Thabor

Conheça aqui essa residência dos Arautos do Evangelho

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Convite para formatura 2009

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Árvores de Natal, por quê?

Sebastián Corrêa, 2ºano de filosofia – extraído do jornal do estudante chez nous

rothembur1Sapin, tannenbaum, árbol de Navidad, ever green… Chamem-na como for, a árvore de natal nunca deixou de ser uma das decorações mais atraentes nas comemorações natalinas. Verdejante, apinhada de simpáticas luzinhas, sua vitalidade e variedade constituem o encanto e alegria dos pequenos, não só de idade, mas também de coração, e onde ela está, impregna o ambiente com o seu característico odor de pequenos ramos queimados pelas velinhas acesas.

Em nossos dias, é muito difundida a idéia de que este belo e tradicional costume surgiu na Norte-América, devido à sua forte difusão nesse local. Contudo, ao remontarmos a um passado cheio de histórias, deparamo-nos com a sua verdadeira origem, pouco conhecida e mais antiga do que parece…

Os bárbaros invadiram a Europa central no longínquo século sétimo. Mais especificamente, no sul da Saxônia habitavam os frisões (entre a atual Bélgica e Weser, em frente à Inglaterra). Suas crenças, todas pagãs, eram muito arraigadas e, às vezes, anteriores à própria Revelação Cristã.

Certo dia, um monge beneditino de origem anglo-saxônica, movido pela graça, sentiu o desejo de evangelizar essas inóspitas regiões. Seu nome era Wilfrido de York (634-709). No início da sua missão (678-685), instalou-se num lugar onde os habitantes, curiosamente, cultuavam os carvalhos, muito freqüentes por aquelas florestas. Segundo diziam, estes eram possuídos por espíritos, os quais os conservavam verdes, inclusive durante o inverno, e estas mesmas divindades promoviam o retorno da primavera e do verão.

Temerosos, os frisões realizavam diversos rituais durante o mês de Dezembro, em torno das gigantescas árvores,  a fim de que não deixassem de exercer a sua indispensável função. São Wilfrido deparou-se com difícil rothemburg-de2obstáculo, ao querer desmentir essa arraigada convicção pagã. Mesmo assim, dispôs-se a demonstrar-lhes a falsidade de tal imaginação.

Certo dia, em meio àquelas práticas religiosas, congregou os bárbaros no intuito de cortar um dos velhos carvalhos. Golpe vai golpe vem, irrompeu uma terrível tempestade, deixando-os muito apavorados. O Santo apressou o serviço dos lenhadores e, em meio a cambaleadas, a gigantesca árvore precipitou-se por terra! Um silêncio cortante tomou conta dos presentes e, de súbito, um raio fulminante partiu em pedaços o carvalho, coincidindo com a sua batida no chão. Ao verem o seu mito cair por terra, a desilusão contribuiu para efetuar a conversão das suas almas.

Porém, passou-se algo de muito curioso… Havia, a poucos centímetros da carbonizada árvore, um pinheirinho, o qual de modo inacreditável fora conservado intacto em meio a tamanha destruição. Seria isto um sinal?

Era o dia 25 de Dezembro. São Wilfrido percebeu nesse fato um simbolismo muito belo: Deus protege a fragilidade e a inocência! Em seu sermão à noite, relacionou poeticamente a imagem da pequenina árvore com a Natividade do Senhor e, desta maneira, o pinheirinho passou a ser, a partir daquele dia, o símbolo do Menino Jesus, mais utilizado.

Um discípulo de este Santo missionário teve de enfrentar, também, dificuldades semelhantes ao evangelizar a futura Alemanha:  tratava-se de São Bonifácio (673-754). Em Geismar de Hessen, centro de rituais pagãos muito concorrido, cultuava-se um grande carvalho chamado Odin, o qual era consagrado ao deus Donar. Realizavam-se ao seu redor práticas supersticiosas, principalmente na época hibernal, porque atribuíam a esse deus ser  o responsável pelas terríveis empestades, muito freqüentes durante esse solstício.

Uma vez convertidos, os germanos foram desassociando o caráter pagão da crença e relacionando a figura da árvore com passagens da Sagrada Escritura, como esta do Profeta Isaías: “a glória do Líbano virá a ti, a faia e o buxo, e juntamente o pinheiro servirão para adornar o lugar do meu santuário” (60, 13). Destarte, começou a se divulgar nas imediações da Germânia, o uso do pinheiro durante as comemorações do Natal.

rothemburg3Outras longínquas referências nos fazem alusão deste costume: em 1539, na igreja e nas moradias de Estrasburgo, França, pela primeira vez, utilizaram-se pinheiros decorados ao celebrar as festividades de Dezembro; em 1671, a princesa Charlote Elizabeth da Baviera, esposa do duque de Orléans, introduz oficialmente esta tradição em todo o país. E, finalmente, durante o reinado de Jorge III (1760-1820), o hábito chega à Inglaterra, difundindo-se para a América do Norte e dali, para o mundo inteiro.

 Contudo, qual é o significado das inúmeras esferas, bastões e luzes que preenchem as suas ramagens?

Com o decorrer dos séculos, foram se acrescentando bonitos enfeites ao pinheiro. Sua simbologia refere-se  ao  segundo Adão, Cristo nosso Salvador (cf. 1 Co 15, 21-22, 45), o qual nos trouxe de volta os frutos perdidos pelo nosso primeiro pai, ao ter comido da árvore proibida (cf. Gn 2, 9; 3, 6). Por esta razão, esses belos atavios representam os preciosos e superabundantes frutos nascidos da Santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeira Árvore da Vida.

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Meditação musicada: Oratório de natal

Manter a atenção presa ao tema de uma meditação é uma das maiores dificuldades a vencer nesse modo de exercício de piedade, pois com muita facilidade a imaginação voa para outros assuntos, ou se deixa dominar pelas preocupações do dia-a-dia. A música pode ser um valioso auxiliar para evitar essas distrações.

Por isso, o Coro e Orquestra Internacional dos Arautos do Evangelho proporcionou no último natal, na igreja Nossa Senhora do Rosário, uma oração mental musicada. O Oratório de Natal – de autoria de Schütz, músico alemão do século XVI.

Essa magnífica obra estimula a imaginação a compor o ambiente e as cenas do nascimento do Salvador: a Gruta de Belém, os anjos anunciando aos pastores o grande acontecimento, os Reis Magos que vêm do Oriente para O adorar, Herodes que procura matar o Menino. Assim, a música envolve de um fator atraente o aspecto ascético da meditação, fazendo o espírito elevar-se mais facilmente para Deus, e com isso revela-se um instrumento eficaz de evangelização.

Vídeo do Oratório de Natal:

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Thabor, I domingo do Advento do Natal

Thabor, 29 de novembro de 2009 – I domingo do Advento do Natal

fotos-thabor-2007-030A Santa Igreja, em sua sabedoria multissecular, instituiu um período de preparação para o natal, com a finalidade de compenetrar todas as almas cristãs da importância desse acontecimento e proporcionar-lhes os meios de se purificarem para celebrar essa solenidade dignamente.

Esse período é chamado de Advento.

Significado do termo

Advento – adventus, em latim – significa vinda, chegada. É uma palavra de origem profana que designava a vinda anual da divindade pagã, ao templo, para visitar seus adoradores. Acreditava-se que o deus cuja estátua era ali cultuada permanecia em meio a eles durante a solenidade. Na linguagem corrente, significava também a primeira visita oficial de um personagem importante, ao assumir um alto cargo. Assim, umas moedas de Corinto perpetuam a lembrança do adventus augusti, e um cronista da época qualifica de adventus divi o dia da chegada do Imperador Constantino. Nas

 
 
 
 

obras cristãs dos primeiros tempos da Igreja, especialmente na Vulgata, adventus se transformou no termo clássico para designar a vinda de Cristo à terra, ou seja, a Encarnação, inaugurando a era messiânica e, depois, sua vinda gloriosa no fim dos tempos.

Surgimento do Advento cristão

Os primeiros traços da existência de um período de preparação para o Natal aparecem no século V, quando São Perpétuo, Bispo de Tours, estabeleceu um jejum de três dias, antes do nascimento do Senhor. É também do final desse século a “Quaresma de São Martinho”, que consistia num jejum de 40 dias, começando no dia seguinte à festa de São Martinho.

São Gregório Magno (590- 604) foi o primeiro papa a redigir um ofício para o Advento, e o Sacramentário Gregoriano é o mais antigo em prover missas próprias para os domingos desse tempo litúrgico.

No século IX, a duração do Advento reduziu-se a quatro semanas, como se lê numa carta do Papa São Nicolau I (858-867) aos búlgaros. E no século XII o jejum havia sido já substituído por uma simples abstinência.

Apesar do caráter penitencial do jejum ou abstinência, a intenção dos papas, na alta Idade Média, era produzir nos fiéis uma grande expectativa pela vinda do Salvador, orientando-os para o seu retorno glorioso no fim dos tempos. Daí o fato de tantos mosaicos representarem vazio o trono do Cristo Pantocrator. O velho vocábulo pagão adventus se entende também no sentido bíblico e escatológico de “parusia”.[1]

 


 

[1] Fonte: Redação Revista Arautos

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Detalhe em foto: Mãe da Divina Graça

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Fotografias tiradas no último dia 27  – Festa de Nossa Senhora das Graças

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Caro leitor, o desafio é grande, exige perspicácia, vigilância, oração…

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Caro leitor,

Salve Maria!

 Antes de mais, quero agradecer-lhe a dedicação que tem tido em nos visitar. Se é a primeira vez, bem vindo ao nosso Blog.

 Temos muito gosto em compartilhar, com todos, o dia-a-dia no Seminário do Thabor, e poder transmitir a alegria que vai em nossa alma por levar uma vida de acordo com a vocação para a qual Deus nos chamou. O convívio diário com tantos outros seminaristas, de várias nações e até mesmo continentes, leva-nos a querer comunicar a graça de uma vida comunitária, cheia de novidades, surpresas inesperadas e consolações que nos convidam a perseverar no serviço da Igreja.

 Talvez por isso nossos leitores mais frequentes fiquem desconcertados com os diferentes posts e as originalidades que vão surgindo.

 Espero poder surpreende-lo mais uma vez… Desta vez com uma notícia e um pedido, com o qual certamente não contava…

 Nestes últimos dias, não colocamos nenhuma notícia fresca, acontecimento inesperado ou fato novo… Falta de matéria? Confesso que não temos dificuldade em arranjar matéria, ela surge a cada dia, a cada esquina, a cada convívio…

 A questão é bem outra, e afeta muitos jovens neste período: Exames!!! – Eles estão aí, batendo à porta, invadindo nossas classes, ocupando-nos o dia, enchendo-nos o cérebro de matéria útil e edificante…

 O desafio é grande, exige perspicácia, vigilância, oração…

 E é nesse sentido que pedimos a colaboração de todos. Como? Rezando… Para não tirar nota vermelha? Não, quer dizer, também… mas sobretudo para que estas provas nos ajudem a ser homens íntegros, filósofos e teólogos para nosso mundo, tão necessitado de uma palavra na qual Deus se faça presente, em todos os campos, em todas as culturas…

 Que Nossa Senhora Sedes Sapientiae nos ajude a todos…

 Ps. Não deixe de acompanhar os posts que publicaremos, baseados em matérias elaboradas durante o ano.

 Ps2. Não se esqueça de rezar uma Ave-Maria ou uma jaculatória pelos exames e… sobretudo pelos examinandos…

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O que é “O calcanhar de Aquiles”?

Maria Tereza de Matos, extraído do jornal do estudante chez nous

aquilesMuitos já ouviram falar da expressão: o calcanhar de Aquiles. Certamente também a usaram, mesmo sem saber o seu significado, como só acontece na nossa geração.

Quem foi Aquiles? Trata-se de um dos personagens lendários da antiga Grécia, nação dos deuses e filósofos. Quando ele nasceu, sua mãe quis torná-lo forte e vigoroso. Para isso, o entregou a uma deusa, que tomando o bebê pelo calcanhar, mergulhou-o em uma água, a qual tinha o poder de tornar invulnerável quem ali se banhasse.

O menino cresceu, e ninguém podia vencê-lo ou feri-lo. Muitos, sem saber o motivo disso, contentavam-se em afirmar que era predileto de Zeus.

Certa vez, durante um com­bate, seu calcanhar foi atingido por uma flecha, e pela primeira vez Aquiles deu um brado de dor. As­sustados, todos correram até ele e viram o sangue que escorria de hor­rível ferida causada pela seta. O que acon­teceu?! Será que os deuses zangaram-se e querem vingar-se? Depois de muita dis­cussão, lembraram-se ser aquele o único local que não tinha sido mergulhado na prodigiosa água, pois justamente a deusa o havia segu­rado pelo calcanhar, no momento de submergi-lo.

Portanto, quando usamos a expressão “o calcanhar de Aquiles”, significa o ponto frágil de uma pes­soa, ou de uma questão.

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Shackleton, parte II: "… seus corações pararam de bater"

 Por Michel Six, 2º ano de Teologia, extraído do jornal do estudante Chez Nous

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a pequena embarcação Jamescaird

… Após chegarem à ilha Elephant, onde se estabelecem, Shackleton deixa alguns de seus homens nesta ilha, e parte num comando especial, de seis homens, com o objetivo ousado de atravessar, com uma pequena embarcação – o JamesCaird – um trecho de 800 quilômetros… Tratava-se de enfrentar a passagem de Drake, uma das zonas de pior condição meteorológica do planeta, de frio intenso e ventos com força de furacão,  varrida por ondas gigantescas, que parecem vir diretamente do céu:

 

À meia-noite, o próprio Shackleton assumiu o leme, enquanto Crean e McNeish ficavam embaixo para bombear a água [que sem parar entrava no barco, devido à agitação da água]. Seus olhos já estavam ficando acostumados com a escuridão quando ele se virou e viu uma faixa de brilho no céu, na direção da popa [o céu estava totalmente nublado]. Chamou os outros para lhes dar a boa-nova de que o tempo estava abrindo a sudoeste.

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Navio Endurance preso no gelo

Um instante depois ouviu um silvo[1], acompanhado por um ronco surdo e abafado, e tornou a virar-se. A abertura nas nuvens, na verdade era a crista de um gigantesco vagalhão[2], que avançava rapidamente na direção do barco. Virou-se e, instintivamente, abaixou a cabeça.

-Pelo amor de Deus, segurem-se – gritou. Está em cima de nós!

Por um instante, nada aconteceu. O Caird simplesmente subiu cada vez mais alto, e a trovoada surda daquele imenso vagalhão que se quebrava encheu o ar.

E então foram atingidos […]”

“Finalmente, porém, em torno das três da tarde, chegaram ao cume – uma calota de gelo azulado […].

A vista do alto revelava que a descida era praticamente tão impossível e assustadora quanto a primeira [montanha], só que dessa vez havia um perigo adicional. A tarde ameaçava, e um espesso nevoeiro começava a se formar no vale que descortinavam abaixo deles. Olhando para trás, viram que o nevoeiro também se aproximava do oeste.

 A situação era simplesmente terrível: a menos que descessem, morreriam de frio. Shackleton calculou que estavam a uns 1 500 metros de altitude. A essa altura, a temperatura à noite seria inferior a 20 graus negativos. Não tinham como se abrigar, e suas roupas estavam batidas e adelgaçadas pelo uso. […]

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Shackleton e Wild entre as cristas de gelo da banquisa

Rapidamente, Shackleton fez meia-volta e recomeçou a descer, seguido pelos outros. […] Andavam o mais rápido que podiam, mas não eram mais capazes de desenvolver muita velocidade. As pernas estavam moles e estranhamente desobedientes. […] Não havia mais tempo para hesitação, e Shackleton passou para o outro lado. Trabalhando furiosamente, começou a cavar degraus no gelo da encosta, descendo devagar, pé ante pé. Pouco a pouco, estavam descendo, mas avançavam muito devagar. […] Shackleton parou. Pareceu perceber, de um momento para o outro, a futilidade dos esforços que vinha fazendo. […] Cavou uma pequena plataforma com a enxó e chamou os outros para se juntarem a ele.

Não precisava explicar muito a situação. Falando depressa, Shackleton disse que simplesmente estavam diante de uma escolha inescapável: se ficassem onde estavam, morreriam de frio – dentro de uma hora, talvez duas, talvez mais. Precisavam descer – e a toda velocidade possível.

ernest-shackletonE sugeriu que descessem deslizando.

Worsley e Crean ficaram perplexos – especialmente pelo inesperado daquela solução desatinada estar sendo sugerida por Shackleton. Mas ele não estava brincando, sequer estava sorrindo. Estava falando sério – eles perceberam.

Mas e se batessem numa pedra?, perguntou Crean.

E podiam continuar onde estavam?, respondeu Shackleton, aumentando seu tom de voz.

A encosta, argumentou Worsley. E se não fosse plana? E se houvesse outro precipício?

A paciência de Shackleton estava quase esgotada. Novamente perguntou – podiam ficar onde estavam?

Era óbvio que não, e Worsley e Crean foram forçados, embora a contragosto, a admiti-lo. E nem havia qualquer outro modo de descerem. Assim tomaram a decisão. Shackleton disse que deslizariam juntos, agarrados uns aos outros. Sentaram-se depressa na neve e desamarraram a corda que os unia. Cada um transformou sua parte em rolo, para usar como assento. Worsley passou as pernas pela cintura de Shackleton e os braços por seu pescoço. Crean fez o mesmo com Worsley. Pareciam três passageiros de tobogã, só que sem o tobogã.

e-shackletonNo total levaram pouco mais de um minuto para ficar em posição, e Shackleton não lhes deu nenhum tempo para reflexão. Quando estavam prontos, deu o impluso com os pés. No momento seguinte, seus corações pararam de bater. Tiveram a sensação de ficar parados por uma fração de segundo e depois o vento começou a sibilar em seus ouvidos, enquanto corriam ao longo de uma extensão de neve de contornos indistintos. Descendo… descendo… Gritaram […].”

Após inusitada travessia lograram atingir o objetivo, em 10 de maio de 1916: a Ilha Geórgia do Sul. Dela tinham partido, em 5 de dezembro de 1914, e, nela pretendiam conseguir resgate para os demais membros da expedição. Tal ilha jamais tinha sido mapeada ou explorada, foi preciso atravessá-la, a fim de chegar à estação baleeira norueguesa.

 O mais incrível é que toda a história é real, e os mais conceituados autores ou exploradores dos pólos são unanimes em admitir que está é uma das páginas mais impressionantes da história do Pólo Sul e uma boa sugestão de leitura…

 


[1] Silvo: Qualquer som agudo e relativamente prolongado

[2] Vagalhão: Cada uma das compridas elevações da superfície de oceano ou mar, que se propagam em sucessão umas às outras, produzidas, em geral, pela ação do vento.

MAPA DE EXPEDIÇÕES

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L’expédition Endurance sur une carte de l’Antarctique tel qu’il est connu de nos jours.
Rouge : le voyage de l’Endurance (5 décembre 1914 – 19 janvier 1915)
Jaune : la dérive de l’Endurance prit dans les glaces (19 janvier 1915 – 21 novembre 1915)
Vert : après que le navire ait coulé, dérive sur le pack et voyage en canot vers l’île de l’Élephant
Bleu : le voyage du canot James Caird jusqu’en Géorgie du Sud
Turquoise : le trajet de l’expédition tel qu’il était prévu à l’origine
Orange : le voyage de l’Aurora (24 décembre 1914 – 7 mai 1915)
Rose : la prise dans le pack de l’Aurora et son retour, laissant sur place une partie de l’équipe
Marron : la mise en place des dépôts

 

* imagens: wikipedia

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Detalhe em foto: Se pudéssemos voar, assim veríamos o Thabor…

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Fotografia aérea de nosso seminário

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Estudo, trabalho, recreação: inimigos do ócio para alcançar a perfeição

Em nosso seminário, como em diversas casas de vida comunitária, existem várias funções que ficam a cargo de uma ou mais pessoas. Como, por exemplo, os responsáveis pelo jardim, refeitório, som durante a Missa, arranjos de flores, lâmpadas, etc.

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jovem responsável pela troca das lâmpadas

Mesmo os mais novos de  14 ou 15 anos são responsáveis por algum setor.

Estas responsabilidades produzem um efeito benfazejo de amadurecimento. Além de exercitarem a mente na ocupação e na fuga do ócio, pois, como bem ensinou São João Bosco: “A principal arma que o demônio utiliza é o ócio, origem de todos os vícios. A ocupação nobre combate e vence a inércia. […] Grande é a satisfação dos bem-aventurados do Céu, saber que todo tempo empregado na glória de Deus, proporcionou-lhes a felicidade eterna.”[1]

Isto não significa que devemos ficar ocupados o dia inteiro, sem descanso. O próprio santo salesiano também recomendava momentos de lazer.

Mesmo nessas ocupações recreativas, temos de elevar o nosso pensamento a Deus. Certa vez, São Luiz Gonzaga, enquanto se entretinha alegremente com os amigos, foi indagado sobre que faria, se naquele momento aparecesse um Anjo avisando que em quinze minutos, Deus o chamaria ao juízo. Prontamente respondeu que continuaria sua ocupação, certo de que aquelas atividades não desagradavam Deus.

 


[1] SÃO JOÃO BOSCO. Fugir do ócio: O cristão bem formado. São Paulo: Formatto, 2006.


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Visita do Corpo Docente do Colégio Arautos – Paraguai

c-d-paraguaiO Corpo Docente do Colégio Arautos – Paraguai, realizou durante os dias 6, 7, e 8 de novembro uma visita de atualização e enriquecimento pedagógico em nosso seminário.

Aqui, tiveram a oportunidade de conhecer o Colégio Arautos -Thabor. A diretoria pedagógica e os professores das duas instituições se reuniram intensivamente neste período.

Fazemos votos e prometemos orações para que tenham um sucesso e resultados cada vez maiores, para bem da juventude a nós confiada nesse país vizinho do nosso Brasil.

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Detalhe em foto: Nova seção no Blog

Costuma andar olhando o tempo todo para o alto?

 Muitas vezes andamos olhando para o chão, a fim de bem sabermos por onde pisamos, mas, se de vez em quando tomássemos o hábito de levantar nossas vistas, encontraríamos cenas ou objetos dignos de atenção.

 Na igreja Nossa Senhora do Rosário, por exemplo, um panorama altivo foi objeto de inspiração de uma nova seção deste blog, intitulada: Detalhe em foto.

Nela, sempre será postada uma foto de algo pouco conhecido em nosso seminário. Contudo, constará apenas uma breve descrição da imagem escolhida, para que o nosso leitor possa analisá-la e até dar palpites acerca dos detalhes.

Participe desta seção enviando a sugestão de lugares em nosso seminário que gostariam de conhecer.

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Fotografia tirada à noite, no corredor da igreja Nossa Senhora do Rosário, após o cântico de completas.

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Dom Geraldo Magela visita nosso seminário

Neste último domingo, dia 15/11/2009, Sua Excelência Dom Geraldo Magela, Arcebispo Emérito de Montes Claros em visita ao nosso seminário, celebrou a Santa Missa na Igreja Nossa Senhora do Rosário, sede provisória da Paróquia Nossa Senhora das Graças.

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A unção dos enfermos, fonte constante de graças

img_0188Em nossos dias, tão incertos e arriscados, as pessoas tendem a se isolar em suas casas, relacionando-se cada vez menos com parentes ou vizinhos.

Embora estejamos cercados de pessoas, quase todo mundo vive numa triste solidão… E tal situação torna-se especialmente dolorosa quando se é acometido por alguma moléstia, em muitos casos requerendo internação hospitalar demorada. Carece o doente, nessa emergência, de um pouco de alento, de uma palavra amiga. Praticar a caridade efetiva e afetiva em relação a esses irmãos, nessas condições, é obra decerto muito necessária e meritória.

Os Arautos do Evangelho já incorporaram tal prática em sua vida de apostolado. Em diversas cidades, sua presença em hospitais e casas de saúde, portando a imagem do Imaculado Coração de Maria ou a imagem do Menino Jesus, se tornou habitual. Para os sacerdotes da Associação, levar os Sacramentos às pessoas que sofrem, faz parte de seu labor pastoral.

fato03E agora, recentemente, após a missão mariana no território da paróquia Nossa Senhora das Graças, numerosos têm sido os pedidos para ministrarem a Unção dos Enfermos, e os padres Arautos se desdobram para atendê-los da melhor maneira possível. Em contrapartida, têm oportunidade de atestar diariamente como as graças relacionadas  com esse Sacramento são impressionantes.

Esta é a força apaziguadora, e, especialmente, santificadora da Unção dos Enfermos, um maravilhoso Sacramento que Jesus, na sua infinita bondade, dispôs para nos ajudar nessas horas tão especiais. Por meio dele, são maravilhas da graça que se realizam todos os dias, para nos fortalecer na fé e confiança na misericórdia divina.

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Vídeo da 2ª mostra de projetos – Santas Mártires do séc III

As alunas da Unid. II do Colégio Arautos do Evangelho Internacional Monte Carmelo, contam as histórias e vidas das santas mártires do século III da Era Cristã.

O projeto foi realizado pelo 6 e 7º ano do ensino fundamental.

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Dezesseis jovens do Thabor recebem o hábito

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Dezesseis jovens dos arautos – Thabor –  receberam das mãos do Superior Geral, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, o escapulário, o terço e a corrente, símbolos de seu novo estado de vida, em cerimônia realizada na Igreja Nossa Senhora do Rosário no último dia 13 de novembro.

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Artigo da semana: Quem foi ele?

Por Matheus Massaki, 1º ano de filosofia, extraído do jornal estudantil chez nous

voltaireO personagem que mais personificou o espírito filosófico do século XVIII foi Voltaire.

Nascido em 1694, desde jovem seu caráter foi marcado pela libertinagem. Os seus professores assustavam-se com a sua inteligência e vivacidade, através das quais soube conquistar muitas simpatias.

Entretanto, ele fervia de ódio à monarquia e sobretudo à Religião. Muitas de suas obras foram feitas para desprestigiar a Igreja e afastar o Ancien Régime dos princípios católicos que o regiam. E assim como São Paulo dizia: “Irmãos em Jesus Cristo”, Voltaire escrevia: “eu amo apaixonadamente meus irmãos em Belzebu” e afirmou ainda a seus companheiros: “Estou cansado de ouvir repetir que doze homens foram suficientes para estabelecer o Cristianismo, e desejo provar que basta apenas um para destruí-lo”. Tal era o seu ódio que, ao se referir à Igreja, escrevia “a infame”, sempre terminando suas cartas com esta expressão “Écrasez l’Infâme” –  “esmagai a infame”

Sua primeira peça chamada “Édipo” era tão ofensiva à pureza que os atores não a queriam representar, mas por fim acabaram cedendo, e foi um escandaloso sucesso.  Nela Voltaire declarou expressamente que o poder dos Reis era uma falsidade e que os Padres eram enganadores do povo. No fim da apresentação ele não pôde impedir-se de subir ao palco, onde fazia piruetas e não titubeou em fazer uma paródia, vestindo um manto de Sumo Sacerdote em meio a debiques…

Um de seus poemas mais difundidos foi “La Pucelle”, no qual lançava as piores calúnias contra Santa Joana d’Arc. Ridicularizava a virgindade, o patriotismo e o martírio.

Voltaire sabia também estimular as más tendências das almas de modo sutil, afastando-as dos antigos princípios morais sem impressionar e chocar. Muitos o idolatravam e estremeciam ao vê-lo. As cortes recebiam-no honorificamente. Esse prestígio favoreceu a difusão de suas obras literárias, as quais fazendo esmorecer a fé, prepararam um ambiente propício às idéias da Revolução Francesa.

Em 1778, preparou-se um regresso triunfal de Voltaire a Paris, pois faziam 28 anos que ele não visitava a capital francesa. Foi recebido como se fora um deus.

Os nobres e as damas se disfarçaram de lacaio para servi-lo ou ao menos ganhar um olhar dele. Conta-nos Weiss que um senhor acompanhado de seu neto, ajoelharam-se diante de Voltaire, e este pondo solenemente sobre a cabeça do menino disse: “Deus! Liberdade! Tolerância!”.

Em sua última visita ao teatro, Voltaire compareceu numa rica carruagem, mas esta mal conseguia mover-se, pois uma multidão apinhava-se em torno do carro, tentando olhar o “homem do século”, ou ao menos conseguir oscular um dos seus cavalos…

Terminado o ato, uma atriz coroou um busto de Voltaire feito de mármore e, seguida de todos os atores, osculou-o.

 Em 1778 após dois meses dessa glorificação faleceu. Uma testemunha dos momentos de sua agonia assim referiu: “Se um demônio morresse, morreria assim!”. Seu corpo foi sepultado no Pantheón. E o seu coração se encontra na Biblioteca Nacional de Paris com a seguinte inscrição: “Seu coração está aqui, seu espírito por todas as partes”.

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Fotos da 2ª mostra de projetos – Monte Carmelo – Ensino Médio

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Fotos e Vídeo da 2ª mostra de projetos – Monte Carmelo – Ensino fundamental

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Segue abaixo a primeira seleção de fotos da segunda mostra de projetos do Ensino Fundamental – Monte Carmelo –

Detalhes dos projetos encontram-se no post: 2ª mostra

Em breve, serão postadas fotos do Ensino Médio.

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Mãos de prata, coração de ouro, trabalho de madeira…

dsc_1223Ter convívio com uma pessoa que deseja o nosso bem, e está sempre disposto a nos ajudar, é uma verdadeira consolação.

Este perfil parece, de certa forma, pertencer ao nosso caríssimo Sr. Carlos Roberto Segato, residente em nosso Seminário e que no último dia quatro de novembro completou 57 anos.

O senhor Carlos, carinhosamente conhecido como “Sr. Segato – de temperamento dócil e fleumático – é um dos mais antigos em nossa casa e um dos mais dedicados no seu trabalho.

img_1811Ainda quando jovenzinho, obteve conhecimentos de marcenaria trabalhando com seus familiares, e hoje, já com uma vasta experiência e habilidade, continua-os aplicando em inúmeras obras: armários de sacristia, cadeiras de presbitério, portas da igreja, restauração de móveis, entre tantos outros. No entanto, segundo o senhor Segato, o que mais lhe era árduo e prazeroso de fazer, foram os cenários de peças teatrais dos Arautos do Evangelho. Ele uma vez construiu uma gôndola em estilo francês que teria de passar no meio do auditório…

Ele também exerce a função de barbeiro em nosso seminário, e como bom italiano, gosta muito de conversar enquanto trabalha! Há mesmo um vídeo da TV Arautos em que aparece o senhor Segato trabalhando e conversando ao mesmo tempo, e revelando-se um verdadeiro artista de teatro, faceta ainda desconhecida por muitos…

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Entretanto, não são simplesmente estes dons que fazem do Sr. Segato uma pessoa diferente, mas sim, seu desejo de querer bem a todos. E isto ele manifesta no convívio, dia-a-dia.

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