Muito mencionado e pouco conhecido
Fim do século III e início do séc. IV. Morre o prelado de Mira e reúnem-se todos os clérigos para designar seu sucessor.
Sendo a maior autoridade ali presente um Bispo, disse que todos deveriam jejuar, ficando em espírito de recolhimento e oração para fazerem a escolha certa. Na mesma noite, o vigário geral ouviu uma voz dizendo: – Ficai atento: o primeiro homem que entrar na Igreja amanhã de manhã, deverá ser sagrado Bispo.
Ele comunicou o ocorrido a seus pares e recomendou-lhes rezarem enquanto ele vigiava à porta.
Escolhido pelo Espírito Santo, guiado pelas mãos de Deus, em meio à recitação de Matinas, aparece um varão que logo é interrogado pelo Bispo:
-Como vos chamais?
O inocente varão respondeu:
-Nicolau, escravo de sua santidade.
Levaram-no para dentro da Igreja e, apesar de suas resistências, o colocaram no trono episcopal.
Era filho de pais ricos e santos, os quais lhe deram o nome de Nicolau, que significa “vitória do povo”. Quando adulto rejeitava as diversões, preferindo ir à igreja. O Bispo de Mira, em toda a sua vida, foi muito generoso.
Ajudava muito os necessitados, premiava os bons… E além do mais, realizava muitos milagres, entre os quais, ressurreições. No dia de sua sagração, mal terminada a cerimônia, prostrou-se de joelhos aos seus pés uma senhora que implorava a misericórdia divina, pois seu filhinho acabara de morrer queimado. Ele, compadecido das dores daquela mãe, fez um sinal da cruz sobre o menino que ressuscitou na presença de todos os fiéis que assistiam a cerimônia. Este santo, tão recorrido ao longo dos séculos, aceitará nossos pedidos com a mesma diligência dada aos seus coetâneos.
Peçamos-lhes neste Santo Natal, sua intercessão junto ao Menino Deus, a fim de nos alcançar a graça da santidade, pois é, sem dúvida, o maior presente que um homem pode receber na Terra.
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