Até as fotos são artísticas!
Belém não era uma cidade importante antes de Cristo ali nascer. Ora, do mesmo modo como Ele escolheu a Mãe da qual haveria de nascer e o tempo no qual haveria de se encarnar, também determinou o lugar no qual devia vir a este Mundo. E, sendo Deus, fez o mais perfeito, pois era o mais conveniente.
Séculos antes de assumir um corpo humano, o Filho de Deus serviu-se de um dos seus profetas, chamado Miquéias, para revelar também o lugar onde haveria de se encarnar. Eis o vaticínio do profeta: “E tu, Belém de Éfrata, pequenina entre as aldeias de Judá, é de ti que sairá para mim aquele que há de ser o governante de Israel. Sua origem é antiga, de épocas remotas. Por isso, Deus os abandonará até o momento em que der à luz aquela que há de dar à luz. Então o resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel. Ele se levantará para os apascentar com o poder do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus” (Mq 5, 1-2. 3).
Profecia que foi recordada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas a Herodes, quando ele os interpelou a respeito de onde haveria de nascer o Cristo, por ocasião do susto causado pela presença dos Reis Magos em Jerusalém (Cf. Mt 2, 5).
As inspiradas palavras de Miquéias, por meio de quem o Verbo Eterno falava, mostram claramente que Deus escolheu “o momento”, “aquela que deve dar à luz” e “Belém”, o lugar onde haveria de nascer. Note-se que a palavra “Senhor” empregada no texto sagrado, e como também aparece em muitas outras passagens bíblicas, refere-se diretamente a Deus. Assim, ao dizer: “ele se levantará para os apascentar com o poder do Senhor”, o profeta alude diretamente ao poder divino desse que nasceria em Belém.
Sim, foi nessa privilegiada cidadezinha que devia encarnar-se Nosso Divino Redentor, porque era a pátria de Davi e a ele fora feita a promessa de que da sua descendência nasceria o Messias. Até o nome Belém era apropriado, pois siginifica “cidade do pão” (em hebraico Bet Lehem) e Cristo disse de si: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu” (Jo 6, 51). E a fim de os homens não atribuírem a valores terrenos as suas capacidades divinas, Nosso Senhor quis nascer nessa cidade extremamente humilde e apagada, pois Deus se serve do que é humilde para confidundir a soberba dos orgulhosos.
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Presépios na Basílica Nossa Senhora do Rosário e no refeitório do Thabor
Fotos: João Paulo Rodrigues e Thiago Tamura