Thabor

Conheça aqui essa residência dos Arautos do Evangelho

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Omnes de Saba: um gregoriano para o dia de Reis

Melodia portadora da unção de milênios de Cristianismo, este belo canto gregoriano serve apenas como moldura para as inspiradas palavras de um homem movido pelo Espírito Santo a falar, séculos antes do Nascimento de Cristo, a respeito das circunstâncias que marcariam a chegada do Divino Redentor.

São Tomás de Aquino dizia emocianar-se até as lágrimas, ao ver o quanto o profeta Isaías previra com tanta clareza, por meio do dom de profecia, certos detalhes da vida do Verbo encarnado. Um exemplo tocante disso o temos nesta passagem, da qual a melodia gregoriana canta dois trechos, abaixo destacados na tradução do texto:

Levanta-te, sê radiosa, Jerusalém! Porque a glória do Senhor se levanta sobre ti. Vê, a noite cobre a terra e a escuridão, os povos, mas sobre ti levanta-se o Senhor, e sua glória te ilumina. As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora. Levanta os olhos e olha à tua volta: todos se reúnem para vir a ti; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são transportadas à garupa. Essa visão tornar-te-á radiante; teu coração palpitará e se dilatará, porque para ti afluirão as riquezas do mar, e a ti virão os tesouros das nações. Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; Todos os de Sabá virão; trarão ouro e incenso, anunciando os louvores do Senhor (Is 60, 1-6).

Neste curto vídeo, além de algumas cenas do presépio, podem ver um conjunto do coro Thabor que cantou na Basílica Nossa Senhora do Rosário durante a Missa da última sexta-feira, na qual foi entoado o Omnes de Saba, após a Comunhão, preparando assim os fiéis para a comemoração da Epifania que se aproximava.

Filmagem: Marcus Vinicius / Fotos: João Paulo Rodrigues

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A “liturgia” de Belém

Agradecemos aos leitores os comentários feitos ao último post! Aquele que abordou o tema da liturgia deu-nos a oportunidade de meditar, um pouco mais, a respeito do esplendor “litúrgico” do Nascimento em Belém, precisamente, porque Liturgia é serviço a Deus, por meio de culto sagrado.

Belém foi o cenário de uma belíssima celebração!

Qual era o coro que animava essa solene “liturgia” natalina? Um coro como nunca antes fora ouvido: o coro dos Anjos (Cf. Lc 2, 4-5)! Que “diácono” (do gr.: servidor) estava ali presente para atender o Homem-Deus em todas as suas necessidades? Um descendente de estirpe real, Patrono da Santa Igreja, um Santo extraordinário: São José! Quem era o público que acorria em atitude de adoração a esse sagrado culto? Humildes pastores e suntuosos reis, cujas ofertas enriqueceram o cerimonial – até incenso não faltou!

Mas, acima de tudo, qual era o precioso e imaculado altar, no qual se desenvolvera aquela sublime e miraculosa “Liturgia” da Encarnação, por meio da qual um Deus se tornava Sacerdote e Vítima, ao mesmo tempo, assumindo um corpo capaz de ser imolado e um coração desejoso de oferecer-se em sacrifício (Cf. Hb 10)? O claustro virginal de Maria Santíssima!

Embora em lugar modesto, a “liturgia” do Nascimento de Cristo foi a mais bela de todas as cerimônias, nunca depois superada por outra, ao longo destes dois mil anos de Cristianismo, pois a augusta presença do altamente santo Casal e a divina ação do Menino Jesus, eram suficientes para sublimar qualquer ambiente, por mais simples que fosse, à categoria dos mais distintos palácios, das mais abençoadas Catedrais, dos mais suntuosos cenários.

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Aproveitamos este post para publicar as fotos da interessante programação que houve no Thabor, conforme mencionamos em anterior publicação. Esse dia foi apresentado o teatro natalino para grande número de arautos, das mais diversas procedências, seguido de um apetitoso e acolhedor lanche.

Noutras capelas da paróquia de Nossa Senhora das Graças, também se fizeram presentes as mesmas cenas belas e comoventes da apresentação natalina. Vendo-as, esperamos se unam a esse momento que foi verdadeira oração!

 Clique no mosaico para abrir as imagens

Fotos: João Paulo Rodrigues

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Até as fotos são artísticas!

Belém não era uma cidade importante antes de Cristo ali nascer. Ora, do mesmo modo como Ele escolheu a Mãe da qual haveria de nascer e o tempo no qual haveria de se encarnar, também determinou o lugar no qual devia vir a este Mundo. E, sendo Deus, fez o mais perfeito, pois era o mais conveniente.

Séculos antes de assumir um corpo humano, o Filho de Deus serviu-se de um dos seus profetas, chamado Miquéias, para revelar também o lugar onde haveria de se encarnar. Eis o vaticínio do profeta:  “E tu, Belém de Éfrata, pequenina entre as aldeias de Judá, é de ti que sairá para mim aquele que há de ser o governante de Israel. Sua origem é antiga, de épocas remotas. Por isso, Deus os abandonará até o momento em que der à luz aquela que há de dar à luz. Então o resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel. Ele se levantará para os apascentar com o poder do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus” (Mq 5, 1-2. 3).

“Até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz”

Profecia que foi recordada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas a Herodes, quando ele os interpelou a respeito de onde haveria de nascer o Cristo, por ocasião do susto causado pela presença dos Reis Magos em Jerusalém (Cf. Mt 2, 5).

As inspiradas palavras de Miquéias, por meio de quem o Verbo Eterno falava, mostram claramente que Deus escolheu “o momento”, “aquela que deve dar à luz” e “Belém”, o lugar onde haveria de nascer. Note-se que a palavra “Senhor” empregada no texto sagrado, e como também aparece em muitas outras passagens bíblicas, refere-se diretamente a Deus. Assim, ao dizer: “ele se levantará para os apascentar com o poder do Senhor”, o profeta alude diretamente ao poder divino desse que nasceria em Belém.

Sim, foi nessa privilegiada cidadezinha que devia encarnar-se Nosso Divino Redentor, porque era a pátria de Davi e a ele fora feita a promessa de que da sua descendência nasceria o Messias. Até o nome Belém era apropriado, pois siginifica “cidade do pão”  (em hebraico Bet Lehem) e Cristo disse de si: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu” (Jo 6, 51). E a fim de os homens não atribuírem a valores terrenos as suas capacidades divinas, Nosso Senhor quis nascer nessa cidade extremamente humilde e apagada, pois Deus se serve do que é humilde para confidundir a soberba dos orgulhosos.

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Presépios na Basílica Nossa Senhora do Rosário e no refeitório do Thabor 

Fotos: João Paulo Rodrigues e Thiago Tamura

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