santíssimo Sacramento, pouco depois, a sua entrada novamente na Basílica e o deslocamento dos alunos para as respectivas salas de aula.

Bastante promete este ano letivo 2104 com tão grandiosa abertura! Pedimos as orações de todos os que acompanham thabor.arautos.org, principalmente aos pais destes alunos, para que aqui se formem homens de Fé e de ciência, capacitados para enfrentar os inúmeros desafios que no futuro se lhes apresentem.

Clique no mosaico fotográfico caso deseje abrir as imagens

By

Omnes de Saba: um gregoriano para o dia de Reis

Melodia portadora da unção de milênios de Cristianismo, este belo canto gregoriano serve apenas como moldura para as inspiradas palavras de um homem movido pelo Espírito Santo a falar, séculos antes do Nascimento de Cristo, a respeito das circunstâncias que marcariam a chegada do Divino Redentor.

São Tomás de Aquino dizia emocianar-se até as lágrimas, ao ver o quanto o profeta Isaías previra com tanta clareza, por meio do dom de profecia, certos detalhes da vida do Verbo encarnado. Um exemplo tocante disso o temos nesta passagem, da qual a melodia gregoriana canta dois trechos, abaixo destacados na tradução do texto:

Levanta-te, sê radiosa, Jerusalém! Porque a glória do Senhor se levanta sobre ti. Vê, a noite cobre a terra e a escuridão, os povos, mas sobre ti levanta-se o Senhor, e sua glória te ilumina. As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora. Levanta os olhos e olha à tua volta: todos se reúnem para vir a ti; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são transportadas à garupa. Essa visão tornar-te-á radiante; teu coração palpitará e se dilatará, porque para ti afluirão as riquezas do mar, e a ti virão os tesouros das nações. Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; Todos os de Sabá virão; trarão ouro e incenso, anunciando os louvores do Senhor (Is 60, 1-6).

Neste curto vídeo, além de algumas cenas do presépio, podem ver um conjunto do coro Thabor que cantou na Basílica Nossa Senhora do Rosário durante a Missa da última sexta-feira, na qual foi entoado o Omnes de Saba, após a Comunhão, preparando assim os fiéis para a comemoração da Epifania que se aproximava.

Filmagem: Marcus Vinicius / Fotos: João Paulo Rodrigues

By

Até as fotos são artísticas!

Belém não era uma cidade importante antes de Cristo ali nascer. Ora, do mesmo modo como Ele escolheu a Mãe da qual haveria de nascer e o tempo no qual haveria de se encarnar, também determinou o lugar no qual devia vir a este Mundo. E, sendo Deus, fez o mais perfeito, pois era o mais conveniente.

Séculos antes de assumir um corpo humano, o Filho de Deus serviu-se de um dos seus profetas, chamado Miquéias, para revelar também o lugar onde haveria de se encarnar. Eis o vaticínio do profeta:  “E tu, Belém de Éfrata, pequenina entre as aldeias de Judá, é de ti que sairá para mim aquele que há de ser o governante de Israel. Sua origem é antiga, de épocas remotas. Por isso, Deus os abandonará até o momento em que der à luz aquela que há de dar à luz. Então o resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel. Ele se levantará para os apascentar com o poder do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus” (Mq 5, 1-2. 3).

“Até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz”

Profecia que foi recordada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas a Herodes, quando ele os interpelou a respeito de onde haveria de nascer o Cristo, por ocasião do susto causado pela presença dos Reis Magos em Jerusalém (Cf. Mt 2, 5).

As inspiradas palavras de Miquéias, por meio de quem o Verbo Eterno falava, mostram claramente que Deus escolheu “o momento”, “aquela que deve dar à luz” e “Belém”, o lugar onde haveria de nascer. Note-se que a palavra “Senhor” empregada no texto sagrado, e como também aparece em muitas outras passagens bíblicas, refere-se diretamente a Deus. Assim, ao dizer: “ele se levantará para os apascentar com o poder do Senhor”, o profeta alude diretamente ao poder divino desse que nasceria em Belém.

Sim, foi nessa privilegiada cidadezinha que devia encarnar-se Nosso Divino Redentor, porque era a pátria de Davi e a ele fora feita a promessa de que da sua descendência nasceria o Messias. Até o nome Belém era apropriado, pois siginifica “cidade do pão”  (em hebraico Bet Lehem) e Cristo disse de si: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu” (Jo 6, 51). E a fim de os homens não atribuírem a valores terrenos as suas capacidades divinas, Nosso Senhor quis nascer nessa cidade extremamente humilde e apagada, pois Deus se serve do que é humilde para confidundir a soberba dos orgulhosos.

————–♦————–

Presépios na Basílica Nossa Senhora do Rosário e no refeitório do Thabor 

Fotos: João Paulo Rodrigues e Thiago Tamura

By

Um Menino de encantos

Frágil como simples criança, mas sábio e inteligente como ninguém em toda a História, o pequeno Menino de Belém abriu seus braços para acolher com alegria todos aqueles que O procurassem. Pobres ou ricos, instruídos ou ignorantes, veio para todos. Desde singelos pastores até ilustres Magos O adoraram, oferecendo-Lhe aquilo que cada um possuía: uns, talvez, a simples oferta de lã ou alguns alimentos, fruto da humilde função agrícola do pastoreio; outros, incenso, mirra e ouro, pois face ao Criador do Universo só é possível o desejo de servi-Lo com aquilo que possuamos, seja muito ou seja pouco.

Foi precisamente esse desejo de dar tudo ao tenro e divino Menino que motivou os Arautos do Evangelho a ofertar-Lhe o nosso hábito religioso, pois, sem dúvida, poderíamos revesti-Lo sucessivamente de todos os emblemas e símbolos característicos de cada uma das famílias religiosas nascidas dentro da Santa Igreja, que Ele, desde Céu, só teria contentamento a nos manifestar por tal gesto, já que, sendo Deus, é o inspirador e sustentador dos diversos carismas e vocações providenciais, suscitados por obra divina, ao longo da História do Cristianismo.

Esta encantadora imagem do Menino Jesus encontra-se exposta para veneração dos fiéis na Basílica Nossa Senhora do Rosário, durante o período natalino. Convidamo-lo a conhecê-la!

Fotos: João Paulo Rodrigues

By

A castidade consagrada II – (continuação)

A virtude da castidade é como um valioso objeto de cristal, muito delicado, o qual deve ser carregado com extremo cuidado, para poder conservar-se intacto. Inúmeros recursos naturais e sobrenaturais existem ao nosso alcance, com vistas a resguardar a virtude angélica. Detenhamo-nos, pois, na consideração de alguns.

 Disciplinar os sentidos. A finalidade da mortificação dos sentidos é guarnecer as “muralhas” da nossa “fortaleza” contra o inimigo infernal, o qual ronda “como um leão que ruge buscando a quem devorar” (1 Pe 5, 8).

1o Colocar limites ao olhar exterior e ao interior é um dos mais eficazes meios para conservar a pureza, pois a “vista excita os desejos dos insensatos” (Sb 15, 5) e a imaginação é a “louca da casa” – na expressão de Santa Teresa de Jesus[1]. Se não formos vigilantes, a tentação pode assaltar-nos quase despercebidamente, projetando na nossa “tela interior” cenas que nos passaram pela vista, embora não lhes tenhamos dado atenção. O venerável patriarca Jó, bem conhecendo a natureza humana, fizera um pacto com seus olhos de jamais fitar algo que pudesse ser-lhe motivo de queda (Cf. 31, 1). E o Espírito Santo inspirou o autor sagrado do Eclesiástico a escrever uma série de conselhos, a fim de prevenir-nos acerca do descontrole das vistas, entre os quais consta este: “Não lances os olhos daqui e dali pelas ruas da cidade, não vagueies pelos caminhos” (Eclo 9, 7). A desocupação também é inimiga da castidade. Quem permanece desocupado aprende em sua imaginação a fazer o mal, porque “a ociosidade ensina muita malícia” (Eclo 33-29). Portanto, jamais nos deixemos tomar por sonhos de olhos abertos, nos quais facilmente se alberga o Maligno.

 2o A língua e o ouvido mortificam-se pela vigilância nas conversas, não só no que diz respeito a matérias ilícitas evidentemente, pois “disso nem se faça menção entre vós, como convém a santos” (Ef 5, 3), mas também, tendo humildade no convívio, sabendo ceder a palavra e ouvir os demais, adaptando-se à vontade alheia e evitando os excessos de curiosidade, porque  quem “refreia a língua […] é um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo. Quando pomos o freio na boca dos cavalos, para que nos obedeçam,…

governamos também todo o seu corpo. Vede também os navios: por grandes que sejam e embora agitados por ventos impetuosos, são governados com um pequeno leme à vontade do piloto. Assim também a língua é um pequeno membro, mas pode gloriar-se de grandes coisas. Considerai como uma pequena chama pode incendiar uma grande floresta! Também a língua é um fogo, um mundo de iniquidade. A língua está entre os nossos membros e contamina todo o corpo; e sendo inflamada pelo inferno, incendeia o curso da nossa vida. […] Não convém, meus irmãos, que seja assim” (Tg 1, 27; 3, 2-6. 10).

3o O paladar e o olfato também devem ser refreados, quanto ao abuso dos prazeres que deles provêm. A alimentação é um bem, e até um ótimo meio para louvar a Deus pelas maravilhas contidas na Criação. Igualmente, as fragrâncias extraídas da vegetação podem elevar os ambientes e, em consequência, os espíritos. Sem embargo, nunca devem se tornar motivo de deleites mundanos, pois “não são mais que sombra do que há de vir” (Cl 2, 17). Servir-se com intemperança desses recursos pode ser prejudicial para a guarda da castidade, uma vez que o excesso deles amolece o corpo e, por conseguinte, a vontade.

“São Francisco de Assis chamava ao seu corpo ‘irmão burro’: ‘irmão’ porque era seu companheiro de viagem, mas ‘burro’ porque sabia que lhe era obediente. Se concederes tudo ao corpo, bem depressa o farás senhor de ti”[2]. Ceder aos instintos frequentemente não significa acalmá-los, mas ao contrário, pode excitá-los ainda mais. Não permitamos, pois, que o “burro” passe a nos governar! Imitemos o exemplo do Apóstolo: “Castigo o meu corpo e o mantenho na servidão” (1 Cor 9, 27). Sem contar que a sobriedade é um dos melhores “médicos” de toda a História, antigamente muito “consultado” pelos longevos ermitãos do deserto, por isso, pondera o adágio latino: “modicus cibi, medicus sibi[3], quem é módico no alimento é médico de si mesmo.

4o “O tato é um sentido especialmente perigoso”[4]. Para discipliná-lo o batizado deve revestir-se de todo pudor privado e público, a fim de prever os perigos, precaver-se e evitá-los. Todos os atos, especialmente quando se está a sós, devem ser permeados de zelo pela integridade própria ao “templo do Espírito Santo” (1 Cor 6, 19) que é o corpo. Quanto nos agrada entrar numa igreja limpa, ordenada e sacral, digna da presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Basílica Nossa Senhora do Rosário – Arautos do Evangelho – Thabor

Pois bem, não contristemos o Espírito Santo (Cf. 1 Ef 4, 30), profanando o lugar de sua habitação com atitudes indecorosas: é preciso aprimorar o nosso templo, deixá-lo pulcro e sagrado como merece. Para isso, cultivemos uma ordem exímia em nosso recinto de repouso noturno e uma limpeza exemplar na apresentação pessoal, porque “o cuidado exterior leva a premunir-nos contra tudo o que possa roubar a pureza da alma”[5].

Mortifiquemos a carne, não cedendo aos horrendos prazeres da preguiça. De manhã “despertai, como convém, e não pequeis!” (1 Cor 15, 34); levantemo-nos imediatamente após acordar, não dando ocasião ao diabo de nos tentar. Privemo-nos das comodidades excessivas e, se nos acontece de depararmo-nos com algo que possa despertar os instintos da carne, afastemo-nos imediatamente da ocasião, pois “quem ama o perigo nele perecerá” (Eclo 3, 27). O melhor modo de triunfar nesses momentos não é enfrentar as tentações, mas fugir delas, como afirmava São Jerônimo: “Fujo para não ser vencido”[6].

 “Vigiai…” (Mt 26, 41). Nosso trato com os demais deve ser sempre respeitoso e até cerimonioso, nunca permitindo que se torne espontâneo, trivial ou indisciplinado. Cuidado com as amizades, pois “más companhias corrompem bons costumes” (1 Cor 15, 33)! Pela castidade perfeita, oferecemos o nosso coração ao Criador, amando ao próximo por puro amor a Deus, “o amor em sua forma mais elevada, ou seja, […] sem participação alguma com as criaturas no plano meramente natural”[7]. Muitas vezes – dizia São Francisco de Sales – pensamos estimar uma pessoa por amor sobrenatural, mas, na realidade, fazemo-lo por amor a nós mesmos, pela satisfação e atrativo que nos provoca o trato com ela[8].

Eis alguns dos sintomas que ajudam a desmascarar as afeições desregradas: “falar pouco das coisas de Deus e muito da mútua amizade; louvar-se, adular-se, ser indulgentes reciprocamente; queixar-se amargamente das correções dos superiores, dos obstáculos que lhes põem para andar juntos, das suspeitas que parecem manifestar; na ausência da pessoa amiga, experimentar intranquilidade e tristeza; ter distrações na oração por causa dela; encomendá-la a Deus com fervor extraordinário; ter a sua imagem gravada na alma; pensar nela dia e noite, e em sonhos ainda; perguntar com muito interesse onde está, o que faz, quando virá, se tem amizade com outra pessoa”[9].

Depois de anos de experiência, São João Bosco disse ter-se convencido de que esse gravíssimo perigo é contínuo, e alcunhou-o com o nome de “amizades particulares”. Mais tarde, porém, quis catalogá-lo como a “peste das comunidades”[10]. Uma frase atribuída a Santo Agostinho descreve o percurso que pode traçar quem se deixa levar por Satanás, pelo sinuoso caminho das amizades particulares: “O amor espiritual se torna afetuoso, o afetuoso obsequioso, o obsequioso familiar e o familiar carnal”[11]. Nessa matéria, como em muitas outras, é preciso fazer-se violência e cortar pela raiz o que possa tornar-se motivo de desvio do amor exclusivo a Deus, porque o Céu “são os violentos que o conquistam” (Mt 11, 12).

Prestemos, pois, atenção aos conselhos da Escritura: “Filhinhos, que ninguém vos desencaminhe” (1 Jo 3, 7); “Se teu olho direito é para ti causa de queda, arranca-o e lança-o longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo todo seja lançado na Geena. E se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a e lança-a longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo inteiro seja atirado na Geena” (Mt 5, 29-30). Especialmente, São Paulo exorta os consagrados a se mostrarem íntegros em seu proceder, “para que o adversário seja confundido, não tendo a dizer de nós mal algum” (Tt 2, 8).

♦ “… E orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26, 41). Santo Agostinho, célebre pela sua impressionante conversão, compôs um tocante “diálogo” com a virtude angélica, externando nele a sua terrível luta para adquiri-la: “a castidade, como que rindo de mim com um gracioso sorriso, o qual me convidava a segui-la, parecia dizer-me: ‘Então, não poderás tu aquilo que puderam e podem todos esses e essas [pessoas castas]? Por ventura o que eles podem, provém das suas próprias forças ou daquelas que a graça de seu Deus e Senhor lhes comunicou? O Senhor seu Deus concedeu-lhes continência, pois eu sou dádiva d’Ele. Por que queres apoiar-te em tuas próprias forças, se elas não podem te sustentar nem dar-te firmeza alguma? Atira-te com confiança nos braços do Senhor, e não temas, porque nunca se afastará deixando-te cair. Atira-te seguro e confiante, que Ele te receberá em seus braços e sanará todos os teus males’. Eu estava muito envergonhado, porque ainda ouvia os murmúrios daquelas futilidades [da impureza], as quais mantinham-me atônito e indeciso. Então, novamente a castidade parecia dizer-me: ‘Faz-te surdo às imundas da tua concupiscência, porque assim ela ficará totalmente amortecida. Ela te promete deleites, mas não podem comparar-se com os que encontrarás na lei de teu Deus e Senhor’”[12].

E Santo Agostinho encontrou o único meio capaz de dar-lhe a pureza: “[Eu] julgava que a castidade havia de se obter com as próprias forças, e persuadia-me de que não as tinha. Sendo tão néscio, ignorava, como está escritura, que ninguém pode ser casto se Vós não lhe dais essa virtude’ (Sb 8, 21; Vulgata). E, certamente, a teríeis concedido a mim, se ferisse os teus ouvidos com os gemidos íntimos de meu coração, e com firme confiança tivesse posto em Vós todos os meus cuidados[13].

Imagem de Nossa Senhora de Fátima – Basílica dos Arautos do Evangelho – Thabor

Com efeito, mesmo utilizando-nos dos recursos para conservar imaculada a castidade, todos se mostrarão insuficientes, caso nos falte o principal: a oração. Por meio dela devemos implorar sempre o auxílio divino, pela intercessão da Mãe de toda pureza e “Mestra da virgindade”[14], Maria Santíssima. É indispensável também frequentar os Sacramentos, meios seguros para obter a Graça, especialmente a Eucaristia, pão dos Anjos (Cf. Sb 16, 20), “vinho do Novo Testamento que faz germinar virgens”[15], baluarte da castidade e melhor “remédio contra a sensualidade”[16], e o Sacramento da Penitência, o qual lança por terra os planos do demônio, quando as más solicitações que ele sugeria em nosso interior são externadas ao confessor: “tentação descoberta é tentação vencida”[17].

Mas o tentador não permanece de braços cruzados… Ele devolve, na fila da Confissão, o que procurou retirar no momento da tentação: a vergonha. São João Bosco conclamava os seus alunos a acorrerem ao sacramento da misericórdia divina, com presteza e integridade de espírito: “Asseguro-vos, queridos jovens, que a mão me treme ante a consideração do grande número de cristãos que se encaminham à eterna condenação, unicamente por ter calado ou por não ter exposto sinceramente na Confissão determinadas faltas. Se por casualidade algum de vós, ao revistar a sua vida passada, dá-se conta de que ocultou voluntariamente algum pecado, ou simplesmente retém dúvidas sobre a validez de alguma Confissão, eu lhe diria: ‘Amigo meu, por amor a Jesus Cristo e ao precioso Sangue que derramou para salvar-te, repara, suplico-te, tua consciência, a primeira vez que fores confessar-te; tudo isso que te inquieta, manifesta-o como se estivesses a ponto de morrer. E se não sabes por onde começar, dize simplesmente ao confessor que há algo na tua vida passada que te perturba. Isso será suficiente[18].

Texto: Sebastián Correa Velásquez


[1] Apud CANALS NAVARRETE, Salvador. Ascética meditada. Madrid: Rialp, 1997, p. 117.

[2] TÓTH, Tihamer. Juventude radiosa. Tradução de Joaquim M. Lourenço. 5 ed. Coimbra: Ed. Coimbra, 1967, p. 180.

[3] TÓTH. Compendio de Teología ascética y mística. Tradução de Daniel García Huches. Bélgica: Desclée, 1960. p. 180-181.

[4] TANQUEREY. Op. Cit., p. 717.

[5] TÓTH. Op. Cit., p. 168.

[6] Apud ROYO MARÍN, Antonio. La vida religiosa. 2 ed. Madrid: B.A.C, 1968, p. 321.

[7] Idem, p. 283.

[8] Cf. TANQUEREY. Op. Cit., p. 719.

[9] VALUY,  Benoit. Vertus religieuse: Le directoire du prête. Paris: Tralin, 1913, p. 73-74, apud Tanquerey. Op. Cit., p. 720.

[10] SÃO JOÃO BOSCO. Reglas o constituciones del Instituto de las Hijas de María Auxiliaodora. n. 111. In: Obras fundamentales. Juan Canals Pujol e Antonio Martinez Azcona (diretores da edição). 3 ed. Madrid: B.A.C., 1995, p. 722.

[11] Apud TANQUEREY. Op. Cit., p. 719.

[12] SANTO AGOSTINHO. Confissões VIII, 11, 27.

[13] SANTO AGOSTINHO. Confissões VI, 11, 20.

[14] SANTO AMBRÓSIO, apud ROYO MARÍN. Op. Cit., p. 323.

[15] DARRAS, Joseph Epiphane. Historia de Nuestro Señor Jesucristo: exposición sobre los Santos Evangelios. Madrid: Gaspar & Roig, 1865, (c. IV, §. 5).

[16] LEÃO XIII, apud Pio xii. Sacra virginitas. 25 mar. 1954.

[17] TANQUEREY. Op. Cit., p. 715.

[18] SÃO JOÃO BOSCO. Apuntes biográficos del joven Miguel Magone: alumno del oratório de San Francisco de Sales. 3 ed. Turín: [s. n.], 1880. In: Obras fundamentales. Op. Cit., p. 234.

By

“Tu lhe rogarás e ele te ouvirá, e cumprirás os teus votos” (Jó 22, 27)

O mês de agosto foi marcado por uma data histórica para os arautos do Thabor, como para os de muitas outras localidades.

No dia 29, festa do martírio de São João Batista, teve lugar na Basílica de Nossa Senhora do Rosário (Serra da Cantareira-Caieiras SP,) a primeira cerimônia de emissão de votos temporários para membros, não sacerdotes, da Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli.

27 aspirantes, dos quais 17 residem no Thabor, realizaram os mencionados votos, nas mãos do superior geral, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, prometendo praticar os Conselhos Evangélicos de Castidade, Pobreza e Obediência, segundo o modo de vida expresso nas constituições dessa sociedade.

Graça imensa, pois o seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo por meio da prática mais perfeita dos seus divinos conselhos é penhor de grande recompensa na Eternidade (Cf. Mt 19, 28-29)

Queremos, pois, de certo modo, tornar os frequentadores do blog thabor.arautos.org partícipes das bênçãos recebidas nesse dia, não só compartindo-lhes algumas fotos, mas também dedicando uma série de quatro próximos posts para aprofundar, mais um pouco, o conhecimento teológico e espiritual desse extraordinário tesouro que são os conselhos evangélicos.

Aguarde-os!

Texto: Sebastián Correa Velásquez

By

Um dia de aulas no Thabor

No Thabor o despertar é cedo. Logo de manhã o dia se inicia com a Santa Missa. O canto gregoriano ecoa por todos os recintos e, aos poucos, a basílica é banhada pela luz do sol, a qual, de maneira resplendente, ilumina os policromados vitrais que a adornam. A Santa Celebração é o primeiro programa, pois qualquer ação só é bem feita, quando embebida pela vida interior.

O próximo programa é o café da manhã, após o qual é preciso ser ágil, porque em pouco tempo soará o sino, anunciando o alardo de início das aulas. Já formados em suas respectivas fileiras, os alunos cantam o Credo, em latim, e depois saem em passo ritmado, rumo às respectivas salas. À frente, cercado por quatro guardas de honra, o estandarte dos Arautos do Evangelho precede o desfile, ostentando um brasão no qual estão representadas as três devoções mais importantes para um arauto: o Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora e o Papa.
Tudo é acompanhado com músicas próprias, as quais colaboram para dar clave e o ritmo ao cerimonial. A orquestra é conformada por 105 instrumentistas, das mais variadas idades, localidades do Brasil e países do Mundo. O repertório é amplo. Para cada dia da semana, existe uma sequência diferente, as quais somam oito ao todo e cada uma delas contém seis músicas, resultando um total de 48 peças.
Imediatamente depois começam as aulas. No prédio onde funcionam o colégio e a faculdade, a distribuição dos alunos é a mais diversa: os mais jovens cumprem o ciclo escolar do ensino-médio, localizando-se no andar térreo; nos outros dois andares, encontram-se os cursos superiores de Filosofia (3 anos) e Teologia (4 anos). O estudo tem um papel fundamental na formação de um arauto do Evangelho, conforme afirmava Mons. João S. Clá Dias em uma das suas numerosas homilias: “devemos ser leões no estudo e águias na contemplação”.

Além de todas as obrigações de estudante, todo arauto do Thabor possui alguma função, como cuidar da sacristia, hospedagem, refeitório, alfaiataria ou tantas outras que uma casa dessas proporções comporta. Há também outras funções que não são fixas, mas rotativas semanalmente. No Domingo à noite, é publicada sempre uma escalação daqueles que devem exercer incumbências como, por exemplo, servir a mesa em determinado dia, atender as ligações telefônicas noutro, fazer a leitura durante as refeições dessa semana, etc.
Queremos destacar, entretanto, uma função muito importante e que, por isso, é fixa. Enquanto muitos arautos se encontram na ação, quer em estudos ou trabalhos, na capela de adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento, dentro da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, há sempre um arauto adorando a Sagrada Hóstia consagrada, em atitude de oração e recolhimento. Sim, de hora em hora os residentes do Thabor alternam-se para fazer essa guarda de honra a Jesus sacramentado, inclusive durante a madrugada. Assim, cada semana completa-se o número de 168 horas em que a Eucaristia ali está exposta para adoração, tornando-se verdadeira fonte de graças e de proteção para todos.

Chegado o fim da tarde, o toque do sino da basílica, às 6:00 hs., convida para oração do Angelus e também para o início da Missa plenária, ou seja, com a participação de grande parte dos Arautos do Evangelho que residem em várias casas, na cidade de São Paulo. Reúnem-se cerca de 800 pessoas.
Terminado o dia, após o jantar, há o canto de Completas, prece final da Liturgia das Horas. Os Salmos são entoados alternadamente por duas alas e, no final de tudo, entoa-se a Salve Regina, para agradecer à Mãe de Deus pelo dia transcorrido. O ambiente de silêncio e recolhimento reina, após esse último ato em conjunto. Todos os trabalhos cessam, pois é o momento em que os homens devem se calar para que os anjos falem. Finalmente, as luzes vão se apagando e o nosso relato também termina.

Texto: Marcus Vinícius
Fotos: Thiago Tamura

By

Até o próximo Curso de Férias!

Último dia do Curso de Férias. Nada como terminar tão abençoado período de reuniões, com uma Celebração Eucarística solene. Chegando ao Thabor, os participantes do curso formaram na praça, em frente à basílica. Antes da Missa, a qual teria lugar dentro do templo, realizou-se uma bela cerimônia entorno à imagem de Nossa Senhora de Fátima, na qual alguns proclamadores recordaram a importância da oração na vida de um arauto do Evangelho. Iniciou-se, então, um magnífico desfile que culminou ingressando na basílica de Nossa Senhora do Rosário.

O Pe. Santiago Morazzani Arraiz celebrou a Eucaristia, após a qual houve exposição do Santíssimo Sacramento e benção solene. Terminado o ato, todos os presentes se dirigiram ao refeitório do Thabor, onde estavam montados lugares para mais de 850 pessoas. Procedeu-se, então, ao almoço de despedida: uma autêntica salsichada alemã e, de sobremesa, o saboroso strudel de maçã. Os arautos se dispuseram nas mesas, compartilhando, mais do que os alimentos, todas as graças recebidas.

No final da refeição, o Pe. Antônio Guerra dirigiu umas palavras de despedida, apresentando as surpresas que os organizadores do Curso de Férias tinham preparado para os participantes: um belo devocionário, intitulado Preces, contendo as principais orações lidas que um fervoroso arauto do Evangelho recita diariamente — além da oração da Liturgia das Horas; e também um livreto, intitulado A Oração, o qual continha um resumo ilustrado dos temas tratados ao longo das exposições desses dias.

Os personagens de mais destaque, ao longo do Curso de Férias, distribuíram as lembranças, o que formou um belo quadro cenográfico. Sobretudo, os mais jovens dentre os participantes queriam receber a recordação, de mãos do protagonista que mais lhes despertara o entusiasmo durante as encenações. E, desconhecendo o nome real da pessoa a fazer o papel, chamavam-no de modo pitoresco pelo nome que assumira durante o teatro.

A nota tônica durante todo o Curso de Férias, e especialmente nesse último dia, foi a alegria de conviver com pessoas que compartem os mesmos ideais de amor a Deus, por meio da sua Mãe Santíssima, no seio da Santa Igreja Católica Apostólica e Romana.

Texto: Sebastián Correa Velásquez; Fotos: Thiago Tamura Nogueira e Alejandro López Vergara.

By

Mais 125 panamenhos

Na terça-feira 23 de Julho, o número dos peregrinos que estiveram de passagem pelo Thabor, rumo à Jornada Mundial da Juventude, aumentou para 475 pessoas, graças à visita de um grupo de 125 panamenhos. Membros todos do Caminho Neocatecumenal, chegaram por volta das 14:00 hs., dirigindo-se imediatamente para a basílica de Nossa Senhora do Rosário, onde receberam breve explicação sobre o carisma e espiritualidade dos Arautos do Evangelho. Era a primeira vez que muitos pisavam em solo brasileiro e, para outros, também era desconhecida essa Associação Internacional de Direito Pontifício.

Encantados pela beleza do templo, logo depois, participaram da Santa Missa, presidida pelo Pe. Manuel Herrada e concelebrada por três sacerdotes neocatecúmenos. Nela foram entoados cantos gregorianos pelo coro do Thabor, ocasionando agrado na assembleia. Muitos dos assistentes, após a Consagração, permaneceram devotamente de joelhos até o momento da Comunhão. Alguns sacerdotes arautos também ministraram o Sacramento da Penitência, nos confessionários localizados dentro da própria basílica e, antes da bênção final, o dirigente do grupo de panamenhos, um espanhol que reside em Roma com a sua família, brindou os arautos com um harmonioso cântico dedicado à Santíssima Virgem.

Os 125 visitantes também foram presenteados com escapulários do Carmo, abençoados e entregues, um a um, pelas mãos dos clérigos presentes. Muitos dos que recebiam a piedosa prenda mariana estavam emocionados até as lágrimas, deixando depois, por escrito, pedidos de oração e agradecimentos.

Apesar da repentina onda de frio que está soprando, nesta semana, pelo sul do Brasil, o calor da recepção e a vivacidade dos panamenhos aqueceram a Fé nas almas desses membros de dois povos localizados em extremos opostos da nossa América austral.

Texto: Sebastián Correa Velásquez

Fotos: Alejandro López Vergara

By

Italiano: nesse dia, a língua mais falada no Thabor

Segunda-Feira, dia da chegada do Papa Francisco ao Brasil, o Thabor teve a oportunidade de receber a visita de 250 peregrinos italianos, especialmente da região de Abruzzo e da ilha de Malta. Estavam de passagem por São Paulo, para, em breve, dirigirem-se ao Rio de Janeiro, a fim de se encontrarem com Sua Santidade.

Foi um verdadeiro encontro de carismas, pois a numerosa comitiva fazia parte do Caminho Neocatecumenal, e os Arautos do Evangelho acolheram-nos, precisamente, na clave dada pelo Santo Padre em seu primeiro discurso pronunciado em solo brasileiro: “Ninguém se sinta excluído do afeto do Papa”.[1]Os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira”,[2] e o Thabor, quanto lhe cabia, também alargou os seus “braços” para acolher, no transcurso de uma semana, pelo menos 350 pessoas que vieram para participar da Jornada Mundial da Juventude.

Nossos visitantes italianos chegaram ao Thabor por volta das 9:30 hs. Desceram dos cinco grandes ônibus nos quais tinham vindo e, já na porta dos veículos, foram acolhidos por um grupo de arautos do Thabor, com os quais puderam trocar as suas  primeiras impressões. Cruzando a praça frente à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, caso viessem com algum leve cansaço, por causa da extenuante viagem, logo desapareceu ao se depararem com a fachada do belo templo.

Algumas palavras de acolhida foram-lhes dirigidas pelo Diác. Dartagnan Alves de Oliveira e, em seguida, quem encabeçava o grupo dos neocatecumenais também lhes fez um convite à gratidão, por um lado, para com Deus que dispusera trazê-los até esse lugar e, por outro, para com esses jovens que os acolhiam tão amavelmente. Tudo fruto do amor a Deus – dizia ele –, “viemos de longe, nem nos conheciam e, entretanto, somos objeto de toda esta atenção”.

Às 10:30 hs., teve lugar a Santa Missa, celebrada pelo Pe. Mauricio de Oliveira Suzena, sacerdote Arauto do Evangelho e ex-pároco de uma paróquia na Itália. Logo após a Eucaristia, a banda do colégio internacional Arautos do Evangelho ofertou um pequeno concerto musical ao numeroso grupo de peregrinos, que os deixou enormemente agradados, pedindo mais de um bis e aplaudindo com entusiasmo no final da apresentação. O solo de percussão, de autoria dos próprios estudantes, parece ter especialmente feito vibrar as cordas internas dos naturais dessa nação de músicos que é a Itália.

Não podia faltar também a boa mesa. Por volta das 12:30 hs., foi-lhes servido um almoço no refeitório do Thabor, onde ainda estava montado o cenário do Curso de Férias, o qual finalizara no sábado passado. Terminada a refeição, depois de alguns instantes de agradecimentos, os visitantes se despediram efusivos, fazendo numerosos pedidos de orações e perguntas sobre como entrar em contato com os Arautos do Evangelho na Itália e em outros países do mundo.

 

TEXTO: Sebastián Correa Velásquez

FOTOS: Alejandro López Vergara

 

[1] Palavras do Papa Francisco no seu discurso durante a cerimônia de boas-vindas ao Brasil em 22 jul. 2013.

[2] Idem.

 

By

Aos pais destes felizes jovens

Como será um dia de meu filho no Curso de Férias dos Arautos?”, pode estar se pergunta um dos pais ou uma das privilegiadas mães cujo filho está passando estes dias com os Arautos do Evangelho, no Thabor. Por isso, às famílias destes jovens é que dedicamos especialmente o presente post.

Quando os raios do sol estão começando a dar vida às pedras da praça em frente à Basílica de Nossa Senhora do Rosário, dezenas, senão centenas de jovens começam a descer de seus veículos, dirigindo-se para esse belo templo, a fim de iniciarem a sua jornada de férias com a assistência à Santa Missa.Cânticos gregorianos, Confissões, uma curta homilia por causa do tempo, Comunhão e, ao terminar a celebração, enormes fileiras conformadas pelos participantes do Curso caminham em direção ao auditório, ao som da banda do Thabor, a qual faz soar variadas sequências de marchas, com ritmos próprios a despertar a vitalidade e ânimo dos jovens.

Tendo chegado ao local da exposição, dispõem-se ordenadamente por grupos, conforme a nação ou a cidade à qual cada um deles pertence, e começa, com uma breve prece e às 10:00 hs, em ponto, a esperada exposição cujo tema é sempre uma incógnita. A respeito das matérias tratadas a cada dia, os leitores já têm à disposição, neste blog, uma boa quantidade de posts. Ainda estamos por compartir-lhes outros, mas primeiro queríamos satisfazer a apetência de muitas mães e pais de família que querem ver, nas fotografias, seus filhos participando do Curso de Férias. Sem embargo, quando menos esperem, pode acontecer que um dos participantes seja convidado a fazer parte de alguma encenação…

Às 11:15 hs, há um intervalo de 45 minutos, no qual todos, além de tomarem lanche, podem trocar as impressões que lhes causaram as belas cenas observadas, ao longo da reunião. Com o toque do carrilhão da Basílica ao meio dia, retoma a segunda parte da exposição, a qual irá finalizar entre 1:15 e 1:30 hs. Nesse momento da partida, o som das incontáveis vozes que comentam as graças recebidas em mais um dia de Curso, parece tomar todo o Thabor e, aos poucos, esse forte murmúrio vai diminuindo, diminuindo cada vez mais… Até que o último veículo lotado jovens deixa o Thabor. No dia seguinte, reencontrar-nos-emos novamente, com mil surpresas e inéditos comentários nestes abençoados momentos de Curso de Férias.

Todos os participantes querem calorosamente cumprimentar seus pais, aqueles que por algum motivo não puderam vir e todos os que, de certa maneira, estão nos acompanhando pelo blog thabor. arautos.org

TEXTO: Sebastián Correa Velásquez

FOTOS: Thiago Tamura Nogueira e Alejandro López

By

Um Cardeal e três Bispos no palco; e dessa vez eram de verdade!

Nesta sexta-feira, último dia das apresentações teatrais, o Curso de Férias  recebeu uma visita importantíssima: o Cardeal, Arcebispo de Madrid, D. Antonio María Rouco Varela, acompanhado de um dos seus Bispos auxiliares, D. Fidel Herráez Vegas, do Bispo de Lugo, D. Alfonso Carrasco Rouco, seu sobrinho,  e do Bispo auxiliar de Getafe, D. José Rico Pavés.

Chegaram ao Thabor por volta de 13:00 hs, em pleno andamento da cena final da programação. A honrosa visita dirigiu-se ao palco, donde dirigiu umas emotivas palavras aos 750 jovens que se apinhavam no auditório, surpresos pela inesperada aparição de tão eminente autoridade eclesiástica. O Cardeal Rouco iniciou falando sobre a importância da santidade para aqueles que têm a missão de serem Arautos do Evangelho, ou seja, mensageiros de Jesus Cristo.

Depois, convidou os ouvintes a levantarem o braço conforme ele chamasse o país da sua respectiva procedência. Evidentemente, o número de brasileiros superou as demais nacionalidades ali presentes. Para finalizar, animadamente e com a vitalidade característica do povo espanhol, D. Antonio María entoou algumas músicas, tanto em castelhano como em português, sendo acompanhado por todos e, inclusive, pela orquestra do Curso de Férias.

O Cardeal, a seguir, visitou a Basílica de Nossa Senhora do Rosário com toda a comitiva que o acompanhava e, às 14:00 hs, foi-lhes servido um almoço bastante apetitoso, preparado com esmero pelos dedicados cozinheiros do Thabor, para tão importantes prelados.

 

Pouco mais tarde, às 5:45, houve uma solene celebração eucarística na qual todos os Bispos e Sacerdotes, concelebraram com Sua Eminência, na Basílica.

Terminada a Santa Missa, houve um acolhedor jantar, em agradecimento pela honra concedida aos Arautos de Evangelho do Thabor, de receberem, durante esse dia, tão importante visita, cujo destino final é a Jornada Mundial da Juventude que iniciará na próxima segunda-feira.

 

 

TEXTO: Sebastián Correa Velásquez

FOTOS: Alejandro López Vergara

By

Igreja Nossa Senhora do Rosário elevada a categoria de Basílica menor

Basilica NSRA do Rosário

Basilica NSRA do Rosário

São Paulo (Sexta-feira, 25-05-2012, Gaudium Press) O dia de Nossa Senhora Auxiliadora foi duplamente comemorado pelos Arautos do Evangelho. Além das celebrações normais em louvor e honra da Santa Mãe de Deus, Auxiliadora dos Cristãos, havia algo bastante especial para ser comemorado: A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Diocese de Bragança Paulista foi elevada à categoria de Basílica Menor, justamente nesse dia.

Esta Igreja pertence ao conjunto de edifícios no qual se encontram o Seminário da Sociedade Clerical Virgo Flos Carmeli e a Casa de Formação dos Arautos do Evangelho.

A cerimônia de entrega do Breve Apostólico que elevava a Igreja à condição de Basílica Menor transcorreu com grande solenidade durante a Celebração Eucarística presidida por Dom Sérgio Aparecido Colombo, Bispo de Bragança Paulista, no Estado de São Paulo.

Dom sergio entrega o breve a Monsenhor João Clá Dias

Dom sergio entrega o breve a Monsenhor João Clá Dias

O Breve de Sua Santidade foi entregue por Dom Sergio Colombo a Monsenhor João Clá Dias, fundador e presidente geral dos Arautos do Evangelho. Em seguida deu-se a leitura das palavras do Santo Padre por um dos concelebrantes.

No término da cerimônia, foi descerrado o tecido que cobria os símbolos que identificam uma Basílica Menor: o Brasão Papal, o Brasão do Bispo e as chaves pontifícias.

O Breve Apostólico

Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 21 de Abril do ano de 2012, oitavo do Nosso Pontificado.

Assim termina o decreto Papal que foi dado a conhecimento através do Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado da Santa Sé.

Nele, “Sua Santidade o Papa Bento XVI –ad perpetuam rei memoriam– afirmou que “entre os templos sagrados da Diocese de Bragança Paulista no Brasil, destaca-se, merecidamente, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, erigida na cidade de Caieiras, à qual os fiéis da região costumam dirigir-se a fim de implorar o poderoso auxílio daquela que é a Cheia de Graça, para que conduza a existência deles segundo os preceitos do Evangelho.

o breve apostólico

o breve apostólico

Por esta razão, uma vez que o Venerável Irmão Sérgio Aparecido Colombo, Bispo da referida Sede, com carta do dia 1 de Março deste ano, em nome do clero e também do povo, pediu que honrássemos este templo com o título e dignidade de Basílica Menor, Nós, desejando dar provas de especial benevolência, com sumo agrado pelas fervorosas preces, julgamos que deva ser concedido.”

Assim foi que, afirma ainda o Santo Padre, “atendidos totalmente os requisitos que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com as faculdades por Nós concedidas, estabeleceu nesta matéria, com o sumo poder Apostólico, em virtude desta carta e perpetuamente, elevamos a Igreja mencionada ao grau e dignidade de Basílica Menor, conferidos todos os direitos e concessões litúrgicas, que devidamente competem aos edifícios sagrados honrados com este título, observado o que determina o Decreto De titulo Basilicae Minoris, promulgado no dia 9 de Novembro de 1989.”

E o Sumo Pontífice continua em seu Breve: “Estamos certos de que a honra concedida incitará o coração dos fiéis a venerar cada vez mais a Santíssima Mãe de Deus e da Igreja.

Desejamos que esta carta produza efeito a partir de agora e para a posteridade, sendo revogadas quaisquer disposições em contrário.”

Basílicas maiores e menores

Basilica S. João de Latrão

Basilica Maior S. João de Latrão

O termo Basílica provém do grego e significa originalmente “casa real”. Essa palavra designava um majestoso edifício público, que nas civilizações grega e romana se destinava comummente à sede de um tribunal de justiça.

A palavra Basílica começou a fazer parte do vocabulário católico quando várias dessas construções se converteram em templos cristãos.

Existem dois tipos de basílicas: as maiores e as menores.

As maiores são poucas, particularmente as quatro basílicas papais romanas (São João de Latrão, São Pedro, Santa Maria Maggiore e São Paulo Extramuros), ainda que também sejam consideradas basílicas papais as de São Lorenço Extramuros e a Igreja de São Francisco, em Assis, pois tem altar Papal e trono.Outra interessante característica das basílicas maiores é que seu altar-mor é de uso exclusivo do Papa, podendo ser utilizado por outro celebrante somente com uma autorização própria. Além disso possui uma Porta Santa que, sendo transposta durante os anos jubilares, concede indulgências.

Formando uma “coroa” ao redor das Basílicas Maiores se encontram as Basílicas Menores, mais de 1.500 em todo o orbe.

Para que um templo possa alcançar o título de basílica, o que ocorre por meio de um Breve Apostólico, devem-se cumprir três requisitos:

1º Ser um templo de régio esplendor, com arquitetura destacada;

2º o templo deve ser foco espiritual de uma comunidade que é santuário para a multidão de devotos que acodem a ele;

3º abaixo de suas abóbadas deve existir um tesouro espiritual e sagrado, dando culto ininterrupto ao Senhor, à Virgem Maria e ao Santo venerado nele. (JS)

M. João tirando faixa do decreto

Mons. João tirando faixa do decreto

%d blogueiros gostam disto: