A estética do universo: lei do contraste
Um dos múltiplos aportes que a escolástica trouxe ao conceito de beleza consiste em considerá-la enquanto unidade posta na variedade. Julgamos um objeto ou um panorama belo, quando seus vários elementos formam um todo, uno.
O princípio da unidade na variedade tem suas leis, e seu conjunto constitui a Estética do universo. Dentre estas leis destaca-se a do contraste.
As diversas coisas devem manifestar certos contrários harmônicos, para que sua beleza seja mais completa.
Na fotografia acima, por exemplo, há um contraste entre a penumbra da noite e o fulgurante raio, entre a silueta da igreja e as nuvens iluminadas.
Contraste maior nota-se quando se compara esta imagem com outra, do mesmo ângulo, porém, tirada de dia.
Aí, o que ressalta não é a penumbra, o recolhimento e o fulgor do raio, mas sim, o esplendor do sol, o alegre azul do céu contrastando com o vivo verde dos pinheiros.
Esta oposição está cheia de harmonia. É precisamente neste contraste, neste extremo de aspectos antagônicos, que a beleza se reveste de copiosa riqueza.
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