O seu caleidoscópio está pronto!
Uma das grandes maravilhas criadas pelo homem é o vitral. A harmonia de cores que extasiam quem quer que deite o seu olhar sobre eles, realmente é inigualável. Entretanto, por ter sede do infinito em sua alma, o homem não se contentou com aqueles pedaços de vidro coloridos imóveis em uma parede. A partir do século XIX, descobriu-se um objeto extraordinário que conseguiu reproduzir uma sequência quase infinita de combinações policromadas.
Seu nome é “caleidoscópio” e provêm do grego (καλόςείδοςσκοπέω). Na verdade é uma junção de três palavras: καλός (kalós), que significa “belo, bonito”; είδος (éidos), que quer dizer “imagem, figura”; e σκοπέω (scopéο), que traduz-se por “ver, observar”. Portanto a palavra “caleidoscópio” em seu conjunto pode-se entender como “ver imagens belas”. Realmente, podemos afirmar que o nome é bem apropriado para invento tão belo como esse.
Foi criado na Inglaterra, em começos do século XIX (1817), pelo físico escocês David Brewster (1781-1868), enquanto realizava experimentos sobre a polarização da luz. Era ele um homem culto e grande conhecedor do grego antigo (daí provêm o nome). Doze ou dezesseis meses depois ele maravilhava o mundo inteiro. Nessa mesma ocasião, um rico francês adquiriu um caleidoscópio produzido não de vidros policromados, mas com pérolas e gemas valiosas pelo custo de 20.000 francos.
Há quem defenda que o caleidoscópio já era conhecido no século XVII, e até muito antes, na Grécia antiga. Apesar de ter sido criado para fins científicos, o caleidoscópio foi durante muito tempo considerado um simples brinquedo para crianças e adultos. Atualmente ele é fonte de inspiração para desenhistas, bordadeiras e decoradores, fornecendo padrões de desenho geométrico.
O caleidoscópio é constituído por um tubo cilíndrico, com um fundo de vidro opaco; no seu interior são depositados alguns pedaços de vidro colorido e três espelhos. Ao colocá-lo diante da luz e fazendo-o rolar vagarosamente, observa-se no interior do tubo, através da abertura feita na tampa, um espetáculo feérico, pois os pedaços de vidro coloridos, com os reflexos dos espelhos, multiplicam-se e, mudando de lugar a cada movimento da mão, dão lugar a numerosos desenhos simétricos e sempre diferentes.
Neste invento, além de admirarmos a beleza que Deus colocou nas criaturas e sonharmos com as maravilhas celestes, temos grande prova da infinitude do Altíssimo, pois é quase impossível repetir a mesma figura.
Faça-o você mesmo!
Este é um dos inventos que todos nós podemos ter e até fazer em nossas próprias casas.
Basta ter:
- 3 espelhos planos retangulares, cada um com 20 cm de comprimento e 4 cm de largura;
- Um pedaço de PVC (cano plástico) com 20cm de comprimento e 2 polegadas (5 cm) de diâmetro;
- Um pedaço de plástico leitoso ou papel vegetal;
- Um pedaço de material flexível e opaco (cartolina, papelão etc.);
- Fita crepe;
- Pedaços de vidro de cores vivazes e contrastantes.
Procedimento:
- Una os três espelhos, com a fita crepe, formando um triângulo, e coloque-os dentro do tubo de PVC;
- Tampe uma das extremidades do tubo com uma folha de plástico leitoso ou de papel vegetal;
- Acrescente as pequenas pedras coloridas dentro dos espelhos;
- Faça uma pequena abertura no centro do material opaco e tampe a outra extremidade.
O seu caleidoscópio está pronto! É só olhar pela abertura, direcionando a outra extremidade para alguma fonte direta de luz. Podem-se admirar imagens coloridas esplêndidas. Girando o caleidoscópio, as pedrinhas tomarão uma nova disposição e imagens inéditas serão formadas.
Texto: Victor Castillo.
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