Thabor

Conheça aqui essa residência dos Arautos do Evangelho

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Um vietnamita no meio de espanhois

Na segunda-feira desta semana, iniciou-se o Curso de Férias, e com importantes visitas! O primaz da Espanha, Arcebispo de Toledo, D. Braulio Rodríguez Plaza, esteve no Thabor com grande comitiva de sacerdotes e jovens. É verdade que o destino principal desse honroso grupo era o Rio de Janeiro, para o evento mundial que lá terá lugar na semana entrante. Sem embargo, não esperavam encontrar, no Thabor, uma “pré-jornada” com proporções verdadeiramente internacionais: 750 jovens provenientes de Paraguaia, Canadá, El Salvador, Índia, Colômbia, Peru, Espanha, Chile, e de diferentes cidades do Brasil como Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Joinville, Montes Claros, Juiz de Fora, Vitória, Campo Grande, Cuiabá, Pernambuco, Campos, Nova Friburgo, São Carlos, São Paulo, entre outras localidades.

Em meio às inúmeras peças de teatro que tivemos de desempenhar no Curso de Férias, também devíamos receber, com toda cortesia, esses nossos longinquos visitantes. Alguns dos arautos do Thabor fomos designados especialmente para estar com eles, e eu pensei comigo mesmo: Que vou conversar com tão ilustres representantes dessa terra de heróis que é a Espanha? A respeito de São Fernando de Castela ou de Santa Teresa de Ávila? Ou, talvez, sobre a época dos descobrimentos? Eu, “tímido” como sou, que nem domino plenamente o português – porque sou vietnamita –  quanto saberei comunicar-me em espanhol! Nesse momento, lembrei-me das aulas de Liturgia que tive no último semestre, no Instituto Teológico dos Arautos do Evangelho. O professor, precisamente, encomendara-me uma exposição sobre o rito Moçarabe, e então decidi: “esse será o tema da minha conversa”!

Querem saber se consegui sair-me bem do outro lado? Convido-os a fazer uma pequena viagem à magnífica Catedral de Toledo.

Quando eu tive a oportunidade de lá estar, subindo as colinas que conduzem a esse belíssimo templo, deparei-me com o quadro magnífico que, até hoje, qualquer um dos visitantes pode observar: ruas de pedra, armaduras de ferro e, dominando o conjunto da urbe, um sobranceiro castelo chamado “El Alcazar”, com mil e uma histórias para contar! Tudo é belo e memorável nessa antiquíssima cidade!

Entrando na Catedral, estávamos encantados pela coloração dos vitrais e, de repente, uma cena tocante chamou-nos a atenção: um sacerdote, de joelhos diante dos seus paramentos, um tanto diferentes do comum, preparava-se para revesti-los recitando quatro Ave Marias. Nunca tínhamos visto algo semelhante! Permanecemos, pois, atentos à sua curiosa atitude e, logo que o clérigo se dirigiu ao altar-mor, já revestido a caráter e sem ainda subir os degraus, elevou mais uma Ave Maria à Santíssimas Virgem. Aproximando-se do altar, osculou-o, saudando com estas comovedoras palavras a Cruz sobre ele colocada: “Ave ó Cruz preciosa que ao Corpo de Cristo és dedicada e dos seus Membros, como de pérolas, és ornada”.

Era Solenidade de Corpus Christi. Começamos então a averiguar, se, por ocasião dessa data, havia algum privilégio litúrgico para realizar tão belas ações dentro da Santa Missa. Um dos fiéis, que devotamente ali rezavam, explicou-nos: “trata-se do rito Moçárabe, o qual pode ser usado, no altar-mor, três vezes por ano, entre as quais se encontra a comemoração de hoje!”. Muito satisfeitos pela resposta, e felizes pela coincidência de ali nos encontrarmos nesse dia, quisemos permanecer até o fim da Eucaristia, podendo observar várias diferenças – por certo, muito belas – entre o rito Romano, comumente usado no Ocidente, e esse de nome Moçárabe – também lhes explicarei o porquê.

Encantou-nos o fato de o Credo ser recitado após a Consagração, enquanto o celebrante sustenta, de frente para o público, uma enorme patena com a hóstia proporcional ao seu suporte, e o cálice, o qual também não fica aquém em matéria de tamanho. A finalidade detalhe do cerimonial é apresentar aos fiéis, enquanto proclamam o Símbolo da nossa Fé, a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que atestem com igual convicção tão sublime Sacramento.

Outro momento que cativou muito a nossa simpatia, em relação esse rito da Igreja Católica, foi a fractio Panis, na qual o Sacerdote divide a hóstia para comungar. No rito Romano a sagrada espécie é fracionada apenas pela metade. No Moçarabe ela é dividia em nove partes, cada uma simbolizando um dos principais episódios da nossa Redenção, na seguinte ordem: Corporatio (Encarnação), Nativitas (Nascimento), Circunciso (Circuncisão), Apparitio (Aparição), Passio (Paixão), Mors (Morte), Resurrectio (Ressurreição), Gloria (Glória), Regnum (Reino).

A minha narrativa muito estava cativando a atenção e simpatia dos nossos ibéricos visitantes, especialmente os que eram da cidade de Toledo. No entanto, não foi com a mesma simpatia que um dos encarregados das peças de teatro veio chamar-me desesperado, pois era o momento de entrar em cena e eu estava atrasado… Bem, por isso também, encerro esta redação, caros leitores que, neste momento, tornaram-se para mim “os espanhóis” aos quais dirigia a minha descrição sobre o rito Moçarabe… Até a próxima, tenho de sair correndo, pois não podemos atrasar os preparativos para o dia de amanhã, que promete muito! Por favor, perseverem na oração pelo Curso de Férias!

FOTOS: Pe. José Luís de Zayas e Alejandro López Vergara

TEXTO: James Thong Vu

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Segundo dia do Curso: O criptograma de Pompeia

Ano 79 d.C., doze anos depois da morte de São Pedro, em Roma, a cidade de Pompéia foi destruída por violento vulcão. O Vesúvio deu a conhecer a sua fúria, ao detonar em terrível erupção, ejetando tamanha quantidade de detritos, cinzas e lava que acabou por sepultar no “eterno” esquecimento esse povoado romano do sul da Itália.

“Eterno” de fato teria sido o seu esquecimento se um grupo de arqueólogos não tivesse descoberto o sistema para “ressuscitar”, em pleno século XX, a figura dessa cidade subterrânea, conservada intacta, como que mumificada, por obra da imensa quantidade de cinzas vulcânicas que no passado a tinham soterrado.

Sim, eles desenterraram Pompéia e, coisa mais incrível ainda, os corpos das pessoas atingidas pela calamidade, antes de se decomporem, tinham servido de molde para aquele “gesso” natural, fruto das cinzas vulcânicas, elaborar verdadeiras máscaras mortuárias e, mais ainda, configurar incríveis siluetas do corpo inteiro desses cadáveres, na posição em que as desventuradas pessoas se encontravam ao ser atingidas pela calamidade.

Mas, como preencher essas formas, a fim de recompor as dramáticas cenas? Os competentes arqueólogos utilizaram grande quantidade de cimento para, meticulosamente, injetá-lo nos valiosos e delicados moldes, obtendo assim, depois de árduo e prolongado trabalho, a recomposição de uma cena dramática: a antiga cidade de Pompéia sendo atingida pela erupção do Vesúvio.

Inacreditável ainda foi o fato de os arqueólogos conseguirem recompor, além dos corpos das pessoas, também as localidades nas quais elas se encontravam. Ora, em alguns desses antigos muros, havia uma inscrição misteriosamente que muito chamou a atenção dos estudiosos:

SATOR

AREPO

TENET

OPERA

ROTAS

Este curioso criptograma já tinha sido encontrado antes em outros lugares. Mas a restauração de Pompéia permitiu saber a sua antiqüíssima datação. Da Inglaterra ao Egito, e até na Pérsia, tão misteriosa inscrição do primeiro século do Cristianismo também aparecia registrada em diversas moradias cristãs, dessa vasta extensão do Império Romano.

Mas, que relação podem ter essas quatro estranhas palavras – que lidas em qualquer direção conservam o seu sentido – com o tema de nosso segundo dia do Curso de Férias?

Convido-o a descobrir o enigma escondido nesse criptograma, o qual, durante muito tempo, resistiu aos esforços dos entendidos para interpretá-lo. Aguarde um próximo post.

A Igreja, durante os primeiros séculos da sua existência, teve de transmitir de modo cauteloso a oração ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo, pois, tanto nas sinagogas quanto entre os pagãos, chamar a Deus de Pai era uma doutrina inaceitável. Essa hostilidade foi comprovada pelo próprio Divino Mestre, quando os seus inimigos “procuravam, com maior ardor, tirar-Lhe a vida, porque […] afirmava que Deus era seu Pai” (Jo 5, 18).

Assim, o Pai Nosso tornou-se um verdadeiro sinal de identificação, o primeiro símbolo da Fé, por meio do qual alguém podia ser reconhecido cristão, nessa época de perseguições. E, até hoje, nas palavras prévias à sua recitação durante a Santa Missa, transparece esse caráter de proclamação de uma verdade que fora impugnada pelo mundo: “obedientes à palavra do Salvador e formados por seu divino ensinamento, ousamos dizer”.

A Oração do Senhor, ou Dominical (do latim Dominus), é a prece perfeita. Ela é um “resumo de todo o Evangelho” (Tertuliano, De oratione, I, 6), e serviu de guia para a piedade dos católicos de todos os tempos. “Não há nenhum aspecto das nossas preces ou orações que não esteja compreendido nesse compêndio da doutrina celestial” (São Cipriano. De oratione dominica. 9). Por isso, neste segundo dia do Curso de Férias dos Arautos do Evangelho, foram contempladas em pormenores os tesouros dessa incomensurável dádiva que nosso Divino Redentor quis nos deixar, a única oração composta diretamente pelo seus divinos lábios: O Pai Nosso.

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Um dia impregnado de oração

A oração grande e seguro meio de salvação. Já tivemos a oportunidade de dar-lhes a conhecer, por meio deste blog, o curioso repórter do dia de ontem (ver matéria publica em 15 jul. 2013). Agora queríamos apresentar-lhes outras personagens, cujas encenações foram transbordantes de ensinamentos, aumentando a compenetração dos 750 jovens assistentes. Todos os teatros visavam inculcar a necessidade da oração e dar a conhecer as condições indispensáveis para que ela obtenha eficazmente o que é pedido.

Após o repórter, a figura de São Bernardo se fez presente no palco. Em meio a um ofício que cantava com os monges de seu mosteiro, quatro espíritos angélicos apareceram ao santo abade, posicionando-se cada um atrás de dois dos religiosos. O primeiro Anjo registrava em letras de ouro as orações dos que rezavam com fervor. O segundo, o fazia com letras de prata, pois, outros monges rezavam, é verdade, mas sem piedade suficiente. O terceiro espírito angélico escrevia com tinta as orações distraídas e medíocres de outros que ali se encontravam. E o último anjo não escrevia nada, pois havia religiosos que tristemente não rezavam, pensavam em outras coisas, queriam logo retirar-se para tocar serviços práticos…

Outra cena do Curso muito formativa foi a respeito de um grupo de mendigos, acampados numa praça, os quais passavam ali a sua vida, sustentados por meio de esmolas e carregando tristemente as suas penas, tanto as do corpo quanto as da alma. Em certo horário do dia, costumava passar por esse local o bondoso São Martinho de Tours acompanhado por alguns fiéis. Um dos pobres inquilinos, recém chegado nesse dormitório público, ficou desnorteado ao ver a atitude dos mendigos quando o santo Bispo se aproximava. Mesmo os cegos saíram correndo a toda velocidade, ajudados pelos que eram mancos e assim, ajuda-se mutuamente, em pouco tempo essa turma de estropiados esvaziou a praça.

Quando, há muita distância, viram que São Martinho já se retirara, retornaram aos costumeiros postos donde ostentavam as suas deficiências aos viandantes, pronunciando o famoso: “uma esmola, por favor!”. O desventurado novato na arte de mendigar, não entendendo nada do que se passara, perguntou insistentemente por que tomar tão estranha atitude, diante de um Bispo tão bondoso que poderia lhes ajudar? O chefe da turma de mendigos que, por certo, era cego de olhos e de coração, respondeu carregado de ira: “Por que Martinho é um taumaturgo que pode nos curar dos nossos males! É precisamente isso que não queremos! Somos errados e determinamos continuar assim, a vida inteira! Não queremos trabalhar nem ser libertos das nossas doenças!”.

Essa é realmente a atitude de todos aqueles que não querem rezar a Deus, pedindo-Lhe tudo o necessário, pois temos um Pai Onipotente disposto a curar-nos de todas as doenças espirituais. Inclusive, Ele está disposto a conceder-nos curas corporais e outros favores materiais, caso não prejudiquem a salvação eterna da nossa alma, pois essa é a finalidade última de nosso existir.

Texto: Sebastián Correa Velásquez

Fotos: Alejandro López Vergara e Thiago Tamura

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Um repórter fora do comum

Primeiro dia do Curso de Férias e já apareceu um repórter no Thabor… Seu nome era Luís. Queria fazer uma entrevista sui generis. Depois de alguns minutos de conversa, conseguimos saber que era estudante de um prestigioso colégio e tinha como tarefa realizar uma reportagem.

O professor prometera um prêmio a quem fosse mais original em desempenhá-la.

Ora, esse curioso repórter comparecera no primeiro dia do Curso de Férias não para entrevistar um dos expositores, nem ainda um dos espectadores… Era para fazer-nos participar de uma incrível reportagem que ele realizaria, a qual já estava combinada previamente. Seu Anjo da Guarda há pouco lhe aparecera, dizendo que o levaria para conhecer duas realidades antagônicas: o Inferno… E, logo depois, a entrada do Céu! Tanto num lugar quanto no outro poderia entrevistar aos que lá se encontrassem…

Temeroso, mas confortado pela angélica presença, o incipiente repórter dispôs-se a viajar para essas ignotas paragens, a fim de indagar às pessoas, qual era o motivo pelo qual mereceram esse fim: para uns a desgraça infinita, para outros a eterna alegria.

Seu Anjo conduziu-o primeiro à mansão dos mortos… Ei-lo, pois, diante de uns sinistros precitos. Apavorado, mas amparado pelo celeste protetor, guardou bastante distância dos réprobos e começou o seu dramático inquérito, perguntando a um deles:

 – Reu horripilante, como veio parar aqui?

Uma voz soturna e cavernosa lhe respondeu:

Ai… Ai… Ai… Eu era cristão! Fui batizado e recebi os demais Sacramentos. Porém, nunca rezava! Achava a oração um passa-tempo para tontos. Mas, agora sei que, como eu não a rezava, nunca obtive as forças necessárias para perseverar estavelmente no cumprimento da Lei de Deus! Se tivesse orado, agora seria feliz no Céu…

–  Mas, só por isso? Rezar é tão fácil?

É verdade! Mas são raras as pessoas que, enquanto vivem, querem rezar! Agora é tarde demais…

E, com um forte grito, foi precipitado novamente às apavorantes e escuras profundidades do Inferno. Extremamente impressionado, o jovem dirigiu-se a outro dos horríveis condenados que ali estavam:

– Quem é o senhor e como veio para aqui?

Ouviu-se, então, um murmúrio frio e arrepiante:

Eu sou um grande criminoso, um maldito… Mas, ter-me-ia bastado rezar para alcançar o perdão dos meus horrendos vícios!

–  Incrível! Isso é exatamente o que me disse o anterior…

–  Meus delitos eram grandes, porém, maior é o poder da oração!

Arrastado por um demônio, o condenado foi lançado ao lugar do seu eterno suplício. Nesse momento, outro desses infelizes adiantou-se em direção ao entrevistador, gritando com sua rouca voz:

A oração! A oração! Ter-nos-ia bastado a oração para não estar neste maldito estado!

Muito assustado, o jovem implorou ao seu Anjo para se retirar do Inferno, pois não tinha forças suficientes para continuar ali. O bondoso mensageiro divino, então, continuou o percurso que tinha prometido ao seu protegido. Agora iriam à porta de entrada do Céu!

Quando menos esperava, o inexperiente repórter viu-se rodeado de luz, Bem-aventurados e Anjos. Fora de si, deparou-se com um homem esplêndido que caminhava:

– Senhor Rei! Desculpai-me interromper o vosso glorioso percurso! Seria possível dizer-me como merecestes chegar aqui?

Claro! Mas antes, permiti-me fazer uma pequena correção: eu não sou rei; na Terra era um simples cozinheiro. Enquanto preparava os alimentos ou lavava os utensílios da minha função, eu sempre estava rezando. Cumpri com minha missão e meus deveres, é verdade, mas hoje me dou conta que só consegui me salvar porque rezava muito!

Meu caro – adiantou-se outro bem-aventurado –, eu sou um arauto do Evangelho, como o senhor. Era uma pessoa que rezava muito e, embora fosse muito distraído em minhas orações, aprendi num Curso de Férias o incomensurável valor da oração! Desde, então, passei a rezar com todo o fervor e constância que me era possível! Graças à oração me salvei!

– Nossa! Quer dizer que é a oração que acaba por determinar…

Luís – interrompeu o Anjo da Guarda –, temos de voltar à Terra, pois o tempo já acabou.

Dessa maneira concluiu a primeira encenação deste Curso de Férias 2013, um ano no qual, certamente, todos precisaremos muito da oração. Sim, esse é o tema central que marcará todos estes extraordinários dias de reuniões! Acompanhem-nos também acessando os próximos post que publicaremos. E, por favor, não se esqueça de rezar por nós, pois, como já tivemos a oportunidade de revelar neste blog, esse é o principal segredo para o sucesso do Curso de Férias: a oração!

Texto: Sebastián Correa Velásquez
Fotografia: Thiago Tamura Nogueira

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Revelando segredos

Já tivemos a oportunidade de revelar, aos nossos leitores, um dos principais segredos para o sucesso do Curso de Férias: o Santo Rosário (ver matéria publicada em 9 jul. 2013). Creio estar “falando demais” – como dizem no Brasil –, pois, de repente, aqueles  que aguardam com ânsia  o início dessa programação, bem podem já estar intuindo o tema central que marcará as exposições desses dias… Mas, não resisto! Vou “falar” mais um pouquinho – só entre nós – dos “segredos” do Curso… Caso tenham a paciência, acompanhem-nos durante alguns instantes lendo estas linhas.

Vida interior: vale a pena guardar essa palavra chave. Para o conjunto de Arautos do Evangelho que reside no Thabor, além da assistência diária à Santa Missa, essa enorme dádiva do amor de Cristo (conforme matéria publicada em 12 jul. 2013), todas as manhãs deste período de árduos preparativos para o Curso de Férias, há um tempo de 45 minutos dedicado a outras orações, denominado Recolhimento.

Pouco tempo depois do café da manhã, tocam os ferrinhos chamando a comunidade para o programa, como já é costume nas residências dos Arautos do Evangelho: um primeiro aviso (composto de dois toques) alerta a todos para estarem formados no local avisado, pois, em cinco minutos, os ferrinhos darão o segundo sinal (composto de três toques). Nesse momento, deve-se estar na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, seja na capela de adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento, seja em outro lugar do templo, para recitar, sozinhos ou em companhia de outros, diversas orações já habituais a todo arauto do Evangelho.

Nesse período de Recolhimento, vêem-se principalmente dois livros de orações nas mãos das pessoas:

A Liturgia das Horas (conhecida também como Ofício Divino ou Breviário), a qual, quando é recitada por um sacerdote ou um religioso consagrado, torna-se a oração oficial e pública da Igreja Católica, juntamente ao culto por excelência que é a Santa Missa. Isso quer dizer que esse conjunto de orações que se elevam a Deus são feitas em nome de toda a Igreja.

Um devocionário muito comum entre os Arautos do Evangelho, denominado Preces, o qual pode variar em número

de orações, conforme seja a devoção e o tempo de que cada arauto dispõe, em meio às funções de seu dia-a-dia. Sem embargo, há algumas orações, isto sim, que são fixas, devido à sua importância, valor espiritual, doutrinário e teológico. Por exemplo, os famosos e antigos conjuntos de ladainhas dedicadas ao Sagrado Coração, ao Espírito Santo, a Nossa Senhora, ao Imaculado Coração de Maria e a São José.

Como essas, há outras preces que são também verdadeiros tesouros da Igreja Católica. Caso queiram conhecê-las… Em fim, “falei” demais… Espero que as autoridades do Curso de Férias não processem os escritores deste blog, por estarem revelando “segredos de estado”…

Uma curiosidade final. Por que do nome Recolhimento?

O Ordo de costumes dos Arautos do Evangelho prevê um modo de comportar-se próprio aos momentos de oração, meditação ou retiro espiritual, no qual o arauto deve dirigir a sua atenção para a importantíssima ação que realiza, ou seja, elevar a sua mente ao Criador. Para isso, não deve comunicar-se, nem por gestos, com os seus demais irmãos de hábito, a não ser em caso de real necessidade. São momentos de recolher-se em seu interior, conversar com Deus e deixar que a Graça divina toque o íntimo da alma.

É incontável o número de Santos que aconselharam esse modo de proceder, principalmente, quando se faz meditação. Até médicos e psicólogos defenderam que  meia hora de meditação diária pode melhorar consideravelmente a própria estrutural cerebral.

Não perca os próximos post. Até lá… os preparativos vão mar alto…


Texto: Sebastián Correa Velásquez
Fotografia: Thiago Tamura Nogueira

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Curso de Férias 2013!

São João Bosco, um dos maiores formadores da juventude de todos os tempos, ensinava que mente vazia é oficina do diabo. Considerando essa tão sapiencial verdade os Arautos do Evangelho promovem, nos dois períodos anuais de férias, programas de formação doutrinária em que se incluem encenações teatrais. Força, energia, ênfase e resolução: essas quatro palavras muito bem sintetizam as disposições que se fazem sentir nos participantes de tais programas.

O tema do próximo “curso de férias”, assim chamado, não será anunciado nesta notícia, já que para os participantes ainda é um “segredo”. Fica então feito aos leitores deste blog um convite para visitá-lo novamente, nos próximos dias.

Os preparativos para o curso de férias já começaram. Eles não são poucos, pois, entre outros personagens, se fará presente o príncipe Miguel, de meados do século XVIII, além de Eleazar (grande personagem do antigo testamento), São Bernardo (o Doutor Melífluo), o grande São Domingos (fundador da ordem dos Dominicanos), e muitos outros. Eles permitirão entender como se aplicam ao presente as palavras de Santo Agostinho: “não é um mundo que está morrendo, mas um novo mundo que está nascendo”.

Não percam os posts desse evento, que se iniciará em 15 de julho corrente e findará no dia 20.

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A batalha de todos os dias: 5º dia curso de férias

navegadores

“Somos fortalecidos pelo Santo Sacrifício da  Missa  para enfretarmos a batalha de todos os dias: A batalha da prática da virtude”.[1]

Esta batalha foi simbolizada no 5º dia do curso de férias com encenações teatrais apresentando fatos heróicos de grandes navegadores cristãos.


[1]Diác Felipe Pascoal, durante exposição sobre “A Santa Missa”, no quinto dia do Curso de férias

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Detalhe em foto: Quadro do Ciclo litúrgico anual

ciclo anual01cEm certas regiões da Terra, onde as estações do ano anunciam sua chegada e manifestam sua permanência de forma categórica e definida, podemos contemplar a natureza revestida com as mais diversas roupagens.  Desde as fortes tonalidades avermelhadas do outono até às variadas e esplendorosas colorações da primavera, a vegetação passa por transformações que deslumbram um olhar atento e contemplativo. Entre o dourado e o policromado, o inverno traz consigo um manto virginal de brancura, o qual cobre os troncos desfolhados e oferece os elementos necessários para um reflorescimento. A neve, caída dos céus, transforma-se em água que

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escorre e penetra nas entranhas da terra, trazendo-lhe irrigação e fecundidade. Deste modo, novamente os animais do campo encontram alimento, os pássaros cantam e as flores desabrocham. O próprio Filho de Deus pareceu admirar-Se vendo tais excelências quando exclamou: “Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles” (Mt 6, 28-29).

Essa sucessão cíclica do tempo, proporcionada por Deus à natureza, conferindo a toda a diversidade dos seres vivos as condições necessárias para a sua existência, é imagem de uma realidade muito mais sublime, contida nos tesouros da Santa Igreja Católica: o Ano Litúrgico.

À maneira das estações, que incitam a terra fértil a produzir ramagens e flores para finalmente dar frutos aprazíveis, o Ciclo Litúrgico, no decorrer dos diversos tempos, faz

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germinar, crescer e frutificar a semente da vida Divina, presente nas almas dos cristãos pelo sacramento do Batismo.

Mas o que é propriamente o Ano Litúrgico? A Santa Igreja considera seu dever celebrar, com uma sagrada recordação, em determinados dias do ano, a obra de salvação de seu divino Esposo. Desenvolve todo o mistério da vida de Cristo no decorrer do ano: da Encarnação e Nascimento, até à Ascensão, Pentecostes e na expectativa da segunda vinda do Senhor. Deste modo, abre as riquezas do tesouro do poder santificador e dos méritos de seu Senhor para que os fiéis, em contato com eles, se encham de graça.

Através do sacrifício redentor do Senhor, oferecido uma só vez e renovado em cada Missa, os mistérios da Salvação se tornam fonte de graça constante. Esse ritmo de celebrações é formado por duas partes intrinsecamente relacionadas: a primeira,  deixando as trevas, dirige-se para a luz; é o Ciclo do Natal. Na outra, reina a luz, a ciclo anual02cvida vence a morte: é o Ciclo Pascal.

A estrutura do Ano Litúrgico compreende, cronologicamente, os seguintes tempos e solenidades principais: Advento, Natal, Epifania, parte do Tempo Comum, Quaresma, Páscoa, Pentecostes e continuação do Tempo Comum, o qual culmina na festa de Cristo Rei. Ao longo da sequência dos tempos, e de forma especial durante o Tempo Comum, a Igreja rende culto à Santíssima Virgem e aos santos.[1]


[1] BOROBIO, Dionisio (Cord.). A celebração na igreja. São Paulo: Loyola, 2000, v.III.

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Davi e Saul: 4º dia do Curso de férias

saul dentro da gruta

saul dentro da gruta

O quarto dia do curso de férias tratou sobre a obediência que dever ter um inferior por seu supeior. Um dos teatros que ilustrou o tema foi Davi e Saul, tendo por fundamento as passagens da escritura do primeiro livro de Samuel (24, 1-23).

4″Chegando perto dos apriscos de ovelhas que havia ao longo do caminho, entrou Saul numa gruta […] Ora, no fundo dessa mesma gruta se encontrava Davi com seus homens,

5 os quais disseram-lhe: Eis o dia anunciado pelo Senhor, que te prometeu entregar o teu inimigo à tua discrição. Davi, arrastando-se de mansinho, cortou furtivamente a ponta do manto de Saul.

6 E logo depois o seu coração bateu-lhe, porque tinha ousado fazer aquilo.

7 E disse aos seus homens: Deus me guarde de jamais cometer este crime, estendendo a mão contra o ungido do Senhor, meu senhor, pois ele é consagrado ao Senhor!

8 Davi conteve os seus homens com estas palavras e impediu que agredissem Saul. O rei levantou-se, deixou a gruta e prosseguiu o seu caminho.

Davi disse ao rei Olha, meu pai, vê a ponta de teu manto em minha mão

Davi disse ao rei: Olha, meu pai, vê a ponta de teu manto em minha mão

10 E disse ao rei: Por que dás ouvidos aos que te dizem: Davi procura fazer-te mal?

11 Viste hoje com os teus olhos que o Senhor te entregou a mim na gruta. (Meus homens) insistiam comigo para que te matasse, mas eu te poupei, dizendo: Não levantarei a mão contra o meu senhor, porque é o ungido do Senhor.

12 Olha, meu pai, vê a ponta de teu manto em minha mão. Se eu cortei este pano do teu manto e não te matei, reconhece que não há perversidade nem revolta em mim. Jamais pequei contra ti, e tu procuras matar-me.

13 Que o Senhor julgue entre mim e ti! O Senhor me vingará de ti, mas eu não levantarei minha mão contra ti.”

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Mosqueteiros: Coragem e ousadia a serviço da fé!

O segundo dia do Curso de Férias referiu-se a fatos históricos que evidenciam virtudes cristãs.

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Uma das peças de teatro tratou sobre os Mosqueteiros: agilidade e refinamentos, caracterísitcas de um época história!

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teatros, surpresas, alegrias: Começou o curso de férias!

profetas que anunciaram a vinda do Messias

Profetas que anunciaram a vinda do Messias

surpresa durante encenação

surpresa durante encenação

Entre os grandes métodos utilizados pelos Arautos em suas atividades evangelizadoras, sobressaem encenações teatrais, através das quais são transmitidos, de maneira atraente e substanciosa, os sublimes ensinamentos da religião Católica.

detalhe quadro ciclo liturgico

Detalhe quadro ciclo liturgico

Teatro, acompanhado de surpresas, mais a alegria estampada nos semblantes de centenas de jovens, são os sinais claros e distintos da chegada do curso de férias!

O curso de férias de julho, iniciado no Seminário do Thabor no dia 16, aborda principalmente dois temas:  O primeiro, e o mais importante, refere-se à Santa Missa; o segundo, trata de fatos históricos que evidenciam virtudes cristãs, tais como bom trato, bondade, justiça, piedade.

No primeiro dia, durante a encenação dos profetas do Antigo Testamento que anunciavam a vinda do Messias, aconteceu uma grande surpresa: Um tecido pendente ao lado do palco caiu, mostrando um artístico quadro do ciclo litúrgico anual.

Postaremos no blog fotos de todos os dias do curso de Férias, aguardem…

quadro do ciclo liturgico anual

Quadro do ciclo liturgico anual

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